— Me solte, Harry! Agora!

— Não!

Bati mais forte. Ele me jogou em cima de Bella — a égua —, desamarrou a corda que a prendia ao tronco e subiu atrás de mim.

— Você é um animal!

— Você também é um deleite, meu bem. — ele me segurou forte pela cintura, fazendo a égua correr ainda mais rápido.

Segurei nos braços de Harry, com medo de cair.

— Não sabe andar a cavalo, não é? — ele sorriu, vendo minhas mãos agarradas ao braço dele que envolvia a minha cintura. — Agora entendi por que recusou andar naquele dia.

— Não lhe interessa!

— Vou te ensinar a andar essa semana.

— Não quero nada que venha de você!

— Não estou entendendo a sua raiva. Eu que estou furioso com você.

— Eu estava me divertindo!

— Dançando em volta de mais de uma dúzia de homens? Perdeu a cabeça?

— Se você se diverte com outras mulheres todas as noites eu também devo me divertir! Ou se esqueceu que eu estou procurando um marido? Você arruinou todas as chances que eu tinha hoje quando gritou a todos pulmões que éramos casados.

— Acha que é assim que irá conseguir um marido? — a voz dele saiu irritada. — Para a sua informação, eu não estou me divertindo com outras mulheres! Estou ocupado passando as minhas desperdiçadas noites com um maldito de um coelho!

— Não fale do meu coelhinho!

— Se colocar aquele maldito animal na cama hoje à noite de novo, eu juro que jogo ele no rio.

— Eu jogo você junto.

E assim, brigamos a noite toda.

Harry — o coelho — dormiu conosco.

No dia seguinte, procurei o livro de romance que estava lendo pela casa

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No dia seguinte, procurei o livro de romance que estava lendo pela casa. Era o meu preferido, e eu não fazia ideia do porque ele não estava na caixa que eu havia guardado. O dia estava ensolarado e eu estava ansiosa para ir para a minha árvore de refúgio e ficar lá até ver o sol se pôr.

Harry não estava na cabana. Então, sem ter mãos extras para me ajudar a mover alguns móveis para ver se ele havia caído em algum canto, coloquei o tapete novo que tinha bordado em frente à lareira e decidi ir para a árvore mesmo assim. Seria bom observar a natureza por um tempo.

Deixei meu coelhinho comendo cenoura em seu cantinho, que era feito com uma fronha de seda, e andei até a floresta.

Meu queixo foi ao chão quando cheguei à minha árvore.

— Boa tarde, meu bem. — Harry sorriu sem me olhar, deitado em meu tronco com o meu livro nas mãos. Sereno, ele passou uma página.

— Eu só vou dizer uma vez. — respirei fundo. — Desça daí. Agora.

Insensato AmorWhere stories live. Discover now