Atenção passageiros, bem-vindos a vida de Norihiko Takamori, um comissário de voo azarado que jurou não amar novamente depois de algumas experiências turbulentas em sua adolescência. Só que sua promessa sofre uma despressurização quando se apaixona...
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— Deus, você é maravilhoso, Hiko! — Hiyama geme deliciosamente, manhoso demais, com sua voz grave quase soando como as primeiras oitavas de piano. A visão que tenho do rosto dele, corado e contorcido de prazer é perfeita, e eu me deleito com a visão, ele é meu, apenas meu!
Entretanto, mesmo com a deliciosa sensação que nos engolfa, há um problema: continuo pensando em Trent.
Desgraça, eu tenho mesmo que ficar pensando nisso? Estou aqui, com quem amo, segurando as mãos dele enquanto eu me movo delicadamente ao investir em seu corpo, não deveria estar pensando nisso! Eu só deveria focar no quanto ele implora por mim, no quanto temos química juntos!
Mais cedo, descobrir que Trent me bloqueou me desestabilizou. Mal consegui comer, e estou um pouco paranoico acerca do que aconteceu. Trent é tão desgraçado assim por me odiar sem motivo algum? Ah, mas a proteção...
Hiyama não é uma criança, droga, ele sabe se virar! Empurro com força, mas inconscientemente enquanto penso sobre o senhor Murphy me atrapalhando. Meus dedos se entrelaçam aos de Hiyama, abaixo de mim e jogando a cabeça para trás. Ele põe mais força nas mãos juntas às minhas, acho que ele já está sentindo que empurro meus quadris com intensidade.
Fecho meus olhos e sinto a franja loira se fundir em minha pele suada. Deixo para trás um longo suspiro, envolto em prazer e dor; a dor de remoer os fatos de mais cedo durante o nosso momento. Cérebro, você pode se focar um pouco aqui, por favor?
Droga. Empurro-me freneticamente, sentindo-o tenso assim como eu. Minhas mãos soltam a dele, e eu o seguro pelos pulsos enquanto o puxo para cima, eu preciso urgentemente de um beijo, de sentir aqueles lábios contra os meus em um contato romântico. As bocas se unem magicamente, fomos feitos um para o outro, e mesmo com tudo isso sondando a paciência, eu o amo.
— Tenha cuidado — ele sussurra, escorregando os lábios através da minha orelha. — Estou aprendendo junto contigo como ser passivo.
— Tudo bem. — Empurro Hiyama, o afastando de mim e vendo a reação dele. Um suspiro forte e o pescoço deitando para trás, convidativo para um beijo que pesca em minha língua todo o gosto de sua pele cheirando a loção pós-banho.
— Nori, eu... eu vou... — ele geme, enfiando as unhas curtas em minhas costas, arranhando a pele suavemente, mas que, mesmo assim, me provoca algum incômodo. Sua mão vai de encontro à pelve, necessitando com urgência de alívio, querendo saciar o desejo em seu membro.
Decido segurar um pouco mais. Estou cansado, selvagem demais para me reconhecer no momento. Norihiko ativo? Há meses atrás eu sequer imaginava isso e acho que nem mesmo Hiyama; ultimamente vamos revezando nossa dinâmica juntos e nos descobrindo cada vez mais. O melhor?
Estou amando tudo isso.
— De quatro! — ordeno, de joelhos sobre o colchão enquanto me reposiciono. Deus, que lindo, mas estou ardendo de raiva. Eu não posso focar nisso agora, tenho que dar o que meu homem precisa.
