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Dar uns pegas na amiga loira da veterinária não parecia uma ideia tão ruim, isso até a garota grudar no meu pé igual chiclete em sola de sapato

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Dar uns pegas na amiga loira da veterinária não parecia uma ideia tão ruim, isso até a garota grudar no meu pé igual chiclete em sola de sapato.

A doida tinha simplesmente surtado por eu ter passado mais de 15 minutos na fila do banheiro.
Será que debaixo daquela cabeleira loira não tinha neurônios suficiente pra raciocinar que a balada estava lotada?

Além do mais, quem ela achava que era pra me cobrar alguma coisa depois de apenas uma meia dúzia de beijos?

Eu heim.

Tratei de situar a garota, que apesar de se incomodar com meu tom não discutiu em nada e até se desculpou.
Conhecia muito bem aquele tipo, e aquilo não me agradava.

Meu santo podia até não ter batido com o da menina índia, mas se tinha uma coisa que me admirava nela era o fato de não levar desaforo pra casa - independendo de quem fosse e o poder que a outra pessoa tivesse.

O simples fato dela vir em minha mente levou meu olhar até um pavimento elevado, onde apesar da baixa iluminação era possível ver os quadris voluptuosos da mesma se movendo de acordo com a música, numa sincronia incrível.
Outras 3 mulheres a acompanhavam, mas nenhuma obtia tanto êxito quanto a própria.

Não sei se sentindo meu olhar, ou se alertada por alguma das companheiras, sua cabeça virou em minha direção flagrando assim o meu olhar sobre ela
E talvez por efeito do álcool não desviei, mantendo nela minha atenção apesar da sua feição nada amigável.

Me surpreendendo mais uma vez, ela também manteve o contato visual por tempo suficiente para que a loira que me acompanhava percebesse algo de errado e me agarrasse pelo pescoço atacando minha boca no segundo seguinte.

Correspondi aquele beijo com o único intuito de provocar a morena localizada no pavimento de cima.
Porém ao findar, o que poderia ser considerado até vulgar demais para um beijo, não encontrei o olhar da India.

Pelo contrário, ela havia voltado a dançar e se divertir com as amigas, passando a ignorar novamente minha existência.

- O que acha de sairmos daqui e procurarmos um lugar mais reservado? - a voz da moça que eu acabara de beijar, mas que sequer lembrava o nome, soou um tanto alto demais nos meus ouvidos.

A prova disso, foram os olhares maliciosos vindo dos meus companheiros de time, como se quisessem me dizer indiretamente que me dei bem.

Minha reação deveria ser a mesma, e não o embrulho no estômago que senti ao olhar a expressão um tanto quanto exagerada que a loira fez pra morder os lábios.

- Nem vai rolar... - o sorrisinho da mesma murchou de imediato

Pensei em inventar uma desculpa qualquer, mas nem me dei o trabalho visto que não devia nenhuma explicação pra ela.

Ao invés disso, pedi licença e me direcionei até o banheiro mais próximo.

Não havia muito o que ser feito, afinal havia usado o sanitário pouco tempo antes.
Então me limitei a lavar o rosto observando meu reflexo em seguida.
Encarei o espelho por tanto tempo que foi possivel acompanhar o exato momento em que o jogador rival, e mesmo que saiu com a menina india, atravessou a porta do banheiro masculino.

Sorte • Diego CostaWhere stories live. Discover now