— Vai se vestir, quero impedir esse tipo de reação. — Saio rindo e o deixo à vontade no quarto. Me lembrei do bolo no forno e fui correndo ver se não havia queimado, tirei o bolo de chocolate com cuidado e o coloquei em cima da mesa com a calda pronta. Senti dois braços em volta da minha cintura e novamente me via perdida degustando o sabor do seu beijo, aproveitei a deixa colocando o dedo na calda do bolo e passei no seu pescoço lambendo a região, ele fez o mesmo descendo até um pouco do meu seio por conta do decote do pijama, suspirei ao sentir sua língua na minha pele, mas logo voltamos a nos beijar, não queria ter que parar por ali, mas aquela maldita falta de ar nos impedia de continuarmos. — Vai comer e voltar?
— Quer que eu vá embora? — Nego. — Eu não tenho que volta se você não quiser, mas caso seja um problema ficar aqui, nós podemos ir para a minha casa.
— Acho melhor não, mas os meus pais podem chegar... — Escuto a campainha e meu coração acelera. — Dylan fica aqui, não sai daí por você. — Me levanto e vou até a porta.
— Oi. tudo bem? — Abraço ele recebendo um selinho.
— Olha, não é um bom momento para você está aqui. — Entro na sua frente para que ele não consiga entrar.
— Por quê? O que houve, eu posso ajudar se estiver precisando. — Tenta passar, mas o impeço.
— Felipe, por favor.
— O que foi Laura, tá tudo bem? — Olho pra trás e vejo o Dylan.
— É por isso que você não queria que eu entrasse? — Ri. — Porra Laura, me trocou por isso? — Passa a mão no cabelo rindo.
— Não é isso Felipe, o Dylan é só meu amigo!
— E qual o problema? — Se aproxima.
— Dylan não piora as coisas.
— Isso só pode ser piada. — Revira os olhos rindo outra vez.
— Tem algum palhaço aqui para você está rindo garoto?
— Tem sim, você irmão! — Quando percebo o Dylan voa socando o rosto do Felipe. — Seu arrombado. — O Felipe devolve e na mesma hora a Brenda chega.
— EI DYLAN! — Empurra ele. — Olha pra mim, olha pra mim caralho! Não vamos brigar aqui, vem comigo. — Suspiro tentando ajudar o Felipe enquanto a Brenda leva o Dylan pra dentro.
— Babaca. — Reclama de dor com o nariz sangrando. — Não acredito que parou de falar comigo por um cara desses!
— Vem, vamos cuidar disso. — Pego sua mão o trazendo para dentro.
— Não vai cuidar desse arrombado, não é Laura?
— Dylan chega! — Me exalto.
— Tá incomodado amigo. — Debocha, mas entro na frente dele para que o Dylan não faça nada.
— Não devia ter vindo pra cá, só consegui perder meu tempo! — Sinto aquelas palavras como facadas, ele pega sua blusa junto do celular e sai batendo a porta.
— Eu... Eu... — Deixo as lágrimas caírem, o Felipe se aproxima, mas me afasto. — Não me encosta, vai embora da minha casa agora.
— Laura eu só...
— VAI EMBORA FELIPE! — Subo correndo para o meu quarto e tranco a porta, me jogo na cama deixando o choro totalmente livre para vir, meu coração doía só de lembrar do que o Dylan havia me dito, tudo por culpa do Felipe, se ele não tivesse aparecido aqui, nada disso teria acontecido. — AAHHHH!! — Grito sentindo um grande alívio.
— Laura posso entrar? — Escuto a Brenda na porta, mas fico quieta. — Quando quiser conversar eu estarei no meu quarto, o Felipe já foi embora, não precisa ficar aí sozinha aguentando tudo meu bem! — Abro a porta e abraço ela. — Laurinha não chora.
— Eu não consigo Brenda, eu gosto dos momentos que fico com o Dylan, mas eu sou apenas uma diversão para ele.
— Como assim?
— A Luana, ele a ama e sabe disso, mas não me nega quando estou com ele. — Choro mais.
— Tá, vamos deitar um pouco. — Me jogo na cama e ela deita comigo. — Você precisa se acalmar.
(...)
Já era umas quatro e cinquenta da tarde, minha barriga não parava de roncar de fome e não tinha nada pronto para comer, meu pai já havia ligado para avisar que estava em um hotel com a Patrícia, então não dei muita importância, mas pelo menos eu fiquei mais tranquila em relação a demora dos dois. Brenda precisou sair de urgência, mas não quis me dizer o que era, aproveitei para tomar um banho quente e fiquei o resto do dia no sofá da sala vendo Matrix no HBO Family, não consegui comer quase nada e acabei guardando para comer mais tarde, o dia hoje estava péssimo e não ter nenhuma notícia do Dylan me deixava pior ainda, o Felipe ter aparecido de surpresa não foi algo tão legal e muito menos esperado, nós não temos nada e ele surtou por isso. Escutei a minha campainha tocar, mas apenas ignorei, meu celular então começou a tocar e pude ver o seu nome no visor, um sorriso se formou em meu rosto, mas ainda me sentia mal com tudo. Me levantei do sofá com um pouco de dificuldade e fui atender a porta, era ele com um olho roxo e um buque de rosas na mão.
— Eu vim me desculpar pelo que havia dito mais cedo. — Sorrio olhando o buque. — Laura... — Ele segura meu queixo me fazendo olhá-lo. — Me desculpa, não me arrependo de nada... Eu gostei muito do nosso tempo juntos, a única coisa que eu me arrependo é de não ter quebrado a cara daquele idiota! — Rimos.
— Eu acho que você quebrou o nariz dele. — Rimos mais uma vez.
— Então um olho roxo valeu a pena. — Passo a mão no seu olho e o vejo fazer uma careta de dor. — Você é linda. — Sorrio e me aproximando dele.
— Me desculpa por isso. — Passo o dedo uma última vez no seu olho e o beijo.
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UM ROMANCE PROIBIDO | 𝓓𝓪𝓻𝓴𝓻𝓸𝓶𝓪𝓷𝓬𝓮 🔞
RomanceLaura é uma jovem em busca da sua liberdade, longe das exigências e dos conflitos com a mãe, mas pra isso ela se muda para o Rio de Janeiro, a onde começa a sua nova jornada ao lado do pai e da madrasta, porém ao longo do tempo Laura conhece Dylan...