— A gente tá bem, pode ficar tranquilo — o interrompi e ele assentiu, sem jeito.

— Sabe se ela vai demorar? — ele perguntou, impaciente com a demora da Kim.

— Provavelmente. Por que a pressa? — ao fazer minha pergunta, recebi uma mensagem de Jennie dizendo que já estava saindo.

— Não consigo ficar longe dela, sabe? Coisa de apaixonado, se é que me entende — ele riu, sem jeito.

Desencostei do carro, ficando em frente ao corpo do rapaz, que me olhava confuso e tranquilo, com um sorriso no rosto.

— Não queria quebrar o seu coraçãozinho apaixonado, mas a Jennie namora. Ela namora comigo — seus olhos brilharam tristemente ao escutar minhas palavras. — Se quer saber, agora somos uma família feliz. Eu, ela e o Jinwoo. Faça o favor de deixar a minha namorada em paz — dei ênfase em 'minha'.

— Isso é verdade, Jennie?

Virei-me para o lado, vendo o corpo da Kim parado perto da porta, com um semblante desacreditado. Meio surpresa e sem conseguir formar palavras, a mulher assentiu, engolindo seco.

As flores que a mão do rapaz segurava, caíram no chão, distanciando-se umas das outras. Seus olhos que antes transmitiam paixão, agora era uma grande fonte de tristeza. Seus lábios que estavam esticados apaixonadamente, murcharam lentamente.

— Agora que já sabe a verdade, pode ir atrás de outra, Kim Jongin — falei.

— Eu deveria ter imaginado o motivo do término repentino — ele disse, sorrindo enquanto enxugava uma lágrima. — Bom, sejam felizes!

Após sua fala, ele deixou o local rapidamente, tendo lágrimas escorrendo de seus olhos e a tristeza eminente em seu rosto.

— O que foi isso?

— Nada, só marquei território. Não gosto desse cara — olhei para ela, que me repreendia com o olhar. — Não me olha assim, Jennie. Desculpa por ter falado daquele jeito com ele.

— Não precisa se desculpar. Obrigada por ter feito aquilo, o Kai tá me enchendo o saco desde que terminei com ele.

— Tava é? — cruzei os braços, arqueando as sobrancelhas e sentindo minhas bochechas queimarem de ciúmes.

— Depois você fala que eu sou ciumenta. Vamos logo, Lohanny — ela passou ao meu lado e me puxou, fazendo-me descruzar os braços.

— Não me chama assim. Esse apelido é tão gay — choraminguei.

— Quer que eu te chame como, então?

— Amor.

— Quando eu te chamar de amor, vai ser o apocalipse. Enquanto isso, sonhe. Só o que te resta é sonhar, Lolo — ao terminar a frase, ela sorriu sarcasticamente, entrando dentro do carro.

Jennie nunca me chamou por outro nome a não ser o meu. Desde quando namorávamos, nada de apelidos amorosos para ela, eu podia chamar ela do que quisesse, mas ela só me chamava de Lohan por escolha dela. Segundo a própria mulher, apelidos românticos eram bregas demais.

***

01/05/2024

Point of view: Kim Taehyung
Seul - Coreia do Sul
Quarta-feira

05:40 PM

— Tio, sabia que eu já vou fazer quatro anos?

Entreguei uma tigela pequena com algumas maçãs cortadas para o Jinwoo comer, enquanto assistia ao desenho que passava na televisão, já havia dado um banho nele mais cedo para poupar o trabalho da Jennie.

Juntos Outra Vez • Jenlisa TransOnde histórias criam vida. Descubra agora