Capítulo 78

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✨Brunna✨

Bru - Fica quieta, minha filha. – Jas sorri sapeca, ela se mexe de novo, bufo e canso. Pego o IPad dela e coloco mundo Bita, só assim pra ela ficar em paz.

Termino de fazer a finalização em seu cabelo, passo um perfume de bebê nela, coloco a pulseira que ela ganhou da Lud e deixo ela na sua cama mexendo no Tablet.

Lud - A Jas já tá pronta? -

Pergunta quando entro no quarto. Olho pra ela e percebo que já está todo arrumada, dá pra sentir o cheiro do 212 de longe.

Bru - Pra que se arrumou toda? - Aponto meu dedo pro seu corpo, ela sorri e se levanta.

Lud - Não precisa ter ciúmes
e sempre tô arrumada só pra tu, mandada. - Dou um cheiro no pescoço dela e aposto que o cheiro vai ficar na minha roupa durante o dia todo.

Uma coisa que não consigo entender é perfume masculino. O feminino sai em poucas horas e o masculino se duvidar passa o dia todo. Às vezes gosto de usar o dela.

Lud - Depois do churrasco a gente vai lá pra pista, a Jas e o Léo vão ficar com a Tia Ju, já tá tudo esquematizado. - Pisca e nego sorrindo. Termino de colocar meus acessórios e saio de casa com eles.

Jas - Mamãe, posso ir brincar com meus amigos? - Aponta pras meninas, concordo e ela sai correndo.

Lari - A Jas a cada dia fica mais linda, uma princesa. - Sorrimos. Lari é madrinha da Jas e o Marcos padrinho dela.

No dia do parto o a Lud tinha ido pra uma missão, eu tava sozinha em casa e as dores do parto já tinham começado, só que não me desesperei porque podia ser uma contração, mas a bolsa estourou, aí me desesperei.

Graças a Deus a Lari apareceu lá em casa, fomos pro hospital e meu parto foi normal. A Lud chegou à tempo de ver a Jas nascendo, ela disse que se não conseguisse ver nunca iria se perdoar.

Léo - Bu, tô com muita dor de cabeça, posso ficar aqui com você? - Chega na roda que estou junto com meus companheiros de sempre e questiona. Afirmo e ele se senta no meu colo, faço um carinho na cabeça dele e a Lud  põe o braço ao redor da minha cintura.

Lud - Quer alguma coisa pra comer agora? - Susurra no meu ouvido, nego e olho ao redor vendo que só os mais próximos estão.

Quando as crianças nasceram não tinha como sair, porque eles precisam de cuidado o tempo todo por ainda serem muito pequenos, então às festas que não podíamos deixá-lo com uma pessoa de segurança eram poucas pessoas, só as mais próximas mesmo.

Olho pra Lari e vejo ela falando de alguma coisa em relação a uma trolagem que o Di fez.

Bru - Que trolagem? - Me meto no assunto, eu lá vou ficar com curiosidade, vou lá e pergunto. Ora mais.

Lari - Tu acredita que esse mongoloide e o Diego entraram na cozinha gritando enquanto eu tava lavando uma faca grande? E tudo é culpa desse aqui. - Aponta pro Renatinho e meus lábios se curvam em um sorriso. A culpa sempre cai em cima dele, então acho que ele já está até acostumado.

Patty - Teu afilhado ali junto com a Jas ó, se a Lud ver uma coisa dessas ela infarta. - Com a cabeça aponta para os dois.

Eles estão sentados de mãos dadas conversando, que cena linda. Mas dito e feito, foi só a Lud ver aquela cena que já tirou a Jas de perto do Theo.

Lud - O que tu tava fazendo com ele de mãos dadas, Jasmine? - Iii, mó marrenta. Jas cruza os braços e faz um bico do tamanho do focinho de um cavalo.

Jas - O Theo é meu amiguinho, a senhora atrapalhou nossa conversa. Com licença, irei brincar com a Bibi, já que a senhora atrapalhou minha conversa com o Theo. - Ela sai do colo dela e vai brincar com a Bibi lá dentro da casa. A Lud olha pra mim desacreditada, a única coisa que eu faço é rir.

Lud - Tu viu o que aconteceu agora? - Dou de ombros e ela olha pro Marcos que tem um sorriso no rosto. - Pode tirando o teu filho de perto da minha Jas, pra lá rapá.

Marcos - Os filhos um dia vão crescer, tu vai ter que entender e superar, best. - A Lud quase avança nele, mas eu o seguro.

Bru - Se controla, não vai brigar de novo por causa disso. - A repreendo é ela se senta tomando o whisky que ela tava tomando de uma vez só.

O Léo diz que quer é ir brincar com o Theo, eu apenas concordo e ele sai.

Bru - Ei Marcos, vai lá buscar um pouco de carne pra mim? - Peço, ele como sempre vai buscar, pau mandado. - Tu sabe que o Marcos faz isso pra provocar.

Ele tem ciúmes da Jas, amor, eu tenho é pena do namorado dela porque vocês dois são fogo. - Tento relaxá-la um pouco, podia sair fumaça do nariz dela, nada é improvável.

O Marcos do mesmo jeito, ele tem uma cara de Pitbull, aí o negócio ferve. Nenhum dos dois abaixa a cabeça, de um lado o meu amigo e do outro a minha esposa, o que posso fazer é tentar abaixar o estresse.

Lud - Marcos parece que faz de propósito, cara. - Nega. Coloco a mão na coxa dela por cima da calça, ela olha e entrelaça nossos dedos os deixando em cima da sua coxa.

Bn - Réveillon vai dar certo, cambada? - Indaga enquanto leva a cerveja até sua boca.

Marcos- Minha casa tá livre, já mandei limpar e tudo tá faltando só vocês dizerem se vão ou não. - Traz o meu prato de carne, agradeço e ele fala enquanto se senta na mesa.

Renatinho- Cês sabem que eu topo tudo, mas tem as crianças.

Bru - A casa dele é enorme, tem muitos quartos. Dá pra todo mundo dormir tranquilo. - Todos concordam de passar o Réveillon juntos, mais um.

Com as crianças ficamos mais juntos, nos tornamos uma família. Antes éramos, mas agora sempre que saímos é uma cambada de gente e as crianças juntos.

Por onde passamos o povo fica admirado por ter tantas crianças, hoje em dia só andamos com eles. Curtimos a vida, vamos pras festas, mas nunca esquecemos das nossas responsabilidades com os seres que botamos no mundo.

Lud - Já tá quase anoitecendo, queria ir pra pista cedo. A gente já pode ir? - Arrasta o nariz no meu pescoço, me arrepio com o toque, apenas balanço minha cabeça.

Nos despedimos de todo mundo, pegamos as crianças, deixamos na casa da tia e saímos do morro na Polo branca da Lud.

Bru - Pra onde a gente tá indo? — Pergunto o vendo virar a esquerda, olho para minha coxa onde seus dedos estão batucando de acordo com a música.

Lud  - Já disse que é surpresa, preta. Deixa de ser curiosa. - Bufo e coloco meu cinto.

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