A Guerra contra as Forças Aliadas do Oriente Médio

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Dizem que quando você está prestes a morrer, uma série de imagens da sua vida começa a rodar na sua cabeça. Você começa a rever todos aqueles momentos pelo qual já passou, sejam eles significativos ou só pequenos detalhes que você nunca tinha considerado. Engraçado. Eu sentia meu corpo bem e vivo, mas parecia que minha alma estava me deixando, e eu só conseguia ver o rosto do meu pai, sorrindo pra mim, enquanto eu me sentia uma criança indefesa, no meio de um campo de batalha.

Era a nossa última investida, a última manobra de Marley, que decidiria o fim da guerra contra as Forças Aliadas do Oriente Médio, que já durava há quatro anos. Nós havíamos perdido mais da metade de nossos soldados da marinha só para conquistar os mares e agora sobrara para nós terminarmos o trabalho por terra. Nós tínhamos que derrubar o Forte Slava, que estava sob o domínio do inimigo.

Eu sabia que sobrara apenas eu do meu pelotão, mas ainda podia ver os homens de Colt levando tiros, tão altos que me ensurdeciam. Cuspi algo que estava amargando a minha boca e consegui engatinhar com o meu rifle para fora do pequeno monte de corpos que estava sobre mim. Soldados Eldianos que deram suas vidas por Marley, que sempre os excluiu e os perseguiu, por serem "filhos do demônio", a "raça maldita de Eldia", "descendentes dos Titãs". Quanto ao sangue, eu me encontrava na mesma categoria, mas algo pequeno e crucial nos diferenciava: a braçadeira de Eldia amarela em meu braço. Segundo aquele pedaço de pano, eu era menos "irrelevante" para Marley do que aqueles soldados, que morreram com suas braçadeiras brancas. Eu era uma candidata a guerreira e, talvez por isso, teria o privilégio de viver por mais tempo e futuramente poderia me tornar uma Marleyana Honorária e aqueles homens se colocaram na frente das balas da metralhadora para me poupar, ato que eu jamais teria a chance de retribuir.

- Liesel! - ouvi Colt me chamar. Ele estava perto de mim e, inebriada pela adrenalina, pude ser rápida o suficiente para me levantar e correr até ele, enquanto os soldados de seu pelotão levavam uma enxurrada de tiros.

- Colt! - gritei para ele de volta, já ao seu alcance.

- O Falco está ferido! - ouvi ele dizer, em meio ao tiroteio, apontando para o corpo do irmão mais novo, que parecia estar em transe, olhando para o céu. Em menos de um segundo, já estávamos ao lado do garoto de 12 anos, que murmurava algo que eu não consegui entender e tinha uma ferida na cabeça.

- Ele está consciente, vamos! - disse Colt, segurando Falco pelas costas e correndo o máximo que podia, sem olhar para trás.

Eu só conseguia acompanhar os movimentos dele, sem conseguir pensar em nada. Nunca fui a melhor na corrida de longa distância, mas não estava preocupada em ser pega por uma bala naquele momento, mesmo que todos que restaram ao nosso redor estivessem sendo dizimados um por um.

Só paramos de correr quando Colt se jogou no chão e eu o segui. Naquele momento, percebi que ele havia dado o seu capacete para Falco e que estávamos já de volta às trincheiras, quando senti duas mãos me arrastarem para o buraco.

- Liesel! - gritou Zofia, enquanto eu tentava recuperar o fôlego.

- Eu estou bem. - murmurei. - Cuidem do Falco, ele está ferido na cabeça.

- Colt! Relatório da situação! - ouvi o Comandante Magath saindo do bunker.

- O pelotão da frente levou um ataque direto de artilharia e foi feito em pedaços! - disse Colt, quase tendo um ataque de nervos.

- E as trincheiras? - perguntou Magath.

- É impossível cavar mais, precisamos parar! - concluiu Colt.

- É impossível cavar mais, precisamos parar! - concluiu Colt

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Minefields: Shingeki No KyojinWhere stories live. Discover now