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- Estamos em quartos separados, vou apenas ficar de olho nela nesses três primeiros meses com a ajuda da minha mãe. - Ele explica. - Sem contar que, eu estou cheio de trabalho, então, vou passar mais tempo trabalhando do que em casa.

Cecília respira aliviada.

- Minha mãe que vai ajudá-la em tudo.

- E a Marianne está de acordo com isso?

Henry faz uma careta.

- Não. Minha mãe tinha sugerido a ideia da Natalie ficar na casa dela, assim, não iria causar tantos desentendimentos no nosso relacionamento.

Cecília assente.

- Mas, quando ela tinha me falado isso, eu já tinha falado para Natalie que ela ia ficar temporariamente na minha casa e não dava para voltar atrás.

- Entendi. - Ela responde e decide mudar de assunto. - Vou ir para um show nesse final de semana.

- Deixe-me adivinhar... Jorge & Mateus?

Cecília ri, mas nega.

- Matheus & Kauan.

- Acho que eu nunca escutei.

- É legal as músicas. - Ela responde. - Bem, Rebecca já tinha conseguido os ingressos então eu não poderia negar.

- Você tem que se divertir também, não pode ficar somente focada no trabalho ou no desfile.

- E eu repito a mesma coisa para você.

- Bem, o meu único método de diversão sozinho é jogar e, por enquanto, tem uma pessoa na minha casa e eu não gosto da ideia de ficar sozinho com ela.

- Tenta um esporte.

- Vou passar horas na academia.

Cecília ri.

- E o Kal?

- Está comigo, como sempre. - Ele mostra o cachorro dormindo no meio do camarim. - E é bem espaçoso.

- Estou com tanta saudade dele.

- Eu acredito que esse sentimento seja mútuo.

Cecília sorri.

Os dois permanecem conversando até dar o horário de Cecília receber mais um paciente. Assim, ela desliga a ligação e se prepara para atender o paciente.

Henry retorna a gravar, pois o seu horário de descanso tinha terminado.

Ele chegou em casa tarde da noite e encontra sua mãe na cozinha fazendo algo para eles comerem. Com isso, ele vai direto ao cômodo, encontrando a sua mãe cantarolando enquanto mexia no conteúdo dentro da panela.

- Boa noite.

- Ah... Boa noite filho. - Ela olha para Henry com um sorriso. - Como foi o trabalho?

- Cansativo. - Ele senta em uma das cadeiras. - Como está a Natalie?

- Bastante enjoada. - Ela responde. - Você tem certeza que quer que ela fique aqui? Eu ainda posso levá-la para a minha casa.

- Você não suporta ela.

- Exato, mas ela está precisando e eu tenho medo que ela apronte algo estando aqui.

Henry respira fundo.

- Eu não posso voltar atrás agora. - Ele comenta. - Não quando as coisas dela já está aqui em casa e ela já está confortável no quarto de hospedes.

- Mesmo assim, não me sinto segura.

- Eu sei me cuidar.

- Ok. - Marianne encerra o assunto, pois vê que, nem que ela desse todos os argumentos possíveis, Henry não irá mudar de ideia facilmente. Agora, é o lado compaixão dele falando mais alto que a própria razão.

Marianne serve um pouco da sopa que fez para Natalie para ele.

- Ela não pode comer coisas muito pesadas, e está enjoando de quase todos os alimentos possíveis. - Marianne diz com preocupação. - Melhor contratarmos uma enfermeia para ficar de olho nela.

Henry assente.

- Estou averiguando isso. - Ele comenta e começa a comer a sopa. - Aliás, está muito boa!

- Eu sabia que você ia gostar.

Marianne sorri e prepara uma bandeja para levar até o quarto de Natalie.

- Volto em cinco minutos.

Henry assente.

Conforme Marianne falou, ela retorna a cozinha cinco minutos depois e aproveita para jantar junto com o filho.

Os dois conversam sobre outros assuntos, sem ser a hóspede que está em casa.

Após Henry terminar de comer a sopa, ele lava a louça e vai diretamente tomar um banho. Após isso, ele vai até o quarto de Natalie e dá duas batidas na porta para chamar a atenção dela.

- Boa noite.

- Boa noite. - Ela responde.

- Está bem?

- Não consegui comer quase nada, mas a sopa da sua mãe me salvou da fraqueza. - Ela dá um sorriso fraco.

Henry assente.

- Provavelmente, amanhã uma enfermeira vai te ajudar com essas coisas. - Ele responde. - Minha mãe não vai conseguir ficar sempre com você, e seria melhor uma enfermeira para te ajudar com tudo que necessita.

- Mas, e você?

- Minha agenda está cheia, Natalie.

- Está cheia mesmo, ou é apenas um meio de me deixar longe da sua vida?

Henry respira fundo novamente.

- Irei te lembrar que você não pode passar estresse.

- Eu sei disso... mas você não respondeu a minha pergunta.

- Minha agenda está realmente cheia. - Ele comenta. - E você mesma deveria saber disso.

- Claro, se estivesse trabalhando em vez de passar tempo com a sua namorada, isso não devia ter acontecido e você estaria livre.

- Eu posso trabalhar agora com a mesma qualidade de antes e você não tem que me falar nada sobre os meus horários. - Ele responde. - Certo? O tempo que eu decido passar com a minha namorada é da minha conta e você não deveria se preocupar com isso.

Henry responde.

- Eu honestamente, pensei que as coisas seriam mais fáceis.

- São mais fáceis. - Ela responde. - Termina com ela e as coisas se tornam bem mais fáceis. Assim, poderemos ser uma família.

- Não posso dar ao meu filho um exemplo de família em que, só vai existir brigas entre a sua mãe e o seu pai. - Henry respira e anda até a porta do quarto dela. - Não é o cenário que eu idealizei para o meu futuro filho.

Henry sai do quarto, sem deixar Natalie dar algum tipo de resposta e desce as escadas.

Sua mãe tinha ido embora. Então, ele apena pega Kal, coloca a coleira nele e sai de casa para clarear as ideias.

O que ele tinha feito para merecer tudo isso?

Ele está feliz que vai ser pai, mas por que ele tem que passar por toda essa situação?

Where It All Began | Henry Cavill Onde histórias criam vida. Descubra agora