Sophia Adams.
Estava quase cochilando no sofá depois de tomar meu café da manhã, quando batidas vindas do outro lado da porta me despertaram.
Caminhei até a mesma e me perguntei quem poderia ser tão cedo. Abri a porta e meus olhos encontraram o Noah, parado com uma tigela nas mãos.
- Para você. - Estendeu os braços e gesticulou para a tigela de vidro. - Carol aprendeu a fazer cupcakes e me mandou te entregar alguns pessoalmente.
Fiz menção para falar, mas o meu pai foi mais rápido, quando espreitou por cima da minha cabeça e viu os cupcakes.
- Noah! Isso na tigela são cupcakes? É um suborno para que eu te deixe namorar a minha filha? - O encheu de perguntas, sem tirar os olhos famintos dos bolinhos.
- James! - Minha mãe surge atrás dele, o repreendendo. - Não perturbe o garoto com suas perguntas descaradas!
- Mas eu só fiz algumas perguntas básicas. Não é como se fossem questionários de matemática.
- Vamos! Estou sozinha na cozinha, quero que me ajude. - Autoritária, minha mãe o arrasta para dentro da cozinha contra a sua vontade.
- Não imaginava que o seu pai me queria tanto como genro. - Ele riu, parecendo se divertir com todo o ocorrido.
- Desculpa por isso.
- Sem problema. - Deu de ombros, me entregando a tigela azulada. - Guarde-os na geladeira, acabei de ter uma ideia para juntar Katherine e o Thomas.
***
Subimos para o meu quarto silenciosamente, sem atrair a atenção dos meus avós que estavam no outro quarto ao lado.
- Pronto, pode começar a falar. - Pedi imediatamente, após fechar a porta atrás de mim.
- Eu vi em um filme o seguinte...
- Calma aí! - O interrompi. - Você se baseou em um filme?
- Sim. Agora, deixe-me falar! - Exigiu se sentando na minha cama. - Senta aqui e me escuta.
Observo-o bater a palma de sua mão sobre o colchão repetidamente, gesticulando para que eu sentasse ao seu lado. Assim, me aproximei da cama e me sentei.
- Podemos marcar um encontro sem que eles saibam. Você fala com a Kathe e eu falo com o Thom.
- Deixa eu ver se entendi. Teríamos que marcar um rolê com cada um deles e não comparecer? - Recapitulei e ele afirmou com a cabeça. - Até que não é uma ideia ruim.
- Não é? Eu sou um gênio por ter pensado nisso. - Ele se vangloria e eu seguro a minha risada. - Ei, você está querendo rir de mim?
- Eu? Jamais... - Comprimo meus lábios, impedindo que minha risada frouxa escapasse.
- Como não? Você está parecendo um tomate de tanto segurar o riso!
- Eu já disse que não tô! - Digo firme, mas sou surpreendida por um ataque de cócegas. - Para, Campbell!
Gargalhando, jogo meu corpo para trás e caio de costas na cama. Insistente, ele continuou me fazendo cócegas, agora, estando por cima de mim.
Devido ao meu descuido de não trancar a porta, meus avós acabam entrando no quarto e paralisam quando nos veem na cama.
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Memórias
RomanceSophia Adams, estudante de psicologia que mora em Los Angeles com seus pais. Depois de anos, ela aproveita as férias da faculdade e resolve ficar um tempo na casa de seus avós, em Laguna Beach, onde passou sua infância e adolescência. Lá, ela encon...