✓ 𝐈𝐋 𝐂𝐎𝐍𝐒𝐈𝐆𝐋𝐈𝐄𝐑𝐈 ▬▬▬ 𝒗𝒊𝒏𝒄𝒆𝒏𝒛𝒐. » ✦ «

𝐄𝐗𝐓𝐑𝐀 ▬▬▬ 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐃𝐄 𝐍𝐀𝐓𝐀𝐋 + 𝐀𝐍𝐎 𝐍𝐎𝐕𝐎

Cha-young abriu a caixa de decorações de Natal com um estilete e sentiu o pó subir, pois a decoração ficou por muito tempo guardada. Em seguida, puxou os festões dourados de Natal para fora da grande caixa e subiu na escada que tinha montado instantes antes. Ela estava sentindo que a Jipuragi estava carente de decorações aquele ano em comparação aos anos anteriores. No entanto, conforme prendia a decoração no alto com o auxílio de um grampeador, sentiu uma vertigem tomar conta dela. A escada balançou levemente, fazendo com que Cha-young segurasse com firmeza na estrutura de aço abaixo dela.

Por um instante, ela sentiu o suor escorrer pela sua testa. O medo de cair de uma altura tão alta fez seu coração acelerar. Respirou fundo, tentando acalmar os nervos. Lá embaixo, a agitada rua de Seul parecia distante, abafada pelos sons abafados do escritório da Jipuragi, onde as pessoas continuavam trabalhando alheias à pequena crise de Cha-young.

— O que está fazendo aí em cima? — Ela ouviu a voz de Vincenzo no começo do corredor, como se tivesse acabado de sair do elevador. — Não acordamos de você me esperar para começarmos a decorar o escritório?

— Antes de me dar uma bronca... — começou ela —, você pode me dar uma ajudinha aqui. Estou me sentindo um pouco tonta.

Sem demora, Vincenzo atravessou o corredor em passadas longas. O homem logo estava à frente da escada de metal e estendeu as duas mãos para a esposa, que desceu com cuidado. Em seguida, ele a carregou em seus braços até o sofá do escritório dela, onde a deitou.

— Vamos, o que você estava fazendo lá em cima? Eu não falei para você esperar eu levar Beatrice às atividades dela?

— Não posso deixar que a Jipuragi fique sem suas decorações tradicionais este ano — respondeu, com um sorriso amarelo. — Só não imaginava que eu ia ter uma vertigem devido à altura.

— E onde está o Joo-sung? — Disse, entrelaçando os braços firmemente enquanto se colocava à frente da esposa.

— Foi levar alguns documentos no Tribunal para protocolar.

Vincenzo suspirou, parecendo aliviado ao ver que Cha-young estava bem, apesar do susto. Ele se sentou ao lado dela no sofá e a abraçou com carinho.

— Você precisa ter mais cuidado, Cha-young. Decorar o escritório pode esperar um pouco. Sua segurança vem em primeiro lugar.

Ela assentiu, agradecendo pela preocupação do marido. Enquanto isso, Joo-sung voltava ao escritório, carregando uma pilha de papéis.

— Cheguei! — anunciou ele, entrando no escritório. Ao perceber a cena no sofá, arqueou a sobrancelha. — O que aconteceu aqui?

— A Cha-young teve uma pequena vertigem enquanto estava lá em cima na escada. Nada sério, mas precisamos garantir que ela esteja bem — explicou Vincenzo.

Joo-sung soltou um leve suspiro de alívio.

— Bom, pelo menos não foi nada grave. Talvez seja melhor deixar as decorações para mais tarde.

— Parece que sim. Obrigada por me salvar lá em cima, Vincenzo.

Ele sorriu, beijando-a na testa.

— Sempre estarei aqui para te salvar, Cha-young. Agora, vamos todos relaxar um pouco. Podemos voltar para as decorações mais tarde. A Jipuragi não vai a lugar nenhum.

Ainda era novembro, mas aos poucos, a neve começava a cair sobre Seul. A cidade continuava agitada, envolvida na correria típica do final do ano. Enquanto o trio se acomodava no escritório, Cha-young refletiu sobre o quão afortunada era por ter uma equipe que se preocupava com ela. Vincenzo, sempre protetor, e Joo-sung, o colega confiável, formavam uma base sólida para a Jipuragi. Ademais, sempre havia os outros advogados que iam e vinham agora que a empresa estava cada vez maior.