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𝔓𝔯𝔦́𝔫𝔠𝔦𝔭𝔢 𝔗𝔥𝔢𝔬𝔡𝔬𝔯𝔬 


A primeira garota por quem me apaixonei foi Charlotte Villanova.

Charlotte e eu fomos amigos a vida inteira, mas sempre que estávamos juntos era sempre na companhia de Félix e de Noah.

Eu ainda me lembro do dia em que tudo mudou. Bom, na verdade, quando tudo mudou em relação a ela.

Eu tinha quinze anos de idade, Noah, Félix e eu estávamos na mansão dos Villanova esperando impacientemente que Charlotte descesse pra que fôssemos a alguma atividade de adolescentes todos juntos como sempre fazíamos.

Não me lembrava mais pra onde íamos, mas me lembrava dela muito bem naquele dia.

Charlotte desceu as escadas, seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo, ela usava jeans e uma blusa muito bonita que ressaltavam suas curvas e sua beleza. Enquanto descia os degraus ela olhou para nós e sorriu e ao contrário de Félix e Noah que começaram a reclamar do atraso, eu fiquei olhando para ela em silêncio.

Aquele foi o dia em que tudo mudou.

Eu não via mais apenas uma amiga de infância.

Eu via uma garota. Uma garota muito bonita.

Charlotte sempre foi alta. Aos quatorze anos ela já tinha quase um e setenta de altura e nem Félix nem Noah eram tão altos quanto ela ainda, apesar da voz de gralha e uns pelos desgrenhados crescendo na cara deles. Quanto a mim, enquanto eu ainda tinha uma pele de bebê e minha voz ainda vacilava como a deles pelo menos eu já estava com um e setenta e cinco de altura e era uns centímetros mais alto do que Charlotte e eu me orgulhava muito disso.

Um dia eu estava me gabando em nosso pequeno grupo de amigos como eu era o mais alto de todos e até mais alto que Charlotte e como eu tinha certeza de que ela seria uma baixinha perto de mim um dia, mas é claro que secretamente eu só estava tentando impressionar Charlotte enfatizando como eu era mais alto que ela e os outros caras não. Eu já sabia que a maioria das garotas gostava de caras altos, mas ao invés de cair de amores por mim por conta da minha impressionante altura, Charlotte ficava me provocando por causa da minha voz de garotinho. É claro que eu fingia que a provocação dela não significava nada pra mim, mas o efeito era o oposto.

Aquela noite perguntei ao meu mordomo, o senhor Castro, se ele poderia me ensinar a me barbear. Ele me olhou confuso, mas sempre foi como um pai pra mim e me mostrou como usar o creme de barbear, um barbeador e até uma lâmina. Aquela noite eu barbeei um rosto completamente sem pelos.

UM PRÍNCIPE NADA ENCANTADOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora