Capítulo 39

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Que se dane

Estou a meia hora parado na porta do quarto do garoto, não sei se bato e tento conversar, ou vou embora e deixo quieto do jeito que está

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Estou a meia hora parado na porta do quarto do garoto, não sei se bato e tento conversar, ou vou embora e deixo quieto do jeito que está.

Mas, se eu deixar de lado, eu não entro mais no meu quarto e não tomo mais meu leite.

Bufo e bato na porta, e como previsto, nenhuma resposta vem de lá.

Abro a porta mesmo assim, entro dentro no quarto e noto alguns desenhos na parede, tintas e lápis de pintar por todo lado, mas mesmo assim tudo organizado.

Não sabia que ele pintava.

-- O que o senhor quer? -- Me viro e o vejo sentado de frente a janela do quarto.

Ao lado, tinha um quatro drande um rabiscos, mas dava para vê o que estava pintado.

Me aproximo e vejo mais de perto, era um desenho nosso. Eu, ele e da Heloa grávida.

-- Não sabia que você pintava? -- Tento puxar assunto.

-- Não sabe muito de mim, há não ser meu nome. -- Fala seco.

É, acho que magoei ele mais do que achei. Ele nunca foi seco com ninguém.

-- Olha, Nathaniel.. -- Me sento na ponta da cama. --... Me.. Eu não quis, não foi a minha intensão falar tudo aquilo. --

-- Sim, você quis. -- Da de ombro e sorri de lado. -- Você não me suporta, nunca suportou, desdo dia que a mãe.. A Heloa me trouxe para cá. -- Deita a cabeça nos joelhos ainda olhando para fora. -- Tentei não atrapalhar você, tentei me parecer mais com.. Você. -- Da  uma risada seca. -- Até as roupas eu pegava sabendo mais ou menos seu gosto. --

-- Na..--

-- Se quiser me mandar embora, pode mandar, até prefiro.. Não quero ficar em um lugar que alguém, o dono da casa não me suporta. -- Levanta o rosto e olha para mim. -- Não sou seu filho, sei disso, seu filho está chegando.. Só me deu seu nome por conta da heloa.--

-- Não pare de a chamadar de mãe, só pelo que aconteceu com a gente. -- Falo sério, mas logo mudo, sabendo que pode piorar. -- Eu realmente não gostava de você, ainda não vou muito com a sua cara, mas.. Eu notei, é caldo que notei o seu jeito de querer me imitar.. Só não falava nada. -- dou de ombro. -- Não sei ser pai, Nathaniel. -- Me levanto e me aproximo um pouco dele. -- Nem sei como vou cuidar dessa criança.. Não tenho exemplo de pai em minha vida, não sei se.. -- Me calo.

-- Posso ir embora se quiser. -- Abaixa a cabeça.

--.... -- Séria minha oportunidade, não sou eu que estou mandando ele ir embora, ele que está se oferecendo. -- Se você pisar o pé fora dessa casa, para poder ir embora.. Heloa quebra você inteirinho.. E eu ajudo. -- Me sento ao seu lado. -- Tô aprendendo umas coisas com você. Eu gosto de você.. --

-- Você demonstra muito bem. -- Revira os olhos. -- Disse para a menina o meu segredo. --

-- Não mandei beber o meu leite. E também, não fui com a cara dela. Como sempre dizem, escuta seus pais que ganha na vida. -- Ele me encara. -- Não coloquei meu nome só pela helao, se fosse assim, colocaria só o dela.. Não fiquei bravo por te me chamado de pai, só que.. Não sei, acho que não soube reagir, acho que ali eu notei. --

-- O quê? --

-- Que já estava sendo um pai, e estava tratando meu filho, igual meu pai me tratava, com indiferença, desprezo.. --

-- Você me despreza? Essa é nova, não sabia. --

-- No começo sim. --

-- Amo sua sinceridade. -- Faz bico.

--... me desculpe, Nat. -- Passo a mão nos cachos dele. -- Não quero que vá embora, não quero que fique bravo comigo, não quero que pare de chamar sua mãe de mãe, não quero.. --

-- Já entendi, há entendi.. --

-- Que bom. Porque já estava cansado de ficar falando coisinhas bonitinhas para você. -- Falo e o mesmo da risada.

-- Aí meu Deus, o meu amorzinho tá virando homem de família. -- Ouço a voz da Heloa e viro para ela, vendo a mesma chorando.

-- Por que está chorando? --

-- Porque os dois homens da minha vida estão de bem. -- Ela se aproxima, me beija e da um beijo na cabeça do menino. -- Agora, eu quero dormir. --

-- Vamos para o quarto. -- Me levanto.

-- Vamos dormir aqui, com o nosso garoto número um. -- Fala indo para a cama do garoto.

-- Amor? -- Reclamo. Quero meu leite da fonte, já estou cansado de ficar bebendo no copo.

-- Vem neném. -- Ela diz se deitando. -- Tô falando do nat, Marcos. -- Fala e a encaro. -- Ele é um neném ainda. --

-- Sou nada. -- Fala emburrado, indo para a cama e se deita ao lado da minha mulher.

-- É sim. -- Beija a cabeça dele.

Ela se levanta e sai do quarto. Vou para a cama e começo a tirar meu sapato e terno, me sento e espero a Heloa voltar, o que não demora muito.

-- Toma. -- Ela estica uma mamadeira azul e vermelha  para o nat, que a encara confuso. -- Comprei para o bebê, mas ele não vai se importar de dividir com o irmão mais velho. --

-- Mas.. -- Heloa coloca na boca dele e se deita de costas para mim, me puxando e coloca a minha cabeça no seu ombro.

Ela pega um pano que tinha na cama, coloca em cima dos seus, levanta um pouco a blusa e me balança um pouco para pegar o seio.

Puxo o pano para meu rosto, assim tapava mais o seio que estava mamando, o outro estava tampado, mesmo eu querendo tocar nele para o apertar.

Fecho meus olhos, apreciando aquele gostinho.

Posso me acostumar fácil com isso..

Agora só falta meu filho.. Ou filha..

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Meu velho mafioso Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz