A Última Dança | Fred Weasley (Livro 3)

Sra. Fred e Sr. Olívia

Olívia queria um casamento pequeno, quieto e íntimo, mas ela parecia estar se esquecendo de um detalhe muito importante: estaria se casando com um Weasley, e os Weasley vêm aos montes.

Quando Fred começou a nomear todos que considerava essenciais para a lista de convidados, ela o fez cortar o máximo de pessoas possíveis, deixando somente seus familiares diretos (que já somavam cinco pessoas) e Lino. Sabia que provavelmente estava sendo muito dura, e sabia que era para disfarçar o fato de que ela mesma não poderia convidar ninguém além do seu tio Lionel.

Quase todos reagiram à notícia com a mesma sequência de emoções: primeiro o choque inicial, seguido por entusiasmo e felicidade, e por fim confusão (quando eles contavam que queriam realizar a cerimônia naquele mesmo dia).

"Mas... por que hoje?" balbuciava a Sra. Weasley, à beira de lágrimas, quando eles passaram n'A Toca para relatar a novidade. "Por que não esperar alguns meses para nós planejarmos uma festa..."

"Não queremos complicar as coisas", explicou Olívia.

"Estamos sendo espontâneos", complementou Fred, arrancando uma bufada da mãe.

"Isso não é pressa por causa de..." Ela não completou a frase, apenas olhou de relance para a barriga de Olívia.

"Ah, céus, não!" Os dois exclamaram ao mesmo tempo.

"Certo, eu só precisava me certificar..."

"Ok, vamos dar o fora daqui", disse Fred, o rosto vermelho como um pimentão, encaminhando Olívia para fora. "Será no Chalé das Conchas, ok?" ele gritou, saindo pela porta da frente. "Ao pôr do sol."

Eles descobriram, por fim, que não era tão difícil assim organizar um casamento - desde que você não se importasse muito com os detalhes, é claro. Gui e o Sr. Weasley conseguiram improvisar uma tenda e um arco de flores na praia em frente ao Chalé das Conchas, o tio Lionel trouxe caixas cheias de bebidas, a Sra. Weasley conseguiu preparar um banquete em questão de horas, e Fleur restaurou um vestido antigo para que servisse Olívia, além de lhe emprestar a tiara que usara no próprio casamento.

Eles haviam escalado Jorge para ser o oficiante, que aceitou a posição de muito bom grado e em seguida se trancou em um quarto para preparar o seu discurso.

"A posição de padrinho está disponível, então?" Lino disse, cutucando Fred com o cotovelo, após Jorge sair.

"Estamos mais precisando é de uma daminha de honra", Fred respondeu, com um sorriso travesso. "Alguém adorável para salpicar flores no caminho até o altar."

"Ah, parece perfeito."

"Também precisamos de um pajem", Olívia lembrou.

"Bem, eu estava pensando em descer o vampiro do sótão dos meus pais", disse Fred. "O único problema é que ele está coberto de pústulas roxas e vai pingar baba em cima das alianças."

"Ah, nossa, deixe-me pensar", ela resmungou, revirando os olhos. "Não."

"Ah, qual é, Liv", Fred insistia. "Quantos casamentos você já foi que tinham um vampiro como pajem?"

"Zero, e por um bom motivo."

Fred, eventualmente, desistiu da ideia do vampiro, e eles concordaram que Lino seria o responsável pelas alianças. Estas foram providenciadas por Carlinhos, que chegou ao final do dia com dois anéis de ouro polido.

"Ouro de dragão", ele anunciou, orgulhoso. "Forjado pelas chamas de um Focinho-Curto sueco."

"Irado", Fred uivou.

"Isso é incrível, Carlinhos, obrigada", Olívia disse, enquanto Fred tentava admirar o metal em luzes diferentes. "Como você conseguiu?"

Ele deu os ombros. "Tinha um favor para cobrar de um amigo."