🔞 26 - Kelly 🔞

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Aviso: contém (muito) hot.

Acordo. E, apesar da dor de cabeça não estar tão ruim, não recomendo, porque o meu primeiro pensamento coerente - que, na verdade, não é um pensamento e sim uma operação matemática - é : eu + álcool = humilhação. Uma adição, e bem simples.

O espumante do réveillon me fez ligar para o meu chefe.

Os drinques da semana passada me deram coragem de flertar com o meu melhor amigo e aceitar ser beijada, o que, obviamente, não foi ruim.

E as Kryptonitas de ontem me levaram a tirar o pênis dele de dentro da calça, masturbá-lo e pedir...não, implorar para ser comida.

Porra, eu implorei que Juliano me comesse.

Eu.

Implorei.

Que.

Ele.

Me.

Comesse.

Por favor, Deus, desconsidere o fato de que eu tenho incomodado-O bastante nos últimos dias e me leve.

O quanto antes, porque Juliano está prestes a acordar e eu não quero ter que encará-lo.

- Você tá acordada, não tá, Kellyzinha? - ouço-o perguntar às minhas costas. - Suponho que você esteja pensando na noite de ontem...

- Tô sim - assinto, sentando na cama. - Vo...você se importaria de ir embora enquanto eu tomo banho? Porque eu e a minha humilhação queríamos ficar sozinhas e...

- Não me importo de ir embora, amor, mas a gente precisa conversar. - Ele toca uma das minhas mãos. - Você poderia olhar pra mim?

Pisco os olhos algumas vezes para afastar as lágrimas e me viro. Juliano está sentado na minha cama, despenteado, com cara de sono...e vestindo apenas uma cueca da Emporio Armani.

Boxer.

Azul marinho.

E que, apesar da cor e do tecido não tão ralo, falha miseravelmente em disfarçar que ele está excitado.

Muito excitado.

- Você... - Os meus olhos se fixam na frente da cueca. - Você...

- Sim, e você é a culpada. Eu tava olhando pra sua bunda, e...porra, eu amo a sua bunda. - O olhar do meu amigo desce para o decote do meu pijama e os meus mamilos enrijecem. - Também gosto dos seus peitos, gatinha, mas a sua bunda...!

- Hã..., o...obrigada?

- Você não sabe o que responder, não é? Tão inocente. - Ele levanta da cama e toca o meu queixo de leve, forçando-me a encará-lo. - Eu quero você, Kelly. Quero pra caralho, e a única coisa que me impede de te foder agora mesmo é a certeza de que nós dois não estamos na mesma página.

- Co...como assim?

- Você quer namorar, casar na igreja, ter filhos e um felizes pra sempre, meu anjo; eu não. Sequer tocaria em você se estivesse pensando normalmente, mas não tô. - O irmão de Ricardo passa o nariz pelo meu pescoço. - Há duas semanas que eu não consigo pensar em nada que não seja você e o seu cheiro, Kelly Müller. Você alugou uma mansão...não, um castelo na minha cabeça.

Fecho a boca com a palma da minha mão, o coração batendo com tanta força e tão rápido que eu não consigo respirar direito.

Inspiro.

Expiro.

- Juliano, eu...você... - murmuro, ainda sem ar.

- Quero ficar com você, Moranguinho. - Os olhos azuis se fixam nos meus. - Quero ser o primeiro a te tocar e te provar, quero...porra, eu quero todas as suas primeiras vezes! Não deveria querer, mas quero.

Um Clichê Para KellyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora