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Jeon estava sentindo-se sufocado ao ver a mulher olhando para si, desde que chegou ele ficou imóvel atrás da porta, ele não tinha cara para encarar aquela mulher, a culpa o consumia.

- Sente-se menino! - Ela disse se levantando indo para dentro de casa.

Ele olhou para trás pensando se aquela seria a melhor hora para dar no pé. Não queria ser mal educado, mas não seria certo ele ficar ali.

Ela não merecia ficar de frente com o assassino da própria filha. - Ele só conseguia pensar nisso.

- Trouxe café e biscoitos! - Ela trouxe uma bandeja cheia de biscoitos recheados, aquilo o pegou em cheio, são os mesmo biscoitos que sua mãe fazia quando era criança.

- Senhora Park, eu deveria ir embora! - Ele murmurou, sentindo um peso enorme em seus ombros.

A mulher o olhou docilmente, o chamando com a mão, para não grosseiro, Jeon se encaminhou até ela.

- Menino, eu te conheço...

- Eu preciso...

Ela apertou a mão dele, para que Jeon parasse de falar.

- Me deixe terminar! - Jeon assentiu envergonhado. - Eu não te conheço apenas por ser o namorado de meu neto, você não deve se lembrar, mas eu estava lá naquele dia. No dia do acidente envolvendo minha filha.

Jeon deu dois passos para trás assustado.

- Eu sinto muito, eu juro, eu sinto tanto. Eu não queria fazer aquilo.

Jeon se ajoelhou no chão pedindo por perdão.

- Eu sei disso garoto! Eu acompanhei todo o caso, eu fui em cada audiência sua. - Ela foi até ele novamente. - Não fique se martirizando assim, eu não sinto raiva e nem ódio de você menino, eu lhe perdoei a muito tempo.

Jeon não conseguiu segurar suas lágrimas, deixou toda aquela angústia sair de seu peito.

- Vem cá sente aqui e come os biscoitos, você quando era pequeno devorava eles.

Jeon arregalou os olhos.

- Eu sempre levava nos dias da audiência.

- Porque a Senhora me tratava bem assim?

- Oras, você era um menino naquela época, mal conseguia olhar para as pessoas de tanta vergonha que sentia. Chorava igual um bebezinho pedindo perdão, que não era sua intenção.

Ela deu um sorriso triste.

- Eu fiquei com o coração na mão quando vi seu Pai o tratar daquela forma, ele quem deveria ter assumido a responsabilidade, não ter jogado todo o peso em você.

- Eu errei em ter pegado aquela arma, ele sempre me dizia para não mexer..

- Não se culpe, a arma era dele. Ele deveria ter tirado todas as balas e limpado a arma antes de sair com você. - Jeon conseguia ver o ódio no olhar da Senhora.

- Porque você tem tanto ódio dele? O que ele fez a Senhora? - Jeon perguntou sério.

Ele não deixaria barato de seu Pai tivesse feito algo contra eles.

- Não é nada! Deixei isso para lá.

- Me conte, por favor.

A mulher suspirou tristemente.

- Na primeira audiência ele disse que a culpa era somente sua, que você nunca o obedecia, e que já estava mostrando comportamentos agressivos. No final disso, ele sugeriu ao juíz que quando você fizesse dezoito anos, sua sentença mudaria para a pena de morte.

UnintentionallyWhere stories live. Discover now