capítulo 16

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Karol.

De verdade não queria que essa história chegasse a essa proporção, além do ruggero descobri algo que guardei dele por quatro anos, simplesmente todo mundo está sabendo que Belinda vendeu minha virgindade, sabendo que Henry marcou minhas costas, que Osvaldo é um pedófilo filho da puta, tarado.

Agora além de estar de mal com meus avós, estou com ruggero, que desde que saímos da delegacia não tocamos uma palavra, não me atrevi a dizer nada, muito menos ele, que está se sentindo mal por não ter contado sobre o que Osvaldo fez, será que é difícil entender o motivo para nunca ter dito nada, ele foi preso, quase que foi transferido para um presídio, sei do que Osvaldo é capaz, ele foi claro nas palavras, que se contasse alguém o que ele queria, essa pessoa iria pagar caro, não podia prejudicar nem o ruggero, nem a Beatriz, Jorge soube que ele não contaria nada, quando ruggero me disse que ele estava fugindo dos pais.

E eu precisava desabafar, foi então que ele assumiu a responsabilidade, Jorge deu um jeitinho de responder por mim, afinal ele já tinha dezoito, era o país velho, ruggero completou dezessete apenas dois meses antes do ocorrido, até hoje não entendo quais artimanhas o Jorge fez para conseguir que Belinda o deixasse responder por mim legalmente, afinal fazia dois meses que ele tinha completamente dezoito anos, então já era responsável para cuidar de uma menor de idade.

Nunca nos contou o que ele disse de verdade para Belinda ir até um cartório com ele, o deixando como meu responsável legalmente, e a primeira coisa que fiz assim que tive esses papéis em mãos, foi obrigar Jorge ir até um estúdio de tatuagem e cobrir essas marcas, já estava cem por cento cicatrizadas, ruggero se empenhou bastante no papel de enfermeiro, cuidou muito bem.

As pessoas perguntam de realmente não fui rápida demais me apaixonando, e as vezes duvidei que realmente havia me apaixonando, mais sabia que jamais deixaria ruggero chegar perto, me tocar, se realmente não sentisse algo além de gratidão por tudo o que fez, o amei de coração, e o amo.

— tudo bem? — Anahí pergunta parando ao meu lado na varanda, ela e o marido nos trouxeram para cá, ruggero está na cozinha com os pais e com as irmãs, minhas filhas estão dormindo com a Maitê, prima da Anahí.

Enxugo algumas lágrimas e digo.

— sim, pelo menos acho que sim.

— acha? Foi uma noite, melhor um dia longo e cheio, sinto muito por tudo o que Belinda, Henry e Osvaldo causaram na sua vida, você não teve escolhas, simplesmente foi vítima da crueldade e sadismo de três loucos, que me envergonha dizer que uma é minha irmã e o outro meu avô, queria entender se Jorge e ruggero sabiam, porque não me procuraram.

— na verdade eles queriam procurar a mãe, madrasta, mais não permiti, já tinha gente sabendo demais, é consegui crescer sozinha de uma forma.

— quantas vezes o Henry tocou em você? — ela questiona, fico um pouco desconfortável mais respondo.

— ele tentou várias vezes... Diversas vezes mais os meninos, até mesmo Juliana a treinadora do Jam& roller não permitiram.

— estou falando de tocar mesmo, não tentativas, quantas vezes ele abusou de você.

— isso importa?

— importa, porque verei qual vai ser a morte mais dolorosa que existe, deixar passar o sequestro da minha filha é algo que que de uma forma me machuca, mais um estupro jamais, porque da mesma forma que irei reagir sobre o que aconteceu com você, reagiria se fosse as meninas, se fosse minha filha de ela estivesse viva ou estar. — ela diz sincera, enquanto toca meu ombro.

A Prova do amor: acima da injustiça - ponny e ruggarolWhere stories live. Discover now