Capitulo 5

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A vida no orfanato não era realmente muito melhor que na casa dos dursleys. Ao menos agora Hadrian podia comer e dormir adequadamente, além de não apanhar mais. Ele, entretanto, odiava quando as pessoas o chamavam de aberração, louco, esquisito, demônio e esse tipo de coisa. Agora a escola iria ser mais interessante, no mínimo. Hadrian tem memória eidética e é muito inteligente. Ele vai participar ds maioria das coisas que o internato tem para oferecer, e o que ele não conseguir fazer porque não sobrou tempo, ele vai tentar dominar os conteúdos até a metade do ano e então substituir a matéria. E fará tudo isso na companhia da solidão, afinal, aberrações não tem amigos. Não que ele precise.

21/12/1985

As férias de Natal começaram e além de Hadrian, apenas outras quatro crianças ficaram, ou porque seus pais estavam em outro país ou simplesmente porque queriam fazer birra. Todos tinham uns sete ou oito anos.

Assim que Hadrian chegou no internato os professores se encantaram com o menino. Ele era realmente um prodígio. Já sabia o básico do espanhol e árabe. As outras aulas ele fazia com os alunos do segundo ano. Os livros que ele leu na biblioteca enquanto não tinha nada para fazer no orfanato o ensinaram muito, então ele estava bem adiantado. Especialmente em matemática e ciências. Ele tinha um interesse real por química, então vivia com um livro do tipo em seu tempo livre -que era realmente escasso. E ele provavelmente poderá começar no próximo ano no quinto ano, já que aos poucos está superando a turma do segundo. Ele precisou de dois meses para superar a turma do primeiro, e talvez mais dois para turma do segundo. Dois ou três messes para o terceiro e talvez consiga terminar o ano com o quarto. Afinal, não era realmente difícil. Ele sabia muitas palavras, pois lia muito, sabia ler, escrevia bem, a matemática era brincadeira e ciências era ridículo. Logo ele foi aprendendo a geografia e história. Com alguns livros suplementares ele poderia continuar avançando.
Os professores poucas vezes testemunharam crianças com memória eidética. Elas normalmente são muito talentosas e um prodígio na escola. Hadrian realmente era um prodígio em tudo o que fazia. Ele gostava do piano. Sabia tocar algumas melodias. E continuava a aprender. Ele amava aprender.

As outras crianças eram maldosas com ele. Continuavam chamando-o de aberração por conta de sua inteligência. Algumas vezes eles conseguiram acertar um soco ou chute no pequeno menino. Claro, se os pesadelos que se seguiam eram uma indicação, não ficava só por isso. Os professores começaram a desenvolver uma espécie de relação amor e ódio por Hadrian.

Hadrian estava no último ano de ensino médio com dez anos e falava dez idiomas. Também tocava violino e piano. Ele não gostava de esportes, mais era muito bom em corrida. Ele cresceu bem. Se desenvolveu adequadamente e tinha uma boa altura. Seus olhos nunca mudaram. Sempre foram daquele verde tóxico. A maldição da morte.

Assim foi a vida de Hadrian Potter Blak até os dez anos e meio. Foi quando aconteceu.

A escola estava silenciosa. Hadrian estava entediado. Ele havia concluído suas tarefas e estava conseguindo acompanhar o último ano do ensino médio muito bem. Ele já sabia falar a maioria das línguas que o interessavam, sendo elas latim, árabe, francês, espanhol, italiano, russo, chinês, búlgaro, português e grego. Claro, seu grego não era muito bom, mais era aceitável. Ele não havia decidido que faculdade faria. Medicina, talvez? Ele havia recebido propostas de diversas universidades ao redor do mundo. Mais... não era isso. Estava errado. Sim. Algo estava faltando.

Ele se manteve o mais ocupado que pode, estudou como se não houvesse amanhã, treinou seu formigamento e agora podia fazer praticamente tudo com ele, mais ainda havia essa sensação de vazio. Ele era tudo o que os outros sonhavam em ser. Mais ainda não era feliz. Ele estava triste. Sempre triste. Estar no meio de pessoas com quase o dobro de sua idade o fez amadurecer mais rápido ainda, ele não se sentia uma criança. Mais também não um adolescente. Era estranho.
Ele tinha oito horas até o dia amanhecer. Sim. Hadrian quase não conseguia dormir. Mais também não se sentia com sono ou cansado. Isso o ajudou a aprender tudo que sabe.





Com um suspiro, ele tirou o pijama e vestiu jeans e uma camiseta preta. Colocou o tênis e aparatou para as periferias da Londres trouxa. Hadrian não tinha muito dinheiro. A mesada no orfanato mal dava para comprar as coisas que faltavam. Ele seguiu para um pequeno pub. Provavelmente ele está procurando por problemas, mas não tem dinheiro pra ir para um restaurante.
Ele se sentou em uma mesa afastado e fez seu pedido. Enquanto comia, uma briga de bar começou. Não era a primeira vez que isso acontecia



Alguns socos foram trocados, mais ele achou que ficaria por isso. Quanto o primeiro tiro soou, ele se assustou. Então um segundo. E um terceiro. Gritos. Correria. E ele apenas ficou lá. Parado. Olhando. Com uma curiosidade mórbida. O homem com a arma olhou para ele. Ele olhou para a arma. E outro disparo foi ouvido.


A dor queimou em suas costelas. Seu primeiro pensamento foi eu tenho um alvo nas costelas? E depois a fixa caiu, junto com a pior dor que ele já havia sentido.




Aquele Que Eles Não EsperavamWhere stories live. Discover now