✓ 𝐈𝐋 𝐂𝐎𝐍𝐒𝐈𝐆𝐋𝐈𝐄𝐑𝐈 ▬▬▬ 𝒗𝒊𝒏𝒄𝒆𝒏𝒛𝒐. » ✦ «

28 ▬▬▬ time of dying

Olá, pessoal! Mais um capítulo quentinho de Il Consiglieri. Eles estão demorando menos agora, né? HAHA, mas as coisas voltaram ao normal por aqui e agora consigo escrever com maior frequência. Espero que gostem! <3

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Com a mochila nas costas, Beatrice saiu da escola, mas daquela vez, em seu horário habitual. Após a conversa longa que teve com Han-Seo, chegou a conclusão de que não adiantava ser uma garota rebelde em Seul, ainda mais sob constante vigilante de Vincenzo e Cha-young, e com o irmão mais velho podendo, em algum momento, fazer algo ruim a pessoas como ela.

— Nesse momento, ele está bem distante daqui, mas não se sinta segura com isso — Han-Seo falou, alisando levemente os fios grossos de cabelo dela antes de ela partir porta afora com o segurança dele em direção à escola. — Saiba que nem todos são confiáveis.

Aquelas palavras de Han-Seo ecoaram na mente de Beatrice enquanto ela caminhava pelas ruas movimentadas de Seul. Ela se sentia dividida entre a necessidade de se proteger e a vontade de ser ela mesma, de viver a vida sem preocupações. No entanto, a realidade de sua situação era inegável.

Tão logo entrou na Jipuragi, sentiu que o clima estava diferente ali dentro. A empresa de Cha-young parecia uma bagunça, enquanto ela estava recolhida em um canto com as mãos enfiadas nos cabelos. Ela, que costumava ser uma mulher muito corajosa e que ao longo dos meses em que estava em Seul, viu ser desafiada de várias maneiras, agora parecia profundamente preocupada com algo. Beatrice aproximou-se com cautela, sentindo uma mistura de curiosidade e apreensão.

— Cha-young, o que aconteceu? — Beatrice perguntou, tentando não soar intrusiva, mas preocupada.

Cha-young ergueu o olhar, seus olhos vermelhos e cansados encontrando os de Beatrice. Ela suspirou e fez um gesto para que Beatrice se sentasse ao seu lado.

— Seu pai... Vincenzo está desaparecido.

Beatrice sentiu seu coração apertar ao ouvir aquelas palavras. Vincenzo, o homem que havia se tornado uma figura protetora em sua vida em Seul, estava desaparecido. Ela podia observar a preocupação genuína nos olhos de Cha-young; ela era normalmente cheia de confiança e determinação.

— Desaparecido? Como assim? — Beatrice perguntou, lutando para processar a notícia. — Onde ele foi?

Cha-young suspirou novamente e passou a mão pelo cabelo desarrumado.

— Não sabemos. Ele saiu ontem à noite e não voltou desde então. Recebeu uma mensagem dizendo que você foi sequestrada e como não respondia às mensagens...

Beatrice sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Ela estava envolvida em todo esse drama, mesmo que não tivesse escolhido isso.

— Ele pensou que fui sequestrada? Mas estava na escola ontem à noite! — Beatrice exclamou, sua mentira preencheu sua mente e começou a se encher de perguntas. — O que mais ele sabe? O que mais está acontecendo?

— Você não estava na escola ontem à noite — afirmou. — Foi o primeiro lugar em que ele foi antes de desaparecer. Diga a verdade, Beatrice.

Beatrice sentiu o peso da mentira esmagá-la enquanto encarava os olhos inquisitivos de Cha-young. Era difícil admitir a verdade, mas ela sabia que não havia outra escolha naquele momento.

— Cha-young, não estava na escola ontem à noite. Eu... eu estava em outro lugar, com alguém. Mas não fui sequestrada, juro! Só estava tentando viver um pouco da minha vida sem preocupações, sem toda essa vigilância constante.

Cha-young olhou para Beatrice com uma mistura de alívio e frustração. Ela suspirou novamente, dessa vez parecendo mais aliviada do que irritada.

— Beatrice, você precisa entender que Vincenzo está preocupado com você. Ele não quer te perder, e quando recebeu aquela mensagem, entrou em pânico. No entanto, você precisa ser honesta com ele, contar onde esteve e o que estava fazendo.