⑦⑧

332 45 43
                                    


☆✼★


。☆✼★━━━━━━━━━━━━★✼☆。

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

。☆✼★━━━━━━━━━━━━★✼☆。


Pode me chamar de esnobe, mas depois de viajar pra alguns lugares do mundo nos jatinhos particulares mais luxuosos e confortáveis que existe.

No aeroporto tive que aturar todo aquele processo burocrático e chato de abre mala, fecha mala e não era nada agradável ver um desconhecido fuçando em minhas coisas.

Dentro do avião não foi diferente. É claro que eu estava na classe econômica e por isso estava cercada de estranhos barulhentos e quando achei que tudo ficaria mais tranquilo quando eu já estivesse em minha poltrona apertada me peguei tentando manter meus braços e pernas longe dos braços e pernas da pessoa ao meu lado.

Fiquei imaginando que seria bem legal se as damas de companhia tivessem algum tipo de identificação especial e um tratamento mais especial ainda nos aeroportos.

Bom, uma garota podia ao menos sonhar, não é mesmo?

Mas a única vantagem que eu tinha como dama de companhia da Princesa era que meu salário era bom o suficiente pra comprar ao menos uma passagem de volta na primeira classe.

Quando cheguei no aeroporto em São Paulo estranhei tanta gente ao meu redor falando com sotaque paulista... dãããh, eu sei, eu sei. Pura redundância, mas foi como me senti. Eu nem tinha percebido que já estava tão acostumada assim com o sotaque do Sul e foi estranho ouvir meus conterrâneos de novo.

Depois de enfrentar um pouco mais de burocracia, saí do aeroporto e tive de esperar apenas uns dois minutos antes de ver o Uno Mille de duas portas do meu pai parar na minha frente.

Nunca pensei que sentiria saudades até mesmo daquele carro velho, mas agora senti aquele quentinho no coração ao olhar pra ele.

Minha mãe já estava com metade do corpo para fora da janela acenando toda eufórica antes mesmo do carro parar e quando parou, ela saltou, correu em minha direção e me agarrou em um abraço mais do que apertado.

A dona Rosa era gordinha e uma delícia de abraçar e sentir seu perfume adocicado familiar provocou lágrimas nostálgicas em meus olhos.

— Bellinha! — Ela disse me apertando sem parar. — Minha Bellinha! Nem acredito que você está aqui, filha.

— Oi, mãe! — Eu falei enquanto ela apertada meu rosto com as duas mãos e checava todo o resto pra ter certeza de que eu estava inteira. Depois ela me abraçou de novo e por cima do ombro dela vi meu o seu Francisco saindo do carro também e ele abriu um sorriso bem grande com os olhos cheios de lágrimas, o que era bem estranho porque meu pai praticamente nunca chorava.

UM PRÍNCIPE NADA ENCANTADOWhere stories live. Discover now