QUINZE

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Valentim

Se passaram seis dias desde que a Martina sumiu e hoje o Rojas me ligou e eu propus um acordo. O Ector tinha me dado algumas localizações mas nenhuma deu certo e hoje ele me mandou outra, mas o acordo é mais garantido.

- Quer que eu vá?- o Juan me pergunta.

- Quero que você vá até esse lugar- o entrego a localização que o Ector me deu e ele acena que sim- Estou saindo, toma cuidado.

Eu vou até onde ele esta e o desgraçado esta sentado como se nada tivesse acontecido.

- Hola Timtim, ven y siéntate, tomaremos café (Oi Timtim, venha sente-se, tomaremos café) eu odeio quando ele me chama dessa forma.

- No estoy aquí para rodeos. He venido a cumplir mi parte del trato. (Não estou aqui para rodeios, vim cumprir minha parte no trato)

- Cálmate hijo mío, al menos tómate un café. (Acalme-se meu filho, tome pelo menos um café)

- Volveré a Colombia... a tu cártel y a cambio me dirás dónde está Martina y la entregarás sana y salva a Jimena (Eu volto para Colômbia... para o seu cartel e em troca você me diz onde a Martina esta e a entrega para Jimena sã e salva)- meu acordo é esse. Se ele me quer eu vou, não aguento ver o o sofrimento da Jimena.

- No es así, Valentine. A su mamá le pagaron por eso. (Não é assim Valentim. A mãe dela foi paga por isso)

- ¡Te devolveré el dinero y podrás terminar con esto! (Te devolvo o dinheiro e pode acabar com isso)

- ¿Te das cuenta de que la estás comprando de nuevo?- (Se dá conta que esta comprando-a de novo?)- será necessário e ela não saberá disso.

- ¿Tenemos un acuerdo o no? (Temos um acordo ou não?)- ele pensa um pouco e estende a mão para mim

- Tenemos. Tú vales más que esa zorra. (Temos. Você vale mais que aquela vadia)- ele chama um cara, que sai para pegar alguma coisa. E assim que eu me levanto pra ir embora eu dou ele um soco e aplico um remédio que vai deixa-lo inconsciente por um tempo, o mal de um velho como ele é subestimar as pessoas e andar com um capanga só ou achar que eu seria otário de cair no papo dele.

-¡No vuelvas a hablar así de ella! (Não volte a falar assim dela)- eu saio e vou atrás do Juan. Não ando com arma, mas é necessário, já que fui encontrar com o Rojas e eu nunca sei do que ele é capaz.

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Martina

Eu mão consigo abrir meus olhos. Mesmo eu falando que não sei nada, eu continuei apanhado e pra piorar minha humilhação, a menstruação desceu há uns dias e sujou toda minha roupa e eu não ganhei nenhum absorvente se quer. Apenas ouço o barulho de passos, pois não enxergo nada.

- Seu tempo tá acabando e se o chefe chegar vai ser muito pior- a voz é diferente. Esse homem chegou tem uns quatro dias, eu não sei quem é- Sabia que o Valentim negou um acordo? Você é a moeda de troca do Rojas. Se o Valentim aceitar voltar, você está livre, mas se ele recusar você será vendida para uma casa de prostituição- meu coração acelera e fico cada vez mais desesperada.

- Porque vocês estão fazendo isso?- minha voz sai embargada- Eu não sei de nada- ouço uma arma ser destravada.

- Você esta pagando pelo erro dos seus pais, apesar do seu pai ter pago com a vida e a sua mãe você já sabe- eu ouço o som do disparo e também uma dor crescente na minha perna, meu extinto é levar a mão no lugar. Eu não consigo falar e nem respirar, a dor é agonizante e definitivamente eu espero a morte.

- Po... fa... vor, eu não quero morrer- são as únicas palavras que eu consigo dizer. Eu estou tremendo e com muita dor, não comi nesses dias e tive várias crises de hipoglicemia e meu corpo esta fraco o suficiente para um desmaio.

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Valentim

O Juan chegou e primeiro e caralho, ele fez um estrago em quem estava aqui. Tem corpos sem vida por todo o lugar.

- Você fez isso sozinho?- ele sorri e dá de ombros- Me lembre de nunca te irritar.

Tomo a frente e vou, o Juan tem habilidades excelentes, mas não é responsabilidade dele cuidar da Martina.

- Vou ficar de vigia, caso alguém apareça- mando o joia e sumo. Meu sangue ferve a cada passo que dou pra dentro do lugar.

O lugar é tipo um galpão, não tem muita coisa e da pra ouvir o eco do meus passos. No caminho para cá o Juan me indicou um lugar atrás do galpão que da de frente para uma porta e eu vou onde ele me disse.

A porta esta trancada e pela dobradiça ela abre para dentro. Tudo tem que ser feito uma vez e eu não sei se quem tá ali tá armado e nem com o que, com um chute a porta abre e a cena que eu vejo me deixa chocado e irado ao mesmo tempo.

- Então é por isso que você estava todo nervosinho- eu digo me aproximando- Você ajudou eles seu filho da puta- encosto o cano da armar na testa desse desgraçado, enquanto ele me olha espantado- Você traiu sua própria mãe imbecil- estou gritando e não consigo mensurar a dor e a raiva que eu estou sentindo.

- Atira- ele pede e eu cogito mesmo, mas não faço- Eu dou uma cabeçada e ele cambaleia para trás. Em seguida dou alguns socos e chutes, mas minha vontade é descarregar um pente inteiro na cara dele.

- Seu desgraçado! Filho da puta- ele caiu no chão e continuo batendo, os nós dos meu dedos reclamam, mas não paro até o Henrique está com o rosto coberto de sangue.

- Quem tá ai?- eu ouço uma voz fraca e olho pelo espaço. A Martina. Ela esta encolhida no chão muito machucada, os olhos dela abrem apenas um fresta, o rosto esta uma mistura de vermelho e roxo e... tem muito sangue, muito.

- Por favor, eu não quero morrer! Eu já disse que não sei de nada... Não fiz nada- eu sinto uma coisa estranha. Um nó na minha garganta e um gosto amargo na boca- Eu imploro... não me mate- ela diz aflita.

A PROTEGIDA- UMA HISTÓRIA DE CARTEL (CONCLUÍDA)Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin