Sem Barreiras

Qual é a da bandana?

O filme foi legal, nós dois achamos interessantes, ainda mais Simon que havia dito que filmes de comédia românticas eram ruins, bateu a cara depois desse filme.
Voltamos para casa já era meio tarde, subimos para o dormitório e eu fui tomar um belo de um banho quente e relaxante. Simon fez o mesmo depois que eu saí, deitei na cama já pronta para dormir, mas antes eu resolvi ligar para minha mãe.

—Oi, mãe!—Falei ao ver que ela havia atendido.

—Oi, filha, achei que estivesse dormindo. Já é meio tarde, não acha?—Ela aparentemente havia acordado com a ligação.

—Eu te acordei? Me desculpa! É que eu estava com o Simon, chegamos agora de um daqueles cinemas que se vai de carro para assitir.

—Isso ainda existe?

—Aparentemente sim.—Dei um risada.—Bom, eu só liguei para te dar boa noite, e dizer que hoje eu e um pessoal juntamos um casal!

—Você e essa sua mania de ficar unindo pessoas por onde voce passa.—Ouvi a risada meio cansada dela.—Vai dormir meu amor, se não Simon vai terque alugar um guindaste para te tirar da cama.

—Pior que é verdade... Boa noite, mãe!

—Boa noite, Ayla.—Logo ela desligou.

Simon entrou no quarto depois de bater, pegou uma camiseta cinza no guarda roupa e vestiu.

—Ta me olhando por que?—Ele falou, e logo notei que eu acabei encarando ele... Pelo fato dele ter aparecido sem uma camisa.

—É que vendo agora, você é bem forte, né?—Coloquei a mão no queixo e pensei um pouco.—Faz academia? Nunca te vi indo para uma desde que cheguei.

—Eu fazia, mas parei.—Ele se sentou na cama dele puxando o cobertor.—Tava olhando meus músculos, isso é meio estranho.—Ele fez uma careta e eu quebrei o contato visual com ele, talvez por vergonha.

—Ah, desculpa.—Murmurei e logo tentei mudar de assunto.—Por que parou de fazer academia?

—Ah, preguiça. Mas talvez eu volte depois da formatura, quando minha vida ficar menos corrida por conta da escola.

—Acho que ela ficaria mais corrida por conta da faculdade.

—Mas durante as férias de verão eu vou ter tempo de sobra.—Ele deitou depois de esticar o corpo para apagar a luz, e eu fiz o mesmo.

A noite seguiu tranquila, eu acabei dormindo na mesma hora que deitei. Mas uma coisa que não parava de pensar, mesmo dentro do sonho, era que amanhã eu iria sair com o Dian. Não vou mentir, estou nervosa.

[...]

—Acorda!—Assim que ouvi a voz de Simon me chamar, fui surpreendida por ele me sacudindo.

No susto, me levantei da cama rapidamente, ainda meio confusa. Foi quando bati minha cabeça na testa dele, mas eu ainda acho que bati foi em uma pedra. Coloquei a mão na onde eu havia batido e me encolhi na cama, Simon estava se recuperando da pancada, mas logo começou a rir e disse:

—Sse toda terça-feira for assim, acredito que vou acabar com um buraco na testa.

—Desculpa...—Acabei rindo um pouco, mas logo fui interrompida por uma forte dor.

—Ta tudo bem?—Ele se aproximou para analisar meu rosto, enquanto eu ainda estava encolhida no canto da cama, tampando o meu rosto.

—Dessa vez eu vou falar que não, tá doendo bastante!—Choraminguei.

—Deixa eu ver.—Ele agarrou meu braço fazendo com que eu tirasse as mãos da frente.—Ih, tá bem vermelho.

—É sério?!—Me levantei e fui para frente de um espelho o mais rápido que pude. Olhei o reflexo e vi que realmente, aquilo estava muito vermelho, parecia que tinham batido com uma madeira na minha testa.—Ah, isso vai ficar horrível!