Teçá se considerava a mais azarada de todas, e quando acaba ganhando um passeio pelo CT do time rival isso apenas se confirma.
Jogadores esnobes vão se tornar seu pior pesadelo, mas talvez a sorte comece a aparecer pra ela.
*Enemies to Lovers*
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Nem se ele pedir por favor?
Você tá jogando baixo Fica usando o Scar pobre e indefeso, pra conseguir suas fantasias sexuais Pobrezinho
Calma aí, eu não falei nada sobre fantasias sexuais Mas se vc quiser...😏
Ai garoto, você cansa minha beleza 🤨 Manda logo esse teu endereço ai Não tem nada no cadastro do Scar
📍Localização Apto 512 Vc vai vir msm? Achei que teria apelar mais um pouquinho Já tava até vestindo a roupinha do Stitch no Scar
Sem chance Mas tô mandando a ração e uns petiscos O total deu 364 - já incluso a taxa de entrega Qual vai ser a forma de pagamento?
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Prontinho Desse valor vc paga o pet e o restante são pelos seus serviços
Muito bom negociar com vc Volte sempre!
Na próxima vou exigir que vc mesma venha entregar
Vai sonhando...
Vou mesmo Meus sonhos costumam se realizar
Ai, ai... mereço O menino já tá saindo com sua entrega Deve levar uns 30 minutos pra chegar ai Vai descendo pra esperar ele, e para de encher meu saco
30 minutos é muito tempo Vamos conversar mais um pouco...
Lamento, tenho que trabalhar De desocupado aqui, só vc Tchau, tenha um péssimo dia
Pra você também
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Como prometido pela indiazinha, pouco mais de meia hora o pedido já estava na minha residência, na barriga do Scar pra ser mais exato. Tudo o que o filhotinho não tinha de tamanho, tinha de fome e disposição, pra minha sorte após correr pela casa durante uns 40 minutos ininterruptos ele deitou do meu lado na cama e eu finalmente consegui aproveitar minha folga para descansar.
Acordei horas mais tarde com meu corpo já reclamando de fome, e ao olhar no celular entendi o motivo - já passavam das 5 da tarde e eu nem mesmo tinha almoçado. Decidi tomar apenas um banho rápido e sair pra procurar algo que suprisse minha necessidade de alimento.
Estava distraído com o trânsito e só notei onde estava quando vi o quadril voluptuoso da morena cruzar a rua na faixa de pedestre em frente ao meu carro, ela também estava distraída e aparentemente apressada. Esperei apenas as demais pessoas terminarem de atravessar para encostar o carro na faixa mais próxima da calçada e baixar o vidro bem ao lado da morena índia, que a primeira vista olhou assustada, mas quando me viu formou a típica cara de deboche que já é comum toda vez que me encara.
- Entra ai, te dou uma carona - falei um pouco mais alto pra que ela pudesse escutar, já que ela sequer se deu o trabalho de se aproximar do carro
- Não estou indo pra casa - foi simples e direta - E se me permite, se ficar aqui mais 1 segundo vou perder o metrô - já ia começando a andar e eu a acompanhei com o carro
- Eu te deixo onde quer que seja o lugar que você for ficar - insisti, e ela pareceu pensar na minha proposta, o que era compreensível, visto que o metrô esse horário deveria ser um pandemônio - Só entra logo, a gente tá atrapalhando o trânsito
Ela balançou a cabeça negativamente, mas entrou no banco do passageiro. Arranquei com o carro no segundo seguinte, pois não demoraria a soar o coral de buzinas caso ficasse parado por mais tempo.
- Você precisa me dizer qual direção devo ir, já que não vai pra casa - minha língua coçava pra perguntar o seu destino, mas não daria o braço a torcer
- Você vai virar na próxima a esquerda e pegar o viaduto - ela indicou a rua com a mão - Você sabe o caminho daqui até a USP - concordei com a cabeça - Ótimo, estou indo pra lá - não consegui conter o leve espanto, era basicamente do outro lado da cidade - Eu pensei em te alertar sobre a distância, mas já que tava tão empolgado pra me dar uma carona presumi que isso não faria diferença - deu de ombros, deixando o deboche evidente
- Isso vai sair caro pra você indiazinha - respondi de forma afiada e levemente maliciosa
- Você ainda pode me deixar na próxima estação de metrô - não baixou a guarda - Porque de mim você não vai conseguir 1 centavo - não consegui conter a risada com a sua resposta - Tô falando sério, nem se quisesse minha conta tá mais vermelha que essa tua camisa ai
- E quem falou em dinheiro? - dessa vez deixei a malicia bem evidente no meu tom, pegando a morena desprevenida, mas mesmo surpresa não perdeu a pose
- Não sou pro teu bico, jogador - retrucou ácida - Essas olhadas que você dá, é o máximo que vai conseguir desse corpo aqui
A morena delineou a curva da cintura com as mãos, pra dar intensidade a sua frase, e eu acompanhei o movimento com os olhos. Essa ação me custou a atenção na pista, e no segundo que o carro vacilou de faixa a buzina do carro do lado me acordou dos meus devaneios.
- Mas também não precisa tentar me matar por causa de um fora - ela exclamou esbaforida, com a mão sobre o peito enquanto tentava se acalmar do susto recente
- Não estou encarando isso como um fora, e sim como uma opinião a ser mudada - lhe mandei uma piscadela rápida, voltando logo meu olhar pra pista
Já tive provas o suficientes do quanto olhar para a menina índia pode ser perigoso.