Capítulo 16

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Eu entendo completamente a situação em que eu me coloco quando decido provocar a Raquel

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Eu entendo completamente a situação em que eu me coloco quando decido provocar a Raquel. Pode até parecer que é só por implicância, porque ela se arrepende bastante do que aconteceu entre a gente , mas eu realmente acho ela gostosa pra caralho e quero transar com ela de novo. Pode ser que não aconteça, a juiza não é alguem que da o braço a torcer, mas eu não desisto fácil.

Travo meus passos quando fico de frente para o balcão da secretaria e encaro a bela moça. Como eu disse, eu realmente vim pegar a minha correntinha de volta e aproveitar para destilar meus flertes.

— Boa noite. Eu preciso falar com a juíza Raquel Parker.

— Boa noite. É o senhor Briar Koa Faure?

Ela marcou uma hora para mim, está me esperando.

— Sou eu. — Não controlo meu sorriso.

— A senhorita Raquel Parker precisou ir mais cedo para casa por conta dos sobrinhos, mas ela deixou um envelope para você. — Ela pega o envelope em uma gaveta e coloca no balcão. — Aqui está.

Desfaço meu sorriso e pego o envelope pequeno em minhas mãos.

— Muito obrigado.

Começo a desfazer a parte de cima do envelope enquanto meus passos se movem para fora. O envelope marrom está com um carimbo com o nome da Raquel e a sua posição no tribunal de justiça. Sinto meu celular vibrar no bolso do blazer e o pego, a chamada é do Urias, eu o atendo.

— Fala, Urias — Coloco no viva-voz.

— Pegou a corrente?

— Acredita que ela foi embora e a secretária me entregou em um envelope? — Abro a porta, saio para a rua.

— Quanto mais você corre atrás dela, mais ela brinca com você. Ela não está querendo você, Briar, desista.

— Nunca. — Tiro a atenção do celular e encaro a minha moto estacionada no beco vazio. — Você quer algo ou me ligou só para perturbar?

— Vem para a boate, negócios estão chamando por você.

— Eu estou ind...Espera! — Travo meus pés. — Ela está aqui.

— Quem?

— Como assim quem, Urias? A Raquel.

— A juiza?

— Sim, o nome dela é Raquel, como se você não soubesse. — Caminho para o jeep. — O carro dela está aqui.

— Briar, você esqueceu que eu estou através de uma tela e não estou vendo onde está?

— Eu preciso ir, depois falo com você. — Desligo a chamada apesar dos seus descontentamentos e coloco o aparelho no bolso do blazer. — Te peguei, Raquel.

Analiso o veículo enquanto me aproximo. Esse jeep wrangler dela é um carrão. Tiro um clips de papel que sempre anda em meu bolso para casos de emergência e ando para a traseira do carro, observo com atenção a fechadura do porta mala. Olho para os dois lados, o beco está completamente vazio e quase escuro, me abaixo atrás do carro e uso o truque que meu pai me ensinou para abrir o porta mala do carro.

— Nem para colocar um alarme neste carro, parece não ter amor à vida — reclamo, me enfiando dentro do carro. — Você é juíza, sua louca, muitas pessoas querem te matar por mandar elas para a cadeia. Eu vou alertá-la sobre isso.

Fecho o porta mala do carro ao me aconchegar dentro e fico de joelhos para passar pelo meio dos bancos de trás e chegar na frente. Foi um tanto fácil, digamos que tenho experiência de sobra com qualquer tipo de carro. Me acomodo no banco de trás do passageiro e suspiro.

O que me resta é esperar a Raquel sair do tribunal, não sei que horas será isso, mas espero que não demore muito.

Meus olhos se abrem automaticamente quando o barulho de destravamento do carro chega em meus ouvidos

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Meus olhos se abrem automaticamente quando o barulho de destravamento do carro chega em meus ouvidos. Foi uma longa soneca dentro desse carro e foi bastante confortável.

Acomodo meus olhos ao estarem abertos novamente depois de longos minutos e percebo a porta ser aberta. Raquel entra no carro sem perceber nada e se acomoda no banco para dirigir, seu cinto é colocado, seu carro é ligado e ela dá partida pelas ruas de Nova York.

Ela não entra nas ruas movimentadas de Manhattan, mas sim pega uma rua para ir em direção a parte de Nova York com mansões e grandes casas. Fico prestando atenção no caminho enquanto me mantenho praticamente deitado no banco. Os minutos passam depressa, a cada minutos nos afastamos mais de Manhattan e de onde a minha moto está estacionada.

Eu não sei como farei para voltar, ou como irei sair desse carro sem ela querer me matar por ter entrado, mas estou tranquilo.

Percebo uma placa escrito Valley Stream, vejo a Raquel rodar por algumas ruas e, repentinamente, seu carro para em uma estrada deserta, praticamente escura e com nenhum barulho evidente.

— Desce — ordena.

Franzo o cenho e aponto para mim mesmo, confuso.

— Você mesmo, Briar Koa. — Ela acende a luz do carro e virá para trás. — Você achou mesmo que eu não perceberia você aí? Está me achando com cara de idiota?

— Sinceramente, eu não achei. — Me posiciono corretamente no carro.

— Eu sou uma juíza, muita gente pode querer me matar. Acha mesmo que eu não ficaria de olho em cada movimentação perto do meu carro?

— Nada apitou.

— Eu não sou burra. — Ela bufa. — Desce.

— Você não vai me deixar aqui, né?

— O que você acha? — Suas sobrancelhas se erguem.

Ela vai me deixar aqui.

— Raquel, eu não conheço nada aqui.

— O problema não é meu, você entrou no meu carro. Agora vai ou eu chamo as autoridades. — Ela volta a olhar para frente.

— Mas você é a autoridade...

— Você tem razão. Eu mando, você obedece. Saia do meu carro, Briar Koa!

— Por favor.

— A próxima vez pense melhor antes de invadir o carro de alguém. — Ela destrava a porta. — Vai!

Abro a porta e me coloco para fora, pronuncio palavrões em minha saída e me questiono se Raquel é tão ruim a ponto de realmente me deixar aqui. Bato a porta do carro e caminho para o banco da frente, Raquel fecha rapidamente a janela, me mostra o dedo do meio e voa com o carro.

— Raquel! — grito.

Vejo o carro se afastando, não dando nenhum indício de que ela voltará. Pego o celular no bolso do meu blazer, por sorte está o suficiente carregado, por falta de sorte aqui não tem sinal algum.

Eu estaria com medo, mas eu não sou exatamente o cara mais correto do mundo. Se eu não temo a mim mesmo, eu não vou temer ninguém.

Preso Em Seu Amor - Spin-Off de Minhas Paixões Onde as histórias ganham vida. Descobre agora