- capítulo vinte e oito.

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Eu briguei com o Cesar, eu briguei com o gostoso do meu ficante, eu não tenho mais a Monse, eu estou tão sozinha nessa casa. Por que logo agora o Ruby tinha que inventar de viajar com a família dele, e daí que o irmão dele iria virar pai? Será que ninguém pensa em mim?

Termino de calçar os meus tênis e vou até a porta principal, tranco a mesma e olho para o céu que estava azul, começo a caminhar lentamente, passo na frente da casa dos Diaz e vejo Cesar sair da mesma, mudo o meu semblante na hora e começo a prosseguir mais rápido. Ao passar pela residência dos Turners Jamal começa a me seguir.

- Bom dia flor do meu Jardim - anda ao meu lado.

- Bom, dia.

- Você ainda tá brigada com o Cesar? - olha para trás.

- Sim, eu estou.

Tento encurtar a conversa com o Jamal e assim que chegamos na escola eu dou graças a Deus, eu amo o meu amigo, mas hoje eu estou com a paciência nível Oscar, caminho pelos corredores lotados e ao chegar na minha sala sento no fundo ao lado da janela, coloco os meus fones e deito a cabeça na mesa, parece que todos os "colegas" que eu tinha sumiram. Anoto tudo o que os professores passam no quadro e no meu tempo livre aproveito pra dormir, na hora do intervalo eu caminho até a cantina e pego algo para comer, sento em uma das grandes mesas, olho para a comida e simplesmente parece que não vai caber, logo eu? Esmeralda, que como até pedra se duvidar. Sinto olhares em mim, Jamal passa e me manda um beijinho, eu sorrio para ele e ele volta a seguir o técnico de futebol, poxa ele queria mesmo entar no time. Sorrio sozinha, ele não consegue nem pegar na bola.

- Olha só - escuto vozes - A princesa está sozinha.

Viro o meu rosto lentamente e vejo três garotos insuportáveis e metidos a valentões, acho que eles não me conhecem o suficiente pra saber que eu não sou nem um pouquinho princesa.

- Ela está olhando, vamos dar o que pra ela? - passa o braço pelos ombros dos amigos que gargalhavam como hienas.

- Cuidado, vai que o Spooky pega a gente - debocha.

Viro o meu corpo para fora e cruzo minhas pernas, olho bem para eles e posso ver que são do time, grande bosta.

- Vocês realmente querem mexer comigo? - pergunto com firmeza.

- É, acho que sim - passa a língua pelo lábio inferior e coloca o pé ao meu lado no banco com força fazendo barulho.

- Você não quer fazer isso, vai por mim, eu posso acabar com você - cruzo os meus braços.

- Eu iria amar isso... - desliza a mão pelo o meu queixo.

- Aí! - me assusto com a voz que grita no meio da confusão, ele empurra o garoto que bate as costas em outras mesas - Tira a mão dela, filho da puta!

Os amigos do menino vão para cima de Cesar e eu entro no meio, nesse momento já havia bastante par de olhos encarando toda a cena.

- Sai da frente Esmeralda - passa a mão pelo rosto para tentar se controlar. Eu já vi isso em algum lugar.

- Não - olho para trás.

O Diaz me tira do caminho com o braço, eu me desespero, o menino levantou do chão e foi pra cima dele, Cesar acertava ele com socos no rosto, quando o loiro nojento percebeu que estava se dando mal, mandou as putas dele segurar o meu amigo, eu pude ver ele apanhar por estar em minoria.

Meus olhos começaram a queimar, ele não tinha que se meter nisso, eu com o meu porte de pinscher me enfio no meio daquilo e começo a gritar, apenas uma coordenadora chegou, afinal, ninguém liga para a violência nessa escola. Eu consegui puxar o Cesar e empurrar ele de alguma forma.

- Você vai morrer - diz em meio o sorriso mais sinistro que eu já vi ele dar.

A coordenadora afastou os idiotas e me deixou na enfermaria com o Cesar, a enfermaria na qual não havia ninguém, porque ninguém liga pras escolas em freeridge, ele estava espumando de raiva.

- Você não tinha que se intrometer - coloco as mãos na cintura.

Ele me olha com cara de poucos amigos e senta na cadeira velha que tinha naquele lugar.

- Isso não importa mais, porque eu vou quebrar ele! - tira o celular do bolso e liga para alguém.

Eu já sabia o que iria acontecer.

- Não Cesar, olha pra mim - me agacho e coloco minhas mãos em suas pernas.

- Hermano - levanta a cabeça e trava o maxilar - La familia necesita trabajar!

Eu levanto e ando de um lado para o outro, o garoto que estava transtornado falou para o irmão mais velho tudo o que aconteceu, com detalhes.

Ele encerrou a ligação.

- Ninguém mexe com você - caminha até mim e deposita um beijo em minha testa.

- Eu não quero que você fique igual a ele, por favor.

Esperar o último sinal do dia foi perturbador, fui pra minha sala e eu juro que se pudesse matava cada um que me encarava. Eu guardei o meu material e fiquei na porta esperando a merda do sinal, assim que ele soou eu andei mais rápido que o flash, eu procurei por ele mais não o encontrei, fui para fora da escola e de longe pude ver o carro vermelho estacionado.

Me aproximo, Oscar estava fumando e o Cesar estava dentro do automóvel junto com mais um santo.

- Spooky, não faz isso, ele é de menor - paro em sua frente.

- Não se preocupa chica, ele não vai morrer - sorri pra mim e joga o cigarro no chão.

- Eu poderia ter resolvido...

- Vai, pra casa - coloca as mãos em meu rosto e beija minha testa.

Ele parece ver alguém e se afasta, eu começo a andar completamente confusa, ele foi > fofo < ?




En control - Óscar Diaz. Where stories live. Discover now