Capítulo 18 - A Marca

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O chão tremeu sob as botas de Georg. Era o único aviso que Bill havia chegado. Ele olhou para o Warlock acorrentado à parede, com os braços em cruz, e sorriu como um lobo.

Oh-oh...Georg falou quando o chão voltou a tremer novamente com mais violência.

Um pedaço do teto caiu bem em cima da cabeça do Warlock. Georg sentou-se sorrindo, pôs os pés sobre a mesa diante dele, cruzou as pernas na altura dos tornozelos e balançou a cadeira para trás.

Georg adorou entrada dramática de Bill. O piso sujo da masmorra explodiu como um vulcão, jorrando terra e trazendo à tona um furioso Demon. Logo depois, cada partícula da terra voltou ao seu lugar e o chão se fechou, como se nada houvesse acontecido.

Bill flutuava um pouco mais de meio metro acima do solo. Os olhos ameaçadores e raivosos, demonstravam o poder de sua presença, alterando a pressão atmosférica na masmorra. Bill por fim tocou o chão e olhou o Warlock dos pés a cabeça, sem dizer uma palavra. Olhou Georg por cima do ombro, e numa mensagem silenciosa, lhe indicou que havia sentido algo.

Georg assentiu educadamente e adivinhou o pensamento do Executor: Esse não era o mesmo Warlock que Bill vira no galpão. Mas nem por isso estava menos encrencado.

Essa é a criatura que ousou pôr as mãos em minha parceira?

É obvio que era, mas Georg adora uma boa encenação. Ele assentiu a pergunta de Bill, com uma expressão severamente grave.

Sim, é ele mesmo. Ainda não o castiguei, porque sabia que você tinha o direito de cuidar dele.

Encontrou a arma com que ele me atingiu?

Ainda não.

Nem vai encontrar. disse o feiticeiro bem debochado, para um idiota que estava encarcerado, à mercê de dois Demons incrivelmente poderosos. Esse não tinha medo do perigo.

Não importa. Bill riu sarcástico. Você não vai ter outra oportunidade de usá-la.

Palavras corajosas, considerando que é um covarde que teme me enfrentar de igual para igual.

Bill aproximou-se e rosnou no rosto do Warlock, exibindo um par de presas, que raramente ele colocava à vista.

Coragem estúpida, considerando que foi um covarde a ponto de usar uma mulher para me atingir. Sabe o que os seres da minha raça fazem com quem ameaça algo que nos é precioso?

Não sei o que fazem esses monstros. cuspiu o Warlock. Tudo que esses monstros podem fazer, é assumirem a nossa aparência, mas não enganam mais ninguém. Já vi que aparência têm, quando tiram a mascara do disfarce.

Outra vez Bill lançou um breve olhar a Georg. O guerreiro levantou-se tão de repente, que o Warlock deu um coice de medo, fazendo-o se encolher...Quando o capitão guerreiro se ergueu, em toda sua estatura, exalando sua raiva, o efeito foi tão devastador, que poderia sufocar qualquer homem vivo. O colosso cabeludo podia esmagar o mundo entre suas mãos, e em seus brilhantes olhos esmeralda, estavam injetados de raiva, motivo suficiente para ele esmagar qualquer um com as mãos. .

Gostaria de explicar como teve essa rara oportunidade? Bill sugeriu sorrindo, numa velada ameaça, por trás da pergunta tão educada.

Já vi muitas coisas continuou o feiticeiro. Vampiros queimados pelo sol, lobisomem explodir perfurado por uma bala de prata, demônios escravizados, babando dentro de um simples pentagrama riscado no chão....Esses disfarces humano, que todos usam, se dissolve rapidinho depois de serem intimados.

DEMONS | BILL KAULITZWhere stories live. Discover now