Psico Love - Tokyo Revengers

Por que você precisa

Na semana seguinte, contei com a ajuda de Sanzu e Shion para colocar um plano em prática.

Eu tinha agora a necessidade de andar com algumas pessoas ao meu redor quase sempre, já que a Toman parecia lutar com mais afinco pra me encontrar.

Então naquela tarde sai acompanhada da dupla e passamos pelo mesmo parque que Hamire gostava de ficar, disse para Shion ficar no volante do carro e Sanzu vir comigo.

Me aproximei da garota que lia um livro sozinha.

– Hamire! Tudo bem? – Cumprimentei, ela se virou sorrindo pra mim e levantou.

– Tudo bem Saiko! Faz uns dias que não te vejo!

– Estive ocupada – Sorri pra ela – Está sozinha?

– Sim, minhas amigas já foram e eu decidi ficar mais – Ela ergueu o livro.

– Entendi – Olhei para Sanzu logo atrás da garota e pisquei, ele tirou a mão do bolso e segurou Hamire por trás, colocando um pano com clorofórmio no nariz dela – Sinto muito.

*****

Havíamos levado o corpo dela para o carro e colocado no banco de trás, Sanzu amarrou a garota e Shion começou a dirigir para um pavilhão da Tenjiku, guardei o celular dela em uma caixa de correio no meio do caminho para que não fosse rastreado.

Chegamos lá e ela permanecia desacordada, Sanzu carregou ela até a cadeira e a amarrou, ele pegou outras duas cadeiras e colocou na frente dela, Shion saiu e ficou no carro pra vigiar os arredores.

Levou um tempo até ela acordar, eu já estava pensando em jogar uma água nela, mas não podia ser tão má assim.

Então ela começou a mexer a cabeça, movimentar os dedos das mãos... Cruzei os braços e as pernas e fiquei esperando que ela acordasse totalmente.

– Mas que merda... – Murmurou enquanto erguia a cabeça, ela forçou os braços e arregalou os olhos ao me ver – Saiko..?

– Oi Hamire – Suspirei.

– O que vai fazer comigo..? – Os olhos dela marejaram instantaneamente.

– Não tenho nada contra você, Hamire, meu problema é com o seu irmão.

– Então vai me torturar pra afetar ele? – Ela olhou para Sanzu que girava uma faca na mão.

– Depende, tenho duas opções pra você – Me levantei – Tem o jeito fácil, onde você me ajuda, e tem o jeito difícil, onde o Sanzu vai me ajudar... E acho que você vai gostar mais do jeito fácil.

– O que quer que eu faça? – Sussurrou segurando as lágrimas, fiquei a frente dela e mostrei o celular.

– Vou ligar pro seu irmão, e você vai gritar como se eu estivesse te torturando, só preciso que faça isso.

Ela franziu o cenho.

– Por que não me tortura logo?

– Por que você não tem nada a ver com isso, é só uma peça no caminho, assim como eu também era – Me agachei – A diferença é que eu atravessei o tabuleiro e me tornei uma rainha.

Vi que ela engoliu em seco olhando de mim pro celular.

– Vai me soltar se eu fizer isso?