Medo

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Duas semanas se passaram.

E junto a Sanzu eu havia treinado alguns pontos importantes de Hamire.

Havíamos ensinado a ela a arte da loucura, da mentira, da enganação.

Querendo ou não ela se tornou algo como uma aliada no momento que escolheu ficar ao meu lado, e eu era uma pessoa extremamente leal.

E também, precisaria dela depois que Sanzu chegou no meu quarto com pastas de documentos sobre Tetta Kisaki.

Hamire seria meu peão agora.

*****

Estávamos eu e Hamire no quarto quando Sanzu entrou com aquela pasta de documentos, ele me entregou e eu fiquei analisando, com a mais nova encostada em meu ombro enquanto lia um livro.

– Ele é um filho da puta – Soltei enquanto lia as informações sobre Kisaki.

– Totalmente – Sanzu disse se sentando a beira da cama – O que vai fazer com ele?

– Vou encontrar algo que ele ama e destruir, ele vai ter o mesmo tratamento Shuji – Sorri.

Então Hamire levantou a cabeça.

– Qual o nome dele? – Ele olhou as páginas.

– Tetta Kisaki – Falei e ela arregalou os olhos.

– Eu conheço ele! Meu irmão já falou dele! – Ela aproximou o rosto das páginas onde havia uma foto dele – Ah e eu sei de algo dele que não está aí!

– O que? – Sanzu perguntou e ela ergueu o rosto.

– Sei a pessoa que ele ama.

Foi um breve silêncio, mas o suficiente para fazer com que um plano surgisse na minha mente.

– Você conhece essa pessoa?

– Já vi ela no colégio!

Sorri.

– Então acho que temos um plano.

Comecei a explicar a eles o que faríamos.

– Vamos chamar aquele maquiador de novo, fazer machucados e hematomas em Hamire, e então vamos te soltar em algum lugar, você vai atrás deles e quando tentarem se aproximar você recua – Pensei bem – Vai dizer que não quer ficar perto deles por que são homens... Hanma vai entender, e isso vai quebrar ele por dentro, então você diz que só quer falar com uma garota.

– Ele vai querer te matar – Sanzu ria.

– Ele já quer – Dei de ombros e voltei a mais nova – Você se aproxima da garota e me manda um sinal, vamos até você e pegamos ela.

– Não vão machucá-la, certo?

– Eu machuquei você? – Ela fez que não com a cabeça – Então você já sabe.

Voltei a olhar as páginas de documentos e logo Hamire quebrou o silêncio falando baixo.

– Você não me machucou, mas precisa – Soltou a garota, franzi o cenho na direção dela – Machucados falsos podem sumir, eles vão notar em algum momento... Precisa me machucar de verdade.

Psico Love - Tokyo RevengersWhere stories live. Discover now