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Cecilia Albuquerque

    O Henrique e Juliano entraram e todo mundo surtou.

    Eu tava colada no Enzo, climinha muito bom ir em show de sertanejo com companhia.

    O Guilherme tinha encontrado uns amigos dele da faculdade e foi até eles, isso fez com que a Amanda e o Felipe conversassem mais tranquilos sem tensão.

    "Cê queria que eu terminasse
    Pra saudade me cobrar mais tarde
    Não vai ter colher de chá
    Se não me quer, deixa eu de lado"

    "E se for sair deixa claro se é fim ou intervalo
     Pra quando eu tiver com alguém
     Nuns amasso bem dado
     Cê não vir me enchendo o saco"

    Cantei esse refrão bem alto junto com a Amanda e os meninos olharam pra gente, me fazendo dar crise de riso.

Dei um abraço rápido no Enzo ainda rindo e ele me agarrou forte por trás, me deixando agarradinha nele.

Do nada a Amanda e o Felipe começaram a meio que discutir, fazendo com que eu e o Enzo se olhasse rápido sem entender.

— Vamos deixar os dois, pô. - Falou no meu ouvido e eu acabei arrepiando sem querer.

— Mas eu to curiosa. - Falei olhando pra ele e fiz bico.

Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e segurou o meu rosto.

Me virei pra ele por completo fechando os olhos, sentindo ele se aproximar cada vez mais de mim.

"Todo mundo tem uma pessoa, aquela pessoa
Que te faz esquecer todas as outras"

"Todo mundo tem uma pessoa, aquela pessoa
Não precisa dia e nem hora pra chegar
Na portaria do meu coração já tem seu nome
Pode entrar"

Eu sorri com o refrão da música e senti os lábios dele nos meus. Ele segurou firme minha cintura e me beijou.

Coloquei minha mão na nuca dele e puxei ele um pouco mais pra mim. Ficamos um tempo assim e eu finalizei o beijo com dois selinhos.

Ele grudou nossas testas e cantamos o resto da música grudadinhos.

Assim que acabou a música, abracei ele apoiando minha cabeça no peito dele. Ele fazia carinho nas minhas costas e eu só queria ficar ali.

Quando notei que a Amanda não tava mais ali, me desgrudei do Enzo pegando meu celular no bolso dele e mandando mensagem pra Amanda.

— Amanda disse que tá no banheiro, vou lá ver se tá tudo bem. - Falei pro Enzo.

— Vou atrás do Felipe também. - Ele falou olhando nossa volta rápido e me deu um selinho demorado antes de eu sair.

    Fui atrás da Amanda e demorei uma eternidade pra chegar no banheiro pelo tanto de gente que tinha no show.

— Amiga? - Falei me aproximando da Amanda — O que rolou?

— Eu fui conversar com o Felipe mas ele fala que tá tudo bem sendo que eu sei que não tá. - Ela falou desanimada — E a gente acabou se desentendendo por conta disso.

— Tá, é foda mas depois você resolve isso. É sério que você vai perder um showzão desse por uma discussão besta? - Perguntei e ela se animou mais.

— Não, amiga. Vamo voltar antes que o Luan entre e eu me mato por não ver ele. - Falou um pouco mais alto astral e eu concordei.

— Eu também te mataria se a gente perdesse o dele. - Falei pegando na mão dela pra gente não se perder no meio dessa multidão.

    Assim que voltamos pro mesmo lugar não tinha ninguém, nem os meninos e nem o Guilherme.

— Ué, cadê esse povo? - Perguntei e a gente olhou ao redor sem ter sinal de ninguém.

— Vamos curtir o show, depois eles aparecem. - Ela deu de ombros e eu também.

Curtimos juntas o resto do show do Henrique e Juliano e aí o Luan Santana entrou logo em seguida fazendo nós duas gritarmos igual duas malucas.

    "Mas é a mesma coisa do lado de cá
    Se não levar a gente a sério, alguém vai levar
    Decide logo, porque água morna serve nem pra chá"

    "Se cê não quiser nada sério, eu espero
    Que não se arrependa de me devolver pra rua
    Não tem meio termo, eu não sou bagunça
    Ou ama pra porra ou porra nenhuma"

    A Amanda cantou essa com toda força vocal que ela tinha, achei engraçado demais, cara.

    Eu que não ia falar nada, deixa a bichinha colocar pra fora toda raiva.

    Depois de um tempinho o Felipe e o Enzo chegaram, o Felipe tava com a maior cara de quem tinha levado uma bronca do Enzo.

    O Enzo veio pra trás de mim e passou os braços na minha cintura.

    A Amanda foi até o Guilherme e o grupo de amigos dele, fazendo o Felipe acompanhar cada passo dela.

— Cara, você tem que deixar de ser vacilão. - Falei um pouco brava com o Felipe.

— Nem vem me dar bronca também não, Cecília. - Ele falou puto — O Enzo veio alugar meu ouvido por um tempão.

    Olhei pro Enzo toda orgulhosa e deixei um selinho na boca dele.

— Daqui a pouco seus olhos pulam pra onde a Amanda tá. - O Enzo disse pro Felipe se referindo a ele olhando fixamente pra Amanda.

— Vai se fuder, caralho. - Felipe respondeu dando o dedo do meio pra ele e sentou na mesa puto.

Aquela PessoaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora