Au Pair | Jenna Ortega

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Jade Baldassare

Ok, mais uma vez na minha vida que tudo começaria a acontecer ao mesmo tempo ou - se eu tiver muita sorte - em um curto período de tempo.

Jenna estava voltando para casa nesse exato momento, eu tinha um pedido de namoro para montar, na outra semana teria a pré estreia de Wednesday e um evento enorme, e no final do mês eu entraria de férias e não fazia ideia se ia para o Brasil, pra o México ou ficava nos Estados Unidos.

Eu estava com saudades dos meus pais? Não, na verdade estava com saudades dos meus primos e tios e do país em que eu nasci. O mesmo se aplicava no Brasil já que tinha bastante amigos e amigas lá, mas ir para o México era sempre mais fácil por ser cidadã de Playa del Carmen.

Além de ter que estudar para o Application e todas as milhões de provas e testes de mérito que eu tinha me enfiado, imigrante não pode dar mole de jeito nenhum.

E tudo isso, enquanto tento diariamente evitar que Mya cometa suicidio já que é muito pequena para ter noção do perigo, lido com o início da pré pré pré adolescente de DJ e todos os questionamentos infantis de Cash que também depende de mim.

Acho que vou enlouquecer antes de entrar na faculdade.

— Não bate no seu irmão! - Segurei a mão dia Mya no ar que ia em direção a cabeça de Cash que estava mais grudado em mim do que o normal.

— Não. - Mya disse a única palavra que ela realmente sabia o significado e que era a mais presente em seu vocabulário de nove meses.

No momento eu equilibrava Mya no meu colo enquanto colocava a comida de DJ que estava sentado no balcão e Cash que estava agarrado a minha cintura desde que acordou.

— Vem, filha! - Levei um sustinho quando Mariah voltou do quintal e estendeu as mãos para Mya que soltou um grito agudo em resposta mas não quis sair do meu colo. — Interesseira, a Jade não vai te dar mais comida.

— Não. - Mya disse mostrando seus poucos dentes em uma careta que ela fazia bastante ultimamente. Beijei sua bochecha gordinha e Mariah a pegou no colo mesmo contra sua vontade.

— Eu termino aqui, para de trabalhar Jane, vão achar que você é minha escrava. - Ela bateu na minha bunda e eu dei risada.

Mariah trabalhava pra caralho, eu trabalhava pra caralho. Nós duas estávamos mortas. E a união fazia a força, mas a gente já não tinha nenhuma.

— Cash a gente não é gêmeo, muito menos siamês! - Falei para o garotinho e ele nem deu importância apertando mais os braços em volta da minha cintura. - O que foi?

— Colo, edaj! -Ele fez manha esticando os braços.

— Ah! você voltou a ser neném de fraudinha e mamadeirinha? - Peguei ele no colo e fui em direção a sala de estar, o garoto tinha alguns quilos a menos que eu e sinceramente ficar com ele no colo e em pé não era nada fácil.

— Não. - Ele se agarrou em mim e eu já comecei a ficar um pouco preocupada.

— O que foi Cashey? - Me sentei no sofá e o ajeitei em minhas pernas.

— Nada. - Ele resmungou mas não tirou a cabeça do meu ombro. - Não quero falar.

Eu suspirei, Cash só iria me dizer o que estava acontecendo depois de um tempo considerável e apenas quando se sentisse confortável. Era algo na escola, eu tinha certeza.