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Se Theodoro me tirar da festa já foi uma grande droga, a viagem de volta ao castelo foi ainda pior.

O Príncipe não aceitou que eu não quisesse mais conversar sobre aquilo e fez de tudo pra me tirar da minha tentativa de dormir.

No começo ele apenas tamborilou insistentemente os dedos hora no volante, hora na porta do carro e aquele barulhinho insuportável estava quase me tirando do sério, mas me mantive firme com os olhos fechados e ainda deitava em minha toalha contra o vidro da porta.

Quando ele viu que aquilo não surtiria o efeito que desejava, ligou o som, mas não me importei, eu preferia ouvir música a ouvir a voz dele.

Isso também não funcionou, então, quando eu menos esperava, ele desviou do caminho dirigindo lentamente por uma parte da cidade que eu não conhecia, parou em um drive thru de uma lanchonete e pediu milkshake.

Ele estava mesmo apelando.

O Príncipe me cutucou algumas vezes e eu fiquei me perguntando se só queria me acordar ou fazer cócegas de propósito porque eu ri de repente, dei um pulo e abri os olhos ao sentir o dedo dele em minhas costelas, mas parei de rir e ele só parou de me cutucar e de chamar por meu nome quando dei uns tapas na mão dele e olhei furiosa. Theodoro se encolheu um pouco quando o encarei com a paciência de um dragão.

— Como é que você gosta? — Ele perguntou e eu arregalei os olhos.

— O quê? — Perguntei indignada.

— Seu milkshake. — Theodoro exibia um sorriso torto que faria qualquer uma derreter, mas não eu. — Que sabor você vai querer? — Ele perguntou casualmente. Dei uma olhada para o lado e não havia ninguém na janelinha da lanchonete, olhei mais para dentro e vi duas funcionárias dando uns gritinhos e pulando. Que tolas. Elas não fariam aquilo se soubessem como esse Príncipe na verdade é um sapo.

— Eu não vou querer nada, obrigada. — Falei e vi quando as duas atendentes da lanchonete se empoleiraram na janela minúscula e ficaram olhando encantadas para o Príncipe Theodoro que sorriu para elas todo galanteador e elas se derreteram gritando novamente. Acho que ele não conseguia evitar. Theodoro era viciado em toda aquela histeria.

— Olá, meninas. — Ele falou com aquela voz grave e sedutora. Eu meneei a cabeça com pena delas, voltei a me deitar e a fechar os olhos. — Vocês querem fazer algumas fotos?

— O quê? — Eu me endireitei de novo. — Nós temos que voltar antes da meia noite, não se lembra? — Falei sem esconder o sarcasmo e ele olhou para mim, deu uma risadinha de lado, uma piscada e voltou a atenção para as duas.

Eu cruzei os braços irritada enquanto as garotas tiravam centenas fotos e o Príncipe Theodoro fazia caras e bocas divertindo as meninas às minhas custas porque eu sabia que ele estava fazendo aquilo de propósito.

UM PRÍNCIPE NADA ENCANTADOWhere stories live. Discover now