★ vinte e um

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— Tola.

O desdém nas palavras de Haruka reverberava pelo campo de batalha, fundindo-se ao estrondo ensurdecedor dos espinhos.

Satsuki, com seus braços e pernas marcados por cortes profundos, se esforçava para manter a compostura. A expressão de determinação que antes adornava seu rosto agora dava lugar a um lampejo de frustração, enquanto o veneno insidioso começava a se infiltrar em seu sistema.

Ela estava em desvantagem.

Realmente, ela estava perdendo.

Ofegante e machucada, Satsuki sentia a força e a velocidade que havia acumulado ao longo do tempo serem anuladas pelos espinhos terríveis. Cada movimento se transformava em uma batalha contra o veneno que se infiltrava em seu corpo, drenando suas energias.

Era uma humilhação. Uma humilhação intolerável.

O que Tsubaki, seus amigos e sensei pensariam ao testemunhar tal cena de derrota?

Seus sonhos e esperanças... tudo parecia se desvanecer diante da humilhação que se aproximava.

— Vou adorar acabar com você, sabe
— Haruka declarou, observando Satsuki com um sorriso sádico.
— E fico feliz de saber que talvez ainda deixarei você viva para dar a notícia que seus dois amiguinhos morrerão primeiro. Meu subordinado está se divertindo muito com eles.

Haku. Ace. Os nomes atingiram Satsuki como um golpe direto no peito. A expressão dela mudou instantaneamente, os olhos se arregalando em choque e raiva. Mesmo pressionando o ferimento em seu ombro, a dor física parecia insignificante diante daquela fala.

O ódio que ardia em seus olhos não era apenas dirigido a Haruka, mas à ideia de seus companheiros estarem em perigo. Ela não podia falhar. Não podia permitir que a ameaça de Haruka se concretizasse.

— Não se você estiver morta primeiro
— Satsuki retrucou, sua voz mais um rosnado do que palavras. A risada maléfica de Haruka ressoou como um eco sinistro.

— Olhe para si mesma, menina.
— Haruka se aproximou, sua túnica escura flutuando como um vento espectral.

Satsuki, sob o peso da opressão, arregalou os olhos quando a mão de mulher agarrou seu pescoço, empurrando-a contra uma rocha próxima, sufocando-a.

Haruka fez um som de descontentamento com a língua, fechando os olhos e inspirando profundamente, como se pudesse vislumbrar o campo de batalha além.

— Perfeito! Já consigo vê-los... Sangue e emoções negativas... Um deles está caído no chão, o outro lamentando ao seu lado... Que pena.
— Haruka continuou, sua voz ressoando com um tom sádico.

Satsuki, assombrada pela visão pintada verbalmente, sentiu o desespero e a raiva se misturarem. Se aquelas palavras estavam se referindo a Haku...

Não podia ser verdade. Era uma farsa.

— Logo eles serão pisoteados por aquela horda de zumbis... ou talvez se tornem um brinquedo para Takeshi. Não é perfeito? Dois pequenos ninjas, encantadores... Mas seria triste ver aqueles olhos sem vida...

As unhas afiadas de Haruka deslizaram pelo pescoço de Satsuki, traçando um caminho sinistro até a clavícula e o busto. O toque era como um arrepio gélido.

Um grito escapou dos lábios da menina quando as unhas penetraram, rasgando a pele e deixando uma sensação de ardência que ecoava por todo o seu corpo.

— Ouvi tanto sobre a Sannin. A Deusa da Guerra...
— Haruka suspirou, sua voz carregada de falsa decepção.
— É uma vergonha para uma discípula dela.

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