trinta e três

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Beatrice estava me encarando como se eu tivesse feito a pior merda do mundo, quando cheguei em casa com Liliana

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Beatrice estava me encarando como se eu tivesse feito a pior merda do mundo, quando cheguei em casa com Liliana.

Eu já matei, já lavei dinheiro e realmente já fiz as piores merdas do mundo, mas ela só me olhou assim agora.

Liliana permaneceu quieta ao meu lado, visivelmente desconfortável com a situação. No entanto, ela iria se sentir bem vinda em breve, porque era assim que eu queria e eu não devia nenhuma explicação a Beatrice.

As sobrancelhas de minha esposa estavam quase juntas, enquanto ela segurava uma revista ao lado do corpo.

— Onde está Ludovica? — perguntei, andando apressadamente enquanto Liliana me seguia, segurando a sua mochila nos ombros.

Ela era quieta, mas atenta como uma Bianchi. Sabia que não seria um problema, e eu só precisava mante-la segura na minha casa, até que se casasse.

— Ela está na cozinha.

— Mande que ela prepare um dos quartos para Liliana.

— Você não pode trazer alguém pra casa em cima da hora, Theo. Essas coisas precisam ser planejada. Todos os outros quartos nessa casa devem estar com poeira de tanto tempo fechado.

— Não tem problema, Bea. Liliana pode ficar no meu quarto até o dela ficar pronto. Eu não vou passar a noite aqui, de qualquer jeito.

Beatrice franziu a testa, indignada. Esperava que ela não falasse nada, porque a não me agradava a ideia de uma Bianchi se sentindo inferior. Liliana deveria ser forte e respeitada como o restante da família.

— Mande Ludovica preparar o quarto. — mandei novamente, e subi as escadas com minha prima em meu encalço.

Andei pelo corredor, observando as portas fechadas até chegar no meu quarto.

Entrei no quarto com Liliana ao meu lado, ela estava um pouco hesitante e eu a entendia. Não éramos próximos, e pra todos os efeitos eu era o primo, capo, amedrontador qual seu pai pintava como um bicho papão. Fechei a porta atrás de nós e olhei para minha prima, que parecia inquieta.

— Você sabe que não precisa ter medo de mim, certo? Eu sou seu primo, afinal de contas.

Liliana assentiu timidamente, olhando para mim com olhos cautelosos. Ela respirou profundamente, enrolando o dedo na ponta do cabelo castanho, freneticamente, como se estivesse usando aquilo para disfarçar o nervosismo.

Eu suspirei e dei um passo em direção sua direção, mantendo uma expressão séria, mas não ameaçadora.

— Lili, eu entendo que essa situação é complicada, mas você está segura aqui. Eu não vou deixar nada acontecer com você. Sua proteção é minha responsabilidade agora. É melhor você aqui do que correr o risco que seu pai a casasse com um velho estuprador sedento por uma garota de dezoito anos.

Perfeita Distração - 3 ✓Where stories live. Discover now