Aliança Imprevisível

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– Só preciso que faça o mesmo que Hamire, será exatamente o mesmo, mas a ligação vai ser para Kisaki dessa vez.

– Kisaki? O que ele tem a ver com isso? – Ela perguntava confusa.

– Não sei se você tá sabendo, mas ele é doidinho por você – Hamire deu im meio sorriso.

– Por isso veio atrás de mim? Achei que queria atingir a Toman...

– Não tenho nada contra eles, Hinata, já falei, só vou machucar quem me machucou – Busquei o celular no bolso e abri os números salvos, encontrando o de Kisaki, mas antes que pudesse discar, recebi uma ligação de Hanma, sorri – Alguém ficou nervoso... Façam silêncio.

Atendi a ligação e logo já ouvia os gritos.

– QUE PORRA SAIKO! O QUE VOCÊ QUER?!

– Bom dia pra você também Hanma! – Sorri mesmo que ele não pudesse ver.

– Cadê a minha irmã?!

– Relaxa, ela tá bem. Me conta, o Kisaki tá com você?

O silêncio durou alguns segundos.

– O que você quer, Yatanabe? – Ouvi a voz do tal Kisaki, o cabeça daquela merda toda.

Eu teria a cabeça daquela cobra na minha mão.

– Prazer em te conhecer, Kisaki – Cumprimentei – Acho que já me conhece, eu ouvi falar de você, inclusive que você... Ordenou que matassem Kazutora, por que ele podia ser uma ponta solta nos seus planos...

– O que isso tem a ver?

– Ah, tudo, claro... Por que você tomou algo importante de mim, e agora vou tomar de você também.

– Nada importa pra mim.

– Ah, é mesmo? Acho que sequestrei a Tachibana atoa então...

Segundos de silêncio.

– O que você quer? – Ele murmurou pausadamente.

– Pergunte ao Hanma como ele se sentiu ao saber que eu estava com a irmã dele... Ou mesmo imagine uma parcela da dor que eu senti quando vocês me tiraram Kazutora... É isso que quero de você, quero que sinta minha dor.

Olhei para Hinata enquanto o breve silêncio se estendia, vi que Hamire chegou ao lado dela e sussurrou para ela gritar.

Em segundos, a Tachibana gritava talvez como nunca houvesse gritado antes.

Ela pedia para parar, chorava e esperneava na cadeira, gritava e soluçava pedindo por favor.

– CHEGA! – Kisaki gritou e eu tampei a boca de Hinata que agora tinha o rosto repleto de lágrimas.

– Mas já, Kisaki? A voz dela da uma ótima sinfonia, eu quero ouvir mais...

– O que você quer de mim? O que quer da gente? Não podemos trazer o Kazutora de volta!

– Eu sei que não... Só quero que sofram, quero que sintam o gosto amargo do ódio, quero que não consigam dormir a noite e fiquem imaginando tudo que estou fazendo com as mulheres que vocês amam e tudo que ainda vou fazer.

Desliguei a chamada na hora.

Soltei o rosto de Hinata e enfiei o celular no bolso.

– Solta ela – Falei para ninguém em especial, Kakucho foi soltar os pulsos dela e eu busquei um pano e uma garrafa de água, estendendo a ela – Desculpe por segurar seu rosto assim.

Ela franziu o cenho.

– Considerando que eu achava que ia me matar, não vou reclamar por tampar minha boca.

Soltei uma risada nasal.

– Sabe que não posso te soltar ainda não é?

– Eu imagino – Vi ela engolir em seco – Se eles fizeram mesmo isso... Eu fico aqui por você, Saiko, como Hamire ficou, só peço que não me machuque.

– Será tratada como uma convidada, assim como Hamire, e quando for o suficiente, vamos te soltar – Falei.

– Tudo bem então...

Ela se levantou e Hamire enganchou o braço no dela, os demais ao redor foram saindo.

– Você vai amar a casa! É uma mansão! Meu quarto tem até banheira! – Hamire saltitava contando.

*****

Se passou uma breve semana com Kisaki ligando desesperadamente assim como Hanma.

Ex-membros da Valhalla e membros da Toman eram vistos nas áreas da Tenjiku, buscando as garotas sequestradas e a mim, provavelmente.

Mas todos saíam de lá dentro de uma ambulância, pois a Tenjiku não teve remorso, não houve espaço para perguntas, apenas para socos.

Em um mês, a Tenjiku havia conquistado todos os territórios ao redor, perdendo apenas para a Toman até o momento.

Black Dragons entrou em contato conosco para fazer uma aliança, o líder pareceu gostar da minha vontade de carnificina, então o grupo dos líderes da Tenjiku se reuniu indo até a casa de Taiju Shiba.

O local eram grande e bonito, os membros da gangue ao redor contrastavam conosco em seus uniformes brancos, enquanto nos usávamos vermelho sangue.

– Bem-vindos – Um rapaz nos recepcionou, ele tinha um rosto calmo e levemente inexpressivo – Sou Seishu Inui.

– Prazer em conhecê-lo – Falei, Izana não falaria, ele só estava ali por mim mesmo, e os demais eram nossa fuga.

– Nosso líder vai recebê-los lá dentro.

Ele se virou e nos guiou pela casa, até um escritório amplo e bonito, em tons de cinza, Inui nos acomodou no lugar e ficou a direita da mesa de escritório que havia em uma das paredes.

Então a porta se abriu e um garoto de cabelo preto entrou, magro, com feições viperinas, e atrás dele um homem enorme, esse certamente era Taiju Shiba.

– Então, vejo que atenderam nosso convite – Taiju não parecia feliz conosco ali, ele parecia estar fazendo um grande esforço, e isso me deixou empertigada.

– Claro, você queria falar conosco... Apesar de não nos ser necessária uma aliança no momento, adoraríamos ouvir sua proposta – Sorri cruzando as pernas.

– Não faça essa expressão de garota adorável – Ele riu maldoso – Sei o quanto você é horrível.

– Eu? – Sorri maliciosa – Apenas estou cumprindo minha vingança, e como eu tenho dito, sou um reflexo, serei com você da maneira que for comigo.

Vi quando suas narinas dilataram em um rompante de raiva, mas ele não disse nada, no lugar dele, foi o garoto visperino.

– Sou Hajime Kokonoi, a propósito – Ele se aproximou estendendo a mão, eu me levantei e o cumprimentei – Será adorável trabalhar com você, no futuro.

– No futuro? – Aproveitei que estava de pé e sinalizei Izana, que se ergueu juntamente dos demais – Eu já havia notado nas feições dele que não nos queria aqui – Apontei para Taiju com o queixo – Então vamos, digam a verdade, por que estamos aqui?

Ouvi a porta se abrir.

– Por que eu pedi para chamarem vocês.

Psico Love - Tokyo RevengersWhere stories live. Discover now