Logo Depois

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Naquela noite eu fui pra casa com sangue por todo o corpo, eu não tinha mãe nem pai, apenas avós que haviam falecido recentemente, e quando eu ia tomar meu banho e me livrar daquele sangue, ouvi batidas na porta.

- É a polícia! Abra!

Eu não podia fazer nada, e logo passaria fome mesmo, então abri a porta coberta de sangue e fui com eles sem resistência.

Na delegacia eu fui algemada e meu depoimento foi colhido, expliquei que eles haviam tentado abusar de mim e que eu havia me defendido. Uma semana depois fui designada para um reformatório juvenil, não me incomodei pois eu não tinha amigos e nem família.

No reformatório uma psiquiatra me atendia e eu burlava suas perguntas toda semana, para não dar indícios dos traços de psicopatia que eu sabia que tinha.

Esse era o problema, ser uma psicopata consciente. Eu não tinha problemas em matar mas eu sabia que teria consequências, eu mataria sem problemas alguém que me fez mal, mas não conseguiria assassinar alguém por diversão.

Eu acho.

Então, no reformatório, conheci algumas pessoas devido a brigas que me envolvi. Izana eu conheci primeiro, eu havia rido e chamado ele de princesa ao ouvir Kakuchou o chamando de Rei, o mesmo partiu pra briga comigo.

Passamos alguns dias numa cela fechada, mas depois houve um respeito mútuo entre nós, ele me protegeu em algumas situações.

E por fim, conheci Kazutora, um garoto quebrado e sem estruturas, mas que conseguiu adentrar o muro que eu havia construído após as péssimas experiências com garotos que tive na minha ínfima vida.

Viramos amigos quando ele chegou lá, e depois amigos mais próximos ainda, apesar de que nunca havíamos tido nada...

Mas um lado meu ansiava pelo toque dele, um lado que eu conhecia, um lado que eu sabia que não era normal.

Mas afinal, quem era normal nessa merda?

Psico Love - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora