- capítulo vinte.

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Juro que ele está de bom humor esses dias, "conversou" sobre sentimentos, comprou churros e até sorriu pra mim. Hoje eu realmente iria embora, já não faz mais sentido eu continuar nessa casa.

- Eu pensei, que você estava dando horrores.

- Vai se foder.

- Ruby, todoooo mundo pensou a mesma coisa - Jamal senta ao meu lado no chão.

- Por mais incrível que isso possa parecer, ela não deu - minha irmã cruza os braços.

Estávamos no quarto do Cesar jogando conversa fora, no caso a conversa estava indo para um rumo horroroso.

- Vamos apostar - Cesar sugere animado - Eu dou uma semana para eles voltarem a transar.

- O que? - grito incrédula.

- Bom, eu digo que não passa de hoje.

- Ei James, qual é? - dou uma cotovelada em seu braço.

- Três dias - Ruby afirma - Não passará de três dias.

- Tá legal, agora chega - me levanto - Vocês todos são um bando de idiotas, vocês não deveriam me usar para apostas.

- Esme, a gente sabe que você está quase surtando, dá logo.

- Cé, sar! - o repreendo.

- Não passará de hoje - minha irmã sussurra com cara de sapeca.

- Sabe o que não vai passar de hoje, a verdade, aquela que certa parte do grupo esconde! - me aproximo da porta - Conta Cesar, ou melhor, conta docinho...

- Como assim? - Ruby semicerra os olhos.

- Ela está louca, ela sempre foi!

- Beijinhos bests! - passo pela porta os deixando gritando uns com os outros, minha irmã e o peguete afirmavam que eu estava brincando, e claro que o Ruby e o Jamal estam que nem urubu em carniça.

- O por que da gritaria? - pergunta assim que me vê entrando na cozinha.

- Eles são doidos - puxo uma cadeira para sentar junto a ele.

- Por isso que vocês se dão bem.

- Spooky, o cara do bar não para de me enxer - entra no cômodo chamando nossa atenção.

- Deixa ele chorar mais um pouco.

- Aquele velho otário - ri se sentando - Você ainda não me disse o que ele fez.

- Ele não fez nada, quem fez foi o merdinha do filho dele, ele queria ela - aponta para mim.

- Ah - faz cara de nojo - Ela está aqui, olá coisa.

- Como se você não tivesse me visto - me debruço na mesa.

- Infelizmente eu vi.

- Morre Tristonho! - grito abafado com a cabeça deitada.

- Beleza - Oscar tenta esconder um sorriso, ele adora ver a gente se estranhando - Vocês são dois idiotas, mais do que aquelas crianças no quarto do meu irmão discutindo até agora.

- Ele que começou - levanto o meu olhar.

- Spooky, a gente é melhor amigo, você vai ter que escolher, ou eu - aponta para si próprio - ou ela - aponta para mim com desgosto.

- Ah que gênio - me levanto bruscamente - Quer que o Oscar escolha entre buceta e um otário de merda - levanto os meus dois dedos do meio os colocando bem próximo do seu rosto.

En control - Óscar Diaz. Where stories live. Discover now