Capítulo 23

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Hoje está acontecendo mais um dia de julgamento do Briar

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Hoje está acontecendo mais um dia de julgamento do Briar. Deveria ser adiado pela sua condição física, porém ele e seu médico alegaram que ele estava em condições de ir ao julgamento. Eu sempre fico nesse estado de confusão e curiosidade quando é dia de julgamento deste caso, se eu pudesse, eu abandonaria os meus casos e ia pessoalmente sentar na bancada do júri para julgá-lo como se eu tivesse feito a denúncia.

O Briar nesse momento pode estar sendo preso, igual às milhares de vezes que eu pensei isso e ele apareceu livre das algemas e com um sorriso ridículo no rosto. De alguma forma curiosa, o Briar Koa sempre consegue se safar dos crimes que ele está sendo acusado.

Me escoro na parede do corredor perto da porta principal do tribunal e espero as pessoas saírem do tribunal para que eu entre e fale com o Percy. Espero até que o Briar saia com a Mirela, e me coloco para dentro tentando passar despercebida por algumas pessoas. O Percy ainda está sentado, parece analisar alguns papéis.

— Olá — cumprimento, ganhando sua atenção. — Como foi? Ele está com um pé na cadeia ou já pode abrir champanhe?

— Ainda terá mais dias de julgamento, isso ainda não acabou. Novas testemunhas foram adicionadas, o lado da acusação está ganhando força. Talvez o Briar não seja realmente inocente.

— Testemunhas todo mundo consegue, pessoas se vendem pelo dinheiro. O Briar Koa também não me parece uma má pessoa, no outro dia...

— Espera, por que você está defendendo-o? — Percy me olha, confuso, cruzando os braços. — Eu sei que você ajudou ele, mas isso não significa que vocês são amigos íntimos, vocês nem se conhecem. Você não sabe o que ele gosta, não sabe dos seus pensamentos e atitudes. Eu não estou enganado, estou?

Forço um sorriso.

— Você está certo. Você sabe o que acontece, a gente salva alguém e espera que a pessoa seja digna do salvamento. Além do mais, a Mirela fala tão bem dele...

— Ela é advogada dele, é normal que faça isso na frente de uma juíza. Você não está no caso, mas tem influência o suficiente para ditar o que pode acontecer com o senhor Faure.

— Você está totalmente certo, eu preciso rever conceitos. Eu vou indo. — Dou as costas.

— Você está muito interessada nesse caso.

Cesso meu andar.

— É um dos casos mais interessantes da temporada. — Encaro-o por cima do meu ombro. — Te vejo logo.

— Quer sair para tomar algo mais tarde?

— Eu queria, mas tenho um almoço de família. Tchau, Percy.

Caminho em direção a saída e tento novamente não ser percebida por ninguém, o que é totalmente falho quando ouço a voz da Mirela chamando o meu nome. Viro em direção a ela e caminho na direção dela, do Briar e da Lila.

— Bom dia — digo. — Parabéns por ter passado mais uma fase sem ser preso.

— É uma grande vitória e falando em vitórias, eu quero lhe dar isso para agradecer por ter me resgatado. — Ele tira um livro da bolsa de ombro e me entrega. — É sobre investigação.

— Obrigada. — Pego o livro da mão dele. — Agora eu preciso voltar para a minha sala, tenho papéis para analisar e pessoas para prender.

— Espero que nenhum desses papéis seja o Briar.

Encaro a Mirela.

— Não se preocupe, Mirela, eu não entrarei nesse caso. Não é algo que me interessa. — Encaro o Briar de cima a baixo disfarçadamente, ganhando um sorriso ladino dele. — Bom, eu preciso ir.

Giro os calcanhares e caminho em direção ao corredor da minha sala. Viro alguns corredores e me locomovo para a última sala. Abro a porta da minha sala, fecho-a com o pé e caminho para a mesa, deixando o livro em cima. Desfaço a embalagem dele e analiso-o.

— "Os Cinco Sobreviventes" — leio. — Nunca ouvi falar. — Pego o livro em minhas mãos e algo, que estava dentro das primeiras páginas, cai.

Me abaixo para pegar, consigo rapidamente pegar o colar dourado e tenho um pouco de dificuldade para pegar o papel que voou para debaixo da mesa. Me ponho de pé e leio o bilhete.

— "Não morri graças a você, obrigado. Porém, tenho para mim que você me ajudou porque pensou na possibilidade de não poder fofocar sobre um caso tão interessante. — Faço uma careta. — Ou talvez você apenas sentiria muito a minha falta, afinal eu te tiro o juízo e ânimo sua vida pacata. — Faço uma expressão de ofendida. — De todo modo, obrigado, meritíssima." Meu Deus, isso foi uma ofensa em forma de bilhete. — Deixo o papel na mesa e vejo o colar.

É um simples colar dourado de coração, porém ele abre como um medalhão Abro-o com delicadeza e leio o que está escrito dentro.

— "Senhorita meritíssima". — Acabo soltando uma risada da falta de noção do Briar Koa.

O Briar às vezes não me parece uma má pessoa, ao contrário, me parece a pessoa mais legal que uma pessoa pode ter ao lado. Porém, às vezes, o meu subconsciente me alerta que nem todo criminoso tem aparência e atitudes de um criminoso, assim como o contrário também acontece. Eu fico em uma berlinda irritante sobre o meu dever, que é a minha razão que manda eu afastá-lo, ou minhas memórias, que ainda se lembram daquele dia no banheiro do bar.

Preso Em Seu Amor - Spin-Off de Minhas Paixões Where stories live. Discover now