QUARENTA

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Martina

Eu me pergunto todos os dias o que fiz para merecer isso. Sofrimento atrás de sofrimento. Tortura atrás de tortura. 

Meus braços estão amarrado por uma corrente que esta pendurada no tento, meu corpo esta fraco, estou totalmente sem roupa. Sinto muita dor entre as pernas, eu não quero admitir pra mim mesma o que aconteceu nas ultimas horas, eu tenho nojo de mim mesma. Nojo.

Meu corpo todo dói. Minha alma dói e meu coração está em pedaços. Foi um erro eu ter nascido, foi um erro eu ter vivido até hoje, a única coisa que me salvaria hoje seria a morte, não consigo mais sofrer.

- Ola garota, estoy de volta- essa voz me amedronta de uma tal maneira, toda vez que a ouço sei que uma agressão e... um abuso esta próximo.

Ele passa as mãos pelos meus seios e as lagrimas caem, como eu quero morrer. Eu sinto os dedos dele em mim e depois... o membro me preenche da forma mais dolorida possível, tenho que segurar a ânsia.

Depois de terminar ele passa a boca por um dos meus seios e sinto um arrepio horrível. 

- Que doçura, meu pau fica tão confortável ai dentro- nojo. 

Não tenho forças para me desviar, eu quero a morte o mais rápido possível.

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Juan

- Valentim, para de socar tudo que vê, isso não resolve- não tem uma coisa que ele tenha dado um chute ou um murro.

- Cala essa boca, não me enche a porra do saco.

O Valentim tá fora de si, o cara atirou numas quatro pessoas que deram informações erradas, ele está irracional e nem se quer passou perto de droga. Meu celular vibra e o que eu vejo me faz querer arrancar a cabeça do Pablo e do Henrique.

- Que foi?- não respondo, é a coisa mais nojenta que eu vi- Filho da puta, o que você tá vendo nessa porra?

- Valentim- meu nervosismo atrapalha, tenho medo do quanto ele vai surtar- Fotos da Martina com o Pablo. Ele estava dentro da Martina e ela com os olhos vendados e com muitos machucados pelo corpo.

O Valentim esta pior que antes, esse cara vai matar meio mundo. 

- Eu quero as duas- ele pede as duas armas que estão comigo- E um punhal, eu vou abrir esse cara no meio- toda aquela ira sumiu e deu lugar para algo muito pior. Frieza.

- Eu vou com você.

- Não, eu quero que você tente achar onde ela esta. Eu vou atrás do seu irmão.

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Valentim

A Beatriz não tem nada a ver com isso, mas se ela casou com aquele verme, ela vai saber onde ele esta.

- Olá, posso entrar- ela se assusta quando abre a porta. Minhas roupas estão sujas de sangue e estou com tanto ódio que pareço um louco.

- O Henrique não está aqui- esperta, ela tenta fechar a porta, mas seguro com o pé.

- Vou te avisar uma vez- a agarro pelo pescoço forte o suficiente pra ela se debater- Se não fizer o seu marido chegar aqui em cinco minutos, eu vou estourar os miolos do seu filho.

- Por... fa...-

- Anda!

- Por favor o Junior é uma criança- ela digita algo.

- Liga e fala que o menino passou mal e sem chorar.

Ela liga e começa com uma choradeira, que mulher burra, não me contenho e atiro na perna dela, deu pra sentir o ligamento do joelho se romper.

- Eu disse para não chorar filha da puta!

Ela passou os próximos cinco minutos implorando para não matar o filho dela.

- Você sabia que o desgraçado do seu marido estuprou uma garota inocente ontem e matou várias crianças hoje? Eu não estou nem ai em mandar a sua cabeça e a do seu filho para ele velar.

- Por favor, eu não sei de nada.

- Junior, o tio Timtim tá aqui, vim te ver um pouco- o menino desce as escadas todo alegre, até ver a mãe e o monte de sangue.

- Não, por favor meu filho não.

- Junior, seu pai tá atrasado. Eu dei a ele cinco minutos e ele não chegou.

- O que aconteceu mamãe- o menino deu as costas para mim e no momento em que aponto a arma pra ele, o Henrique entra pela porta.

- Seu covarde.

- Seu pai chegou Junior, um pouco atrasado.

- O que você fez com ela?

- Junior, faz um desenho para o tio? Sua mãe tá só brincando- o menino sorri e corre para fazer meu desenho, em nenhum momento eu deixei que ele vesse a arma- Foi um prazer te conhecer Beatriz- eu dou um tiro na cabeça, eu avisei que matar é um vicio.

- Seu desgraçado- ele avança sobre mim e garanto que foi a pior ação que ele poderia ter tido

- Eu? Você estuprou a Martina- um soco- Deixou marcas irreversíveis nela- um soco- Foi pior que a morte- outro soco- Você matou várias crianças- outro soco- Você feriu o coração puro da minha garota- um tiro na coxa- Você me traiu, traiu a sua família- outro soco- Você esta matando a mulher que eu amo de dentro para fora- os gemido de dor dele não me assustam e espero que a Jimena cuide do Henrique- Você vai me levar onde a Martina esta.

- Nunca! Nunca!

- Não vai?- saco o punhal e cravo no ombro direito, a linha fina de sangue escorre e a sigo com o punhal, as lamurias dele são musicas para meus ouvidos- Junior? o desenho está pronto?

- Ainda não, falta colorir.

- Você não vai atirar nele, eu sei disso.

- Então porque você chegou no minuto certo? Você sabe muito que eu vou fazer isso- continuo descendo com a faca- Vou contar até três e se no um você não começar a abrir essa porra de boca, eu vou matar seu filho e você vai presenciar... Um...

- Ela está aqui.

- Onde?- eu rosno, não é possível que ela esteja tão de baixo do meu nariz assim- Onde?

- Aqui... em algum lugar- o idiota realmente acha que estou brincando- Você nunca seria capaz de atirar no meu filho, você é um fraco e em mim você não pode atirar, você precisa de informações.

Eu subo as escadas e vou direto no quarto onde ele está, foda- se.

- Sinto muito Junior- puxo o gatilho, matar é a porra de um vício maldito. Os olhos do Henrique refletem a raiva- Eu sempre vou proteger as pessoas que amo, mesmo que custe a vida de um inocente.

- Seu desgraçado, filho de uma puta- ele avança e eu deixo que me acerte com alguns golpes- A puta não vale a vida do meu filho, não.

- Seu filho não vale a vida da minha garota, nunca. Agora ele está morto.

- Esse cartel desgraçado. Foda- se você, aquela puta e minha mãe- ele saca uma arma e aponta pra mim e antes que ele pense eu estouro o pulso dele com um tiro- Me mate, já tirou tudo que eu amo mesmo- ele encosta a cabeça no cano tá arma- Puxa essa merda de gatilho. Vai!

- Se você- aperto a ferida no ombro dele- Me dizer onde está a Martina, eu te dou uma morte digna.

O desespero do Henrique me impressiona, ele só caiu na real quando perdeu o filho e a esposa, ele tem que queimar no fogo do inferno.

- Ela tá na casa do Pablo e provavelmente ela te odeia mais ainda- me arrependo amargamente quando ele sorri e me mostra uma câmera escondida- Ela viu tudo Valentim, agora ela sabe que você é um cara cruel e frio.

Ele me mostra um celular e eu vejo ela... toda suja e machucada, os olhos estão vermelhos e as lágrimas escorrem como se ela pedisse ajuda silenciosamente.



A PROTEGIDA- UMA HISTÓRIA DE CARTEL (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now