capítulo 04

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Alfonso.

Dezoito anos, a um mês fez dezoito anos que minha filha morreu, e pior que não pude fazer nada, olhar para Anahí e dar a notícia foi a pior coisa do mundo, ela chorou e eu não pude fazer nada, se tivesse resolvido o assunto da Belinda sozinho, não tivesse envolvido ela, Belinda jamais teria empurrado a Anahí da escada, onde fez ela ter um descolamento de útero e a bolsa romper, depois do nascimento da luna, o médico disse que seria muito difícil ela engravidar novamente, e nunca tive coragem de dizer isso para Anahí.

Sei que isso abalaria ela mais ainda na época,  apesar de ela nunca dizer, sei que ela concorda que a culpa é minha, porque levei Anahí para aquele encontro com Belinda? Porque coloquei ela naquela situação? Se tudo o que aconteceu foi por minha culpa.

Belinda nunca teve escrúpulos, e sabia que ela estava com raiva que em poucas semanas eu e a Anahí havíamos casado, ela sempre foi obcecada por mim, e sentia raiva por eu ser apaixonada pela irmã dela.

Lembro que na época ela inventou que eu era pai da filha dela, mais perguntei desde quando eu havia tido relações sexuais com ela, porque nunca tive nada com ela, nem mesmo um beijo, então ela encontrou o pai da filha.

Foi um infeliz que caiu no golpe da barriga dela.

As vezes fico pensando de realmente era aquele o pai da menina.

— está odiando tudo isso não? — Anahí pergunta parando nas minhas contas, encaro nossos reflexos no espelho do banheiro.

No peito está tatuado o nome dela, fiz no dia que nós casamos, e um pouco mais embaixo uma lua, simbolizando o nome que ela havia escolhido para nossa filha.

— impressão sua, estou só cansado.

— está odiando está com minha família, com meus pais.

— não Anahí, estou odiando está com sua irmã, ter que olhar para a Belinda e lembrar que ela foi a causadora da maior dor das nossas vidas, ou esqueceu que ela fez nossa filha morrer?

— pode ter certeza de uma coisa Alfonso, jamais esquecerei da minha filha, mesmo que eu tenha sentido ela por apenas oito meses dentro de mim, mesmo que eu não pudesse ter visto o rostinho dela quando nasceu, jamais esquecerei da luna.

— não acha coincidências demais, uma das netas da Belinda ter o mesmo nome que nossa filha?

— acredito que sim, sabe porque? A garota jamais iria deixar Belinda escolher o nome da filha dela, ela tem personalidade demais, então prefiro acreditar que ela gostou igual nós dois, quando escolhemos o nome, e outra a outra menina tem o mesmo nome que eu, Belinda jamais iria permitir isso. — Anahí diz calma.

Ela adorou as crianças, tenho medo dela de afeiçoar a essas crianças, nem com os filhos da Dulce Maria ela quiz proximidade, sempre se manteve afastada, mesmo sendo madrinha, então vê-la segurar as bebês, colocar para dormi.

Admito que é duas menininhas encantadoras, que de certa forma mexeu comigo, talvez por elas serem idêntica a Anahí, e isso deve ser um grande problema para a Belinda.

— elas também mexeram com você né?

— tem como não? São crianças encantadoras, apesar da mãe ser um poço de estupidez, e a avó ser uma vagabunda, as meninas não tem nada haver com isso, é duas crianças lindas.

A Prova do amor: acima da injustiça - ponny e ruggarolOnde histórias criam vida. Descubra agora