Capítulo 15 - E a Terra Tremeu...

34 7 1
                                    




Bill olhou naqueles profundos olhos azuis, vendo neles a confiança que sempre sonhou. Era a primeira vez que alguém o chamava de Executor, de uma forma carinhosa. Ele sentiu o coração apertado dentro do peito, a garganta fechada pela tensão emocional. Até aquele momento, não havia percebido o quanto queria que alguém o tratasse com carinho e afeto.

O sentimento era profundo. Não conseguiria esconder de Rachel, e sabia, que o que via em seus olhos era pura compaixão por sua solidão, por todo o abuso e a animosidade que já havia enfrentado dos membros de sua raça. A bondade de Rachel era um dom, um presente da vida, algo que ele não podia destruir. Ela era generosa e confiante, sempre doando, sem pensar o quanto isso poderia custar a ela mesma. Ela era um raio de sol, que ele poderia se aquecer, sem sofrer as consequências. Seria cuidadoso com Rachel, ou morreria tentando.

Foi nesse momento que ele percebeu como seria fácil perder o coração para essa fêmea humana. Talvez isso já tivesse acontecido.

Bill guardou esse pensamento, tentando evitar que Rachel o lesse, sentindo que ela já estava sob pressão excessiva, sem ter de partilhar também seus temores e suas dúvidas. Se ela tivesse de ser dele, e o Destino sabia que esse era seu maior desejo, não seria por caridade, por preocupação com seu povo, ou pela pressão dos sentimentos que já nutria por ela. Rachel faria sua escolha por vontade própria, sem pressão, mas pelo coração.

Rachel o viu compenetrado em seu pensamentos, mas ele os mantinha protegidos, isolados dela. Sim, sabia que não devia estar bisbilhotando em sua cabeça, depois do discurso que fizera sobre a importância da privacidade, mas habituara-se a partilhar sentimentos e impressões com Bill. Isso os conectava, e ela se sentia segura com essa conexão. Olhou para as próprias mãos, que brincava distraída com os botões da camisa dele, tentando tocar a pele branca e tentadora. Começou a abrir botão por botão de sua camisa, concentrando-se na maciez da sua pele, e em como podia sentir o calor que ele emanava. Bill suspirou ofegante. Havia em seus olhos, aquele brilho que ela aprendera a reconhecer e a apreciar.

Um toque, Rachel, e você me vira do avesso. Consegue sentir?

Ela conseguia. Ela sorriu e fechou os olhos. Deixou a consciência se misturar com a dele. Era delicioso sentir o calor de seu corpo, o pulsar do seu sangue em suas veias, a ereção....que para ele, chegava a ser desconfortável.

A experiência era fascinante. Não conseguia se conter. No momento em que retomou a própria mente e ao corpo que ardia em chamas incontroláveis, ela deslizou as mãos pelo peito forte, tocando-o com uma intimidade, que era pura provocação e uma súplica desesperada.

Você desse jeito, vai me levar a loucura. Bill declarou com tom rouco.

Deve ser minha inexperiência, porque não estou me esforçando tanto assim. ela comentou sorrindo, descendo a mão lentamente e tocando a protuberância física, volumosa e explícita de seu desejo, que estava em completa ereção dentro da calça.

Ele gemeu alto. Rachel se sentia poderosa e excitada. Ousada, voltou a brincar com os botões de sua camisa, terminando de abri-la, deslizando as mãos pelo peito definido e pelas costas firmes, sentindo nas mãos, os tremores que o sacudiam.

Tem certeza de que é isso mesmo que quer, minha pequena Rach? Porque, quando eu começar... Eu não vou parar. Você tem certeza?

Bill, eu quero você. Nunca tive tanta certeza de uma coisa, em toda a minha vida, como agora. Entre em minha mente, e saberá se estou dizendo a verdade.

Ele aceitou o convite e encontrou uma certeza inabalável. E isso era tudo que ele precisava para saber, e se entregar de corpo e alma ao que o Destino havia preparado para eles, sem medo ou hesitação. Beijou-a com volúpia, esmagando sua boca, explorando-a com sua língua sensual. Rachel apertou os olhos, quando sentiu aqueles lábios quentes, morderem levemente seus lábios inferiores, por pura provocação. Ela apertou seu braço e o puxou para mais perto. Bill desceu os lábios pelo seu pescoço, lambendo aquela pele alva, enquanto suas mãos fortes desciam por sua cintura, apertando levemente seu quadril, pressionando sua ereção, contra sua parte íntima, fazendo-a gemer alto, no mesmo momento em que ela grudava as mãos em seus cabelos.

DEMONS | BILL KAULITZOnde as histórias ganham vida. Descobre agora