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— Ramon! — Escuto a voz do Pedro e o vejo entrar com uma garota. — Laura, não sabia que você estava aqui, o Ramon não me avisou nada. — Me levanto para abraçá-lo assim que ele se aproxima para fazer o mesmo.

— É que acabou acontecendo algumas coisas e o seu irmão me chamou.

— Bom, fica à vontade então, a casa é toda sua. — Sorri simpático. — Ah e antes que eu me esqueça, Laura essa é a Marian, Marian essa é a Laura.

— Prazer Marian. — Sorrio.

— Igualmente Laura, gostei do seu cabelo.

— Ah obrigada, o seu também é lindo. Na verdade, você é uma ruiva muito bonita.

— E você uma loira linda também, queria ter nascido loira, mas acabei puxando a família do meu pai. Puxou a alguém?

— Meus pais são loiros, mas a minha mãe decidiu que queria ser morena e mudou o cabelo.

— Ah claro, de sorte você, puxa os dois lados dos pais.

— É, grande sorte. — Sorrio sem graça.

— Bom, vocês duas fiquem conversando aí que eu vou chamar o meu irmão.

— Não precisa Victor, já estou aqui.

— Oi Ramon, é muito bom te ver.

— O que ela está fazendo aqui Pedro Victor?

— Para de me chamar assim, não sou mais uma criança caralho!

— Olha o respeito, ainda sou mais velho!

— Porra! — Resmunga. — Desculpa por isso Laura, vamos pra casa dos meus pais Marian, lá o clima deve estar melhor.

— Não gente, que isso. — Me levanto. — Vamos ficar todos juntos em paz, o Ramon está preparando um almoço maravilhoso, por que não ficam?

— Eu topo, já andamos muito Pedro, preciso comer. — Olho para ela com um sorriso e o Ramon, sobe as escadas pisando fundo, estranho sua atitude e peço licença indo atrás.

— Tá tudo bem? O que aconteceu de tão grave pra você não querer a Marian aqui? — Entro no seu quarto e fecho a porta.

— Não é você que manda aqui Laura! — Me encosto na parede e ele a soca ao meu lado. — Porra, vai embora, por favor?

— Ramon desculpa, eu sei que é a sua casa... Eu não queria que ficasse um clima chato entre...

— Vai embora garota, não tá me ouvindo? — Ele segura meu braço e me coloca pra fora do quarto fechando a porta na minha cara. Desci as escadas segurando o choro mais uma vez, odiava estar tão sensível assim, parecia que tudo iria desmoronar a qualquer momento.

— Laura tá tudo bem? O Ramon te fez algo?

— O seu irmão é um grosso, não sei o que estava pensando vindo até aqui.

— Laura! — Dou de ombros e saio da casa. Parece que tiraram o dia para me fazer chorar hoje.

Dylan Garcia Narrando:

— O que foi Luana, tá o dia todo assim! — Reviro os olhos.

— Por que será Dylan?

— Amor senta aqui, vamos nos acalmar...

— Como? Como vou me acalmar sabendo que o meu marido foi tirar satisfação com uma puta na praia?

— Chega Luana, tô cansado dessa conversa!

— ERA SÓ NÃO ME TRAIR IDIOTA! — Bufo irritado e ela começa a chorar.

— Eu estou aqui com você não estou?

— Você preferiu uma garota a mim, a sua mulher.

— E ainda prefiro você, eu te amo amor...

— Sai de perto, quero ficar sozinha hoje, por favor?

— Tá, que seja. — Me levanto indo pegar as chaves do carro.

— Vai à onda?

— Pra casa de um amigo.

— Amor... Desculpa, fica...

— Vai se acalmar Luana, tá agindo por medo de que eu vá atrás dela. — Saio de casa batendo a porta.

Eu sei que errei e agora ela tem toda a razão de estar assim comigo, ferrei com o meu casamento, mas a culpa não me consome da forma como era para consumir, sinto falta da Laura e se eu pudesse voltar ao que era antes, mas com as duas sabendo, isso tudo tá me enlouquecendo, precisava ver a Laura, só ela consegue me acalmar de toda bagunça mental, mas errei feio com ela também, fiz ela passar por toda essa situação e agora nem me responder ela não responde. Peguei meu carro saindo de casa e fui andar por aí, tive a brilhante ideia de passar na casa da Laura, mas quando cheguei a mãe dela estava lá mega preocupada ao lado do pai, a Patrícia tentando acalmá-los, confesso que também fiquei preocupado, mas ela deveria estar ainda com aquele babaca do Ramon, não vou ficar me intrometendo na vida dela. Passei no Mc Donald e no Burger King para comprar algo e a vi no meio do caminho seguindo em direção à praia, estacionei o carro em um lugar perto e peguei as sacolas com o lanche indo atrás dela.

— Oi, tá tudo bem? — Me sento ao seu lado colocando a sacola a minha frente. Puxo ela para o meu colo e sinto suas lágrimas molharem minha blusa, sorrio fraco e abraço ela. — Você sabe que pode contar comigo, né?

— Desculpa, eu preciso ir. — Se levanta quase caindo, a seguro e puxo ela colando nossos corpos. Aliso seu rosto com meus dedos e junto nossas bocas. — Você é idiota? — Me empurra secando as lágrimas. — Não se tocou na merda em que nos metemos por conta disso? Você tem uma mulher linda e ainda vem atrás de mim? Me deixa em paz Dylan, por favor? Eu só preciso disso e não estou conseguindo, parece que o dia hoje não é pra mim. A minha mãe não serve nem para ser a minha mãe, faço uma puta burrada na casa do Ramon ao tentar manter um clima sem brigas entre ele e o irmão e sou expulsa, agora você... E-eu sinto tanto a sua falta, quero poder te abraçar e beijar sem culpa, não ser só um brinquedinho seu... Dylan, eu... E-eu gosto de você, mas sei o quanto você é apaixonado pela Luana e tudo bem, mas pra mim não, não posso continuar e fingir que nada aconteceu, sendo que eu quero muito você! — Respiro fundo e abraço ela.

— Por que estava com aquele cara? Ele não é bom pra você.

— O que? — Se afasta rindo. —E você é? Eu acabei de dizer que gosto de você e isso é a única coisa que importa? Não olha nunca mais na minha cara. — Reviro os olhos indo pegar as sacolas e vou atrás dela que sai andando com raiva.

— Laura me espera, não é que eu não me importe com você...

— Eu vou voltar pra São Paulo! — Sinto minha garganta fechar e meus olhos marejarem.

UM ROMANCE PROIBIDO | 𝓓𝓪𝓻𝓴𝓻𝓸𝓶𝓪𝓷𝓬𝓮 🔞जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें