Capítulo 67

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✨ Ludmilla✨

Respiro pesadamente tentando recuperar o fôlego, coloco a mão no coração, porra. Entro na casa de algum morador, pego um copo de água e saio da casa da mulher escutando os gritos das crianças que estavam dentro de casa e ficaram assustadas quando entrei.

Essa com certeza é a invasão mais pesada que eu vi na minha vida, os cara tão com armamento muito pesado, irmão. Mas nós não tamo fraco não, só arrego se eu ver que não dá mais.

Entro no beco 8, vejo o Bn cercado, atiro nos que eu consigo e quando me viro pra ele, sinto uma ardência no meu braço direito, fui atingida caralho. O Bn e outro vapor atiram nos caras que eu não consegui derrubar e eles se aproximam de mim.

Bn - Firmeza? - Pergunta respirando fundo e olhando pro meu braço, onde minha mão está em cima estancando pra não sair tanto sangue.

Lud - Foi de raspão, mas tá ardendo pra caralho. Rasga minha blusa e me dá um pedaço. - Ele faz o que eu peço, me entrega o pedaço da minha camisa, amarro a mesma no meu braço com a boca e faço um pouco de pressão em cima.

Bn - Marcos mandou nois ir pro beco 6. - Fala, vamos para onde ele disse e quando chegamos lá, vimos um homem velho ajoelhado.

Marcos - Tá aí o causador dessa porra toda. - Diz apontando a arma pro cara, mas logo abaixa quando eu me aproximo do homem.

Disparo meu pente nele logo, 0 paciência pra esses filho da puta, acabaram com a minha paz por mais de um mês, quero isso longe da minha vida. Olho pro céu e vejo que o dia já já amanhece.

Lud - Manda recolher os corpos e resolve aí como é que o morro dele vai ficar. - Mando e saio dali indo pra casa.

Essa invasão me deu problema pra caralho. Começou meia noite e já tá amanhecendo. Quando começou, eu tava com o Léo, ele pediu pra eu ficar porque tava com medo, meu coração deu um aperto que eu tive vontade de ficar com ele e deixar essa invasão pra lá, mas não posso deixar minha comunidade assim não.

Abro a porta de casa e sinto o cheiro de café que só a Dona Ju sabe fazer. Ela dormiu aqui, chamei ela de última hora pro Léo não ficar sozinho, mesmo que a casa estivesse rodeada de vapor.

Lud - Opa minha tia. - Dou um beijo na cabeça dela e vou até a pia lavando minhas mãos.

Ju-Tá bem, minha filha? - Me olha preocupada como sempre e eu lanço um sorriso leve.

Lud - Suave, tia. Só tô cansada mesmo. - Ela assente e termina de coar o café. Diz ela que café de máquina não presta, tira todo o gosto, então quando ela tá aqui sempre faz esse café coado.

Ju - Pois vá tomar um banho e desça pra comer. - Atendo as ordens dela e vou pro meu quarto tomar um banho, antes de entrar no meu quarto pensei em ir no Léo, mas vou tomar um banho primeiro, tô soada  pra caralho.

Começo a tirar minha roupa, mas na hora de tirar a camisa eu sinto uma ardência do caralho no meu braço esquerdo. Porra, me esqueci do tiro.

Tiro a camisa com cuidado e o pedaço de pano que eu tinha amarrado também. Pego a caixa primeiro socorros, abro um soro e começo a molhar o machucado com o soro, isso arde pra caralho.

Passo algumas gases por cima e depois coloco aquele bagulho tipo uma faixa tá ligado. Encerro com o esparadrapo e tento tomar meu banho sem molhar esse curativo improvisado.

Termino de tomar o banho, me seco, visto minha roupa com o maior cuidado do  mundo e desço as escadas voltando pra cozinha, sentir aquele cheiro de novo chega deu uma fome.

Entro na cozinha, olho no relógio de parede e vejo que já são sete e pouco da manhã, nem vi o tempo passar.

Ju - Senta aí, minha filha. Fiz uma panquequinha pra você. - Ela coloca o prato na minha frente com umas três panquecas e um copo de café, estômago roncou, fi.

Lud - Amassou, hein tia. - Falo de boca cheia e ela taca o pano prato em mim.

Ju - Mastiga direito, menina. Quero ver quando se engasgar, vai ser a jumenta aqui pra ajudar. - Se vitimiza e eu sorrio, só ela mesmo pra tá desse jeito uma hora dessa da manhã.

Termino de comer, dou um beijo na tia e subo pro quarto do meu filho. Abro a porta devagar pra ele não acordar e vou em passos lentos até a cama dele.

Me agacho na altura da cama e passo a mão por seu cabelo, esse menino é tão lindo. Encosto minha cabeça do lado da cama e fecho meus olhos devagar pensando em tudo que aconteceu essa madrugada.

Abro os olhos rápido quando sinto que eles tão pesando, tô com muito sono. Olho pro Léo e vejo ele com a boquinha aberta, sorrio. Cubro todo o corpo dele com o lençol, que se mexe um pouco, mas não acorda. Saio do quarto sem fazer barulho e vou pro meu.

Me sento na cama, pego meu celular e mando mensagem pro Marcos dizendo que é pra passar a visão que esse sábado vai ter bailão. Tinha mandado cancelar porque tava com receio dos alemão invadir no meio do baile e os moradores acabarem saindo prejudicados, mas já foi resolvido. Só glória.

Me deito na cama e ligo o ar no mínimo só esperando o sono vir.

•••

Próximo capítulo terá surpresas🤫🤐

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