capitulo 14

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Esperei abrir os olhos e encontrar um jardim florido acima das nuvens , como naqueles filmes onde aquele parente querido se foi e em algum momento nesta dimensão, você os visita em um portal entre o céu e a terra. Eu deveria estar vendo muitos filmes que causavam crises existencial.

Porém, três pares de olhos me olhavam assustados, senti meu peito acelerar quando vi cada orbes direcionada para mim assim que abri os olhos.

— santa misericórdia!!! —  falei um pouco ofegante e tentando me levantar daquela cama. Lee Minho foi o primeiro a pegar meus braços e me ajudar a sentar. Minha mãe e Bang, o amigo de Kim, me olhavam ainda preocupados e suspeitos.

— o-oque aconteceu? — perguntei em um fio de voz

— Você estava falando algumas coisas enquanto durmia, só isso — Bang começou coçando a nuca .

— o que eu falei ?? — eu tinha medo, medo de dizer coisas impróprias que minha mãe com certeza me faria lavar a boca com água sanitária.

Vi Christopher Bang encarar Minho ponderando em dizer ou não as coisas que eu havia falado sem consentimento.

— Você disse coisas românticas... Sabe.. acho que você tava sonhando com Minho.

Arregalei os olhos desviando o olhar do Lee, minhas bochechas estavam mais quentes que o normal e minha pele pareceu se tornar o fogo do inferno.

— Não sei se percebeu meu filho, estão a brincar contigo ! — Mi-rae morrendo de dó do pequeno hannie, lhe contou a verdade sobre a pequena pegadinha que ambos combinaram de fazer com jisung.

Suspirei aborrecido até me lembrar de poucas memórias que tive antes de cair naquele sono profundo, sinceramente, pensei que morreria naquele dia, meu corpo estava tão cansado de tudo, meus sintomas a cada dia começava a ficar mais forte e logo eu teria de fazer uma das coisas que eu mais temia.

Eu tentava manter o sorriso no rosto,.como eu estava fazendo naquele momento, eles perguntavam a cada segundo se eu estava bem, e como todos eu respondia o melhor de mim. Mais aquele dia poderia ser o pior para mim, ainda sim, eu dizia estar bem para não os deixar preocupados novamente.

Eu estava me tornando especialista em fingimento, tanto nos meus sentimentos por Minho que guardei durante anos, como pela minha saúde física e mental.

— o que foi hannie ? — Minho apertou minha mão, segurando tão forte como se eu quisesse fugir dali.

— Não é nada, só tava pensando muito ... — comentei desviando o olhar para minha mãe e para Bang. — pode nos deixar a sós...

Senti Lee soltar aos poucos minhas mão, ainda com o contato menos intenso.

Minha mãe não costumava falar muito, ela sempre respeitava minhas decisões, apesar das maluquices que ela cometia, ela era uma boa mãe que compreendia oque o filho desejava, os seus limites e seu próprio pensamento.

Ela saiu junto de bang, talvez foram conversar com outros enfermeiros ou a procura de Kim, que havia sumido desde o momento que eu havia acordado.

— sobre o que aconteceu nos armários, me desculpe, eu realmente fiquei chateado com aquilo.

— chateado com o que ? — perguntei sério, soltei minhas mãos da sua quando senti que o clima começou a mudar entre nós. — somos melhores amigos desde pequenos, nos tornamos inimigo um do outro e agora quando penso que vamos nos dar bem de novo, você me trata assim.

— Eu disse que tô tentando controlar isso, você precisa me dar mais tempo, você viu que tô passando meus limites e encarando meu medo ? — apesar das palavras rígidas, não estávamos gritando, olhamos um nos olhos um do outro e dizíamos o sentimento daquele instante.

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