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Mulher abusada do caralho. Como ela manda um bilhete para um garoto de 16anso. Abusada!
Saio do carro e peço para o Marcos tirar o nat, pego a cadeira de rodas e saio emburrado para dentro de casa.
Assim que entro, vejo meu pai sentado no sofá olhando para o nada.
-- Ursão? -- O chamo e assim que ele se virá, noto que algo está errado.
Me aproximo dele e beijo seu nariz, como sempre faço.
-- Marcos? Sobe e coloca o nat na cama?-- Me viro para ele. -- Mas de um banho nele antes. -- Ele bufa e sobe com o pequeno.
Me viro para meu pai de volta. Os olhos estavam vermelhos, assim como o rosto, sua respiração está pesada.
-- O que houve? Por que está assim? -- Pergunto pegando na mão dele. Está tremendo.
-- Quando deixou de confiar em mim? -- Pergunta baixo.
-- Sabe que confio em você, pai. Que pergunta é essa? -- Sorrio de lado.
-- Por que não me contou? Por que não me contou sobre o que aconteceu com você em questão do Murilo? -- Solto a mão dele e me afasto.
-- Co- Como? -- O olho assustada.
-- Por que não contou? Sou seu pai, Heloa. -- Se aproxima.
-- E- Eu.. --
-- Não confiou em mim. --
Viro de costas para ele e fecho os olhos com força.
-- Não é questão de confiança. --
-- Então do que filha? Era medo? -- Tenta me tocar mas não deixo.
-- Não quero falar disso. Já foi. --
-- Não, não foi! Eu estou me sentindo um inútil por não ajudá-la esse tempo todo. Minha própria filha, não percebi. Foi de baixo do meu teto e eu não notei.-- Começa a chorar. -- Sou a bosta de um pai que não ajudou a filha no pior momento dela. -- Limpa o rosto. -- Por que não contou? Não confiou em mim. --
-- QUERIA QUE FALASSE COMO, PAI? SE A MINHA PRÓPRIA MÃE NÃO ACREDITOU!. -- Me viro olhando em seus olhos. -- Falou que estava me insinuando para ele.. Que não estava nem aí para mim. -- Sorrio de lado. -- Queria que eu falasse como! --
