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— Como?

— É talvez a Verônica esteja certa, estou precisando sair daqui e pensar um pouco em tudo que rolou para conseguir superar, não vou conseguir superar tudo isso se eu continuar aqui te vendo todo santo dia.

— Você não vai!

— Você não é meu pai!

— Vai jogar tudo no lixo então? — Seguro seu braço a impedindo de ir embora.

— Você não é meu pai. — Suspiro com raiva e a deixo ir.

Laura Marano Narrando:

— Laura! — Entro em casa e minha mãe vem correndo me abraçar. — Porra garota, nunca mais faz isso, você tem noção do quão preocupada eu fiquei? Você é tudo pra mim, mesmo que pense que não. — Abraço ela.

— Vou voltar para São Paulo.

— Não! — Olho pro meu pai que se levanta vindo até nós.

— Se acalma amor, não vamos discutir a Laura acabou de chegar.

— Patrícia você ouviu o que ela acabou de dizer?

— Eu sempre vivi lá pai, não vai ser algo novo ou diferente, a mamãe vai estar comigo.

— Não posso permitir isso filha, desculpa, mas eu não vou te perder... Não vou deixar sua mãe acabar com as nossas vidas de novo.

— Eu Alexandre? Não fiz tudo sozinha, não foi apenas eu! — Vou até meu pai para abraçá-lo. — Vai ser assim? — Fico quieta. — Eu estou...

— Verônica, não. — Olho para os dois. — Eu sei o que você vai fazer...

— Não posso esconder isso dela Alexandre, não estou fazendo nada, eu só vim para dizer o que precisava e eu vou dizer...

— O que tá acontecendo aqui?

— Eu te amo muito filha, sei que não sou lá uma ótima mãe e não falo muito isso, mas... Laura eu só tenho seis meses de vida.

— O que? Como assim mãe?

— Eu estou com câncer. — Sinto uma lágrima descer dos meus olhos, uma falta de ar se forma em meu pulmão e então meu mundo finalmente desabar.

— Não, chega. Pra mim é demais, eu preciso ficar sozinha. — Saio correndo e vou para o meu quarto.

A mulher que mesmo não sendo sempre uma boa mãe estava morrendo e eu havia dito coisas horríveis a ela, ela iria morrer daqui a seis meses e eu jamais irei poder vê-la depois disso, não quero perder a minha mãe, não queria perder ninguém, nunca quis. Grito jogando a almofada da cama no chão, deixo o choro vir livre e escuto três batidas na porta, apenas ignoro e me sento no chão do quarto, pego meu celular e ligo pra Brenda, mas é claro que ela não iria me atender, brigamos feio quando tentei ir embora de São Conrado sem falar nada pro pessoal. Liguei pra Mirella e a mesma atendeu após o segundo toque, contei tudo a ela e até mesmo do dia péssimo que tive, foi ótimo conversar com a minha amiga, sabia que mesmo com tantas coisas ela não me deixaria na mão, e como sempre ela me incentivou a fazer o que eu realmente queria. Limpei minhas lágrimas e peguei minhas malas, comecei a colocar tudo dentro dela e por fim havia dado para colocar muitas roupas e entre outras coisas importantes para mim, peguei meu celular ligando para o Dylan, mas acabou caindo na caixa postal, liguei mais quatro vezes e nada, então ele devolveu a ligação e parecia estar muito bêbado, pedi para ele me encontrar na praia e fui tomar um banho para ir vê-lo, escolhi um conjunto branco quase transparente com uma saia longa e uma sandália melissa que por sinal era uma das minhas preferidas dessa marcada. Assim que terminei eu fui me arrumar e estava bonita como sempre, só o meu rosto que entregava tudo, chorar o dia todo não é nada legal. Peguei meu celular, avisei meus pais que iria a um lugar e saí sem dar mais explicações, pedi um uber que chegou em questão de minutos e me levou até a praia, paguei o motorista quando ele chegou no lugar e sai correndo a procura do Dylan pela praia, o vi jogado na areia e me sentei ao seu lado, ele fez o mesmo e ficou me encarando. Levantei para tirar minha roupa e corri pro mar apenas de calcinha, já estava tarde e ninguém iria aparecer do nada ali, mergulhei sentindo o gelado da água e de longe vi ele em pé com a garrafa na mão, sorri dando de costas e voltando a nadar, minutos depois ele estava entrando na água só de sunga, coloquei meus braços em volta do seu pescoço e o abracei como se fosse a última vez, senti seu coração acelerar enquanto seus braços me prendiam fortemente, mas a onda cortou todo o nosso momento nos derrubando, rimos olhando um nos olhos do outro e por fim o puxei para um beijo.

— O que foi tudo isso? — Fala alisando meu rosto, fecho os olhos sentindo seu carinho e volto a beijá-lo.

— Por que bebeu?

— Escuta Laura, eu errei e só queria que soubesse que nunca foi o meu brinquedo. — Sorrio me levantando e saindo do mar, ele fica sem entender e vem atrás, pego minhas roupas e ele faz o mesmo me guiando até seu carro.

— Vamos só curtir o nosso momento Dylan, não vamos falar disso, eu preciso só de paz por um momento.

— Tudo bem, eu te dou essa paz. — Ele sorri e me puxa para um beijo, retribuo na mesma intensidade e sinto como se todos meus problemas fossem sumindo no mais profundo nada. Abri a porta do seu carro entrando e por um acaso começou a tocar Pretty When You Cry da Lana Del Rey, abri um sorri parando o beijo e ele me olhou rindo. — Acho que esqueci o som ligado. — Ri concordando. — Vou desligá-lo.

— Não. — Puxo ele. — Deixa tocar, eu gosto.

— Tá, tá bom.

Entro no carro me deitando no banco e ele entra logo em seguida, escuto a porta fechar e o mesmo termina de tirar sua roupa com um pouco de dificuldade, faço o mesmo e ele fica me olhando por alguns segundos até finalmente colar seus lábios no meu pescoço me arrancando vários suspiros, era mágico e perfeito a nossa química, mas nada sério, um caso tão proibido e passageiro, mas que eu iria sentir falta. Suas mãos percorriam por todo meu corpo a procura do meu prazer, meus gemidos altos e satisfeitos com aquela sensação maravilhosa que ele sabia me causar com tão pouco, em um lugar tão simples como aquele. Suspirei forte ao sentir Dylan entrando em mim, fazia tempo que não transávamos e eu senti tanta falta disso.

E então os dois fizeram amor pela primeira vez até uma e pouca da manhã...

UM ROMANCE PROIBIDO | 𝓓𝓪𝓻𝓴𝓻𝓸𝓶𝓪𝓷𝓬𝓮 🔞Where stories live. Discover now