Teçá se considerava a mais azarada de todas, e quando acaba ganhando um passeio pelo CT do time rival isso apenas se confirma.
Jogadores esnobes vão se tornar seu pior pesadelo, mas talvez a sorte comece a aparecer pra ela.
*Enemies to Lovers*
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Todo inicio de semana é difícil, mas hoje em particular estava insuportável. Por algum motivo a bocuda da Marisa achou que era uma boa ideia contar sobre meu barraco do dia anterior, que na verdade eu não usaria aquele adjetivo já que não tinha feito nada além de me defender.
Mas aparentemente a fofoca do dia era que eu teria trocado farpas com o tal jogadorzinho. Porém agora tinha zero importância pra mim.
O movimento hoje estava razoável então aquele papo todo durou menos do que eles gostariam.
Por volta das 3 da tarde quando o sino da entrada soou, como um replay do sábado o gringo loiro dos olhos azuis passou pela porta. Nem tive tempo de ousar chamar pela Mari, já que a mesma passou por mim como um furacão muito antes do rapaz sequer colocar o segundo pé dentro da loja.
E lá se foram as chances de me ver livre daquele assunto pelos próximos 3 dias.
Uma roda de fofoqueiros se formou ao meu redor só pra acompanhar a forma com que minha amiga falava toda eufórica com o moço que eu sequer lembrava o nome.
Porém o que me surpreendeu foi a pessoa que andava junto com ele - podem aumentar minha pena de falta de paz no trabalho por pelo menos mais 2 próximas semana.
- Teresa né? - poderia jurar que havia uma carga de deboche na sua voz.
Porém, me limitei a virar de frente pra criatura e apenas apontar pro crachá que havia em meu peito. Mas se arrependimento matasse, eu já estava estatelada no chão, já que o olhar da criatura vagou pelo meu singelo decote antes de finalmente alcançar o objeto de plástico pendurado na blusa para só então voltar para o meu rosto.
- Desculpa, Tessa! - a pronuncia ainda não estava correta, mas não poderia culpa-lo pela dificuldade colocada pelos meus pais.
Arqueei uma das sobrancelhas num pedido silencioso para que continuasse.
- Acho que cheguei a comentar que tenho um Golden Retriever - assenti em confirmação - Pois é, o Simba costumava ficar com o restante da minha família em Campo Grande e agora estou com um novo filhote pra cuidar e não faço ideia do que fazer.
- Certo! Ele tem quantos meses?
- Não faço ideia, mas acabei de ter permissão pra tira-lo da mãe - explicou perceptivelmente confuso
- Ótimo pai! - resmunguei irônica - Bom... Deve ter no máximo 3. Você já tem alguma coisa ou vai precisar até dos mais simples?
- Não. Vou precisar de tudo: desde as vasilhas de comer até as coisas mais especificas - ouvia ele falar, enquanto caminhava até o setor especifico para filhotes
- Bom, então é melhor ter preparado o bolso - fui irônica novamente, mas dessa vez o vi dar os ombros - Oras, mas que grande besta sou eu, você é cheio da grana - pensei alto, mas não me arrependi apesar do olhar de repreensão
