- capitulo trinta e cinco.

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O clima estava bem caliente e a noite agradável. A Casa estava se enchendo, as músicas super dançantes e parecia que todos se divertiam. O pessoalzinho que gosta de estragar a juventude. Eu me arrumei e fiquei
- pomposa - apenas para dar o ar da minha beleza.

Ando pelo corredor escuro e vejo um quatro é par bem apimentado no sofá. Tento ignorar que é ali que eu janto todos os dias, vou para o quintal onde estava realmente rolando a "alegria", achei fofo que colocaram luzes penduradas.

- Tá linda Esme - me puxa para um abraço apertado.

- Me solta grude, eu quero o outro Diaz.

- Como é? Me esquece então, sua mal amada - Cesar faz bico e se afasta de mim.

Gargalho vendo ele se fingir de durão, percebo que a minha amiga estava em uma roda com o namoradinho dela e eu me aproximo.

- Mi bombón chegou, finalmente.

- Eu estava te procurando, larga esse homem um pouco.

- Olha só, parece que abriram o hospício.

- Nossa que engraçado - reviro os olhos - Tristinho, vai se foder.

- Tristinho? Ah não, agora doeu - ele coloca a mão sobre o peito.

Eu e ela rimos de suas expressões, rolo os meus olhos por todos os cantos e encontro quem eu procurava. Ele sorria de algo e pelo o que conheço de seu humor ácido, não devia ser muito bom.

- Eu já volto - beijo a bochecha dela e vou na direção do Spooky.

- Que demora, pensei que nunca mais iria sair daquele quarto - agarra minha cintura e ignora todos o que falavam com ele antes de mim.

- É mas eu sai, e você está bem alegre pro meu gosto - passo os meus braços por seu pescoço.

- E você tá muito gostosa pro meu - seus olhos se prendem em mim e ele diz sem nem um pingo de vergonha.

Já eu, escondo o rosto. Escuto ele gargalhar, me parecia que sua animação repentina tinha nome e sobrenome, ál cool.

- Vem, agora é sua vez de largar o seu homem! - escuto a voz em minha orelha e sou puxada para longe dele.

Parece que ela também não está sóbria, depois que eu larguei o uso de bebidas percebi que todo mundo fica idiota com esses copos.

- Dança direito Mica - me curvo para rir.

- Eu estou, olha só - levanta a perna e pula totalmente desengonçada.

- Eu vou te mostrar realmente como se faz.

Balanço o meu corpo e deslizo por trás dela, Mica batia palminhas e gritava "nina que rockea." Enquanto me divertia percebi um pequeno grupo se formando lá na frente, parei por um segundo tentando ver o que acontecia. Porém meu tamanho não ajudou muito, cutuquei minha amiga e apontei para a rodinha que tinha ali. Eu e ela nos aproximamos devagar e já comecei a imaginar que essa festa iria ser una desgracia.

- Você não me convidou por que?! - exclama alto e empurra o garoto, ele levanta o rosto.

Não filtro os meus pensamentos, apenas me enfio no meio do embate e encaro ela pela primeira vez.

- Olha só - cruzo os braços e abro um sorriso - O que você quer aqui?

- Me dá licença garota, meu problema não é com você!

- Não grita com a minha irmã!

- Como que é gasparzinho?! - Maya trava o maxilar incrédula.

Cadê o Spooky agora?! Escuto o volume do som ser desligado.

- Que merda é essa?! - a voz do homem se sobressai enquanto se aproxima - Algum problema por aqui patroa?

- Tristonho, tem uma putinha aqui dando show.

- Eu posso mandar ela pra bem longe se você quiser - saca o seu revólver e mira na garota.

- Não precisa cara - Cesar tenta sussurrar no ouvido dele.

- Eu sou de casa, vocês não podem fazer isso!

- Meu amor, a casa é minha, eu posso fazer o que eu quiser! - dou alguns passos em sua direção e ela recua.

- Eu vou chamar minha irmã e...

- Como que é? - sorrio - Quer que eu quebre a cara dela de novo?!

- Isso não é verdade! - bate as mãos no próprio corpo.

Na altura do campeonato todo mundo já estava atento a tudo o que acontecia, e eu ainda me perguntava onde é que ele está?!

- É só você me dar a ordem - se escora em meu ombro e semicerra os olhos sobre a arma.

- Acho que não será preciso amigo, ela já está indo!

- Eu vou, mas isso não vai acabar assim! - saiu pisando duro tentando se equilibrar no salto enorme que usava.

- O show já acabou!!! - ando pelas pessoas - Aumenta essa porra, isso é uma festa ou não?!

O pessoal me responde com assobios e palmas, o volume volta a estrondar e eu entro na casa já com o sangue fervendo. A Maya é tão, tão... Grr.

- E cadê você, Oscar Diaz... - penso alto. Vou no quarto dele e vejo que estava vazio, checo o meu celular e não havia nada de útil, ando até a cozinha e me escoro na pia. O som da festa estava abafado, por esse motivo pude ouvir vozes vindo na parte de trás da casa, respiro o mais fundo que posso e me aproximo devagar da conversa.

- Você me prometeu Spooky, você me prometeu!

- Tudo mudou, quantas vezes eu vou ter que repetir! - senta no barril de ácido - Vai embora da minha casa.

- Eu não ligo, eu só ligo pra você - se aproxima dele - Eu fui a única nesse mundo que te amou.

- Isso não é verdade Maria.

- Ela só está com você porque perdeu todo mundo, acorda pra vida seu burro.

En control - Óscar Diaz. Where stories live. Discover now