The Witch of Beyond the Forest

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“Quando coisas terríveis acontecem, minha mãe sempre diz ‘encontre o lado bom’”, falou Hester, ofegante, passando rapidamente por Cástor e Beezle, petrificados no Salão da Malícia.

“Quando coisas terríveis acontecem, meu pai sempre diz ‘coma’”, disse Dot,
arfando, virando no corredor atrás dela. Ambas trombaram com Mona e
Arachne...

“O que está acontecendo!”, Mona gritou...

“Vão para os seus quartos!”, Hester berrou. “Não saiam.”

Mona e Arachne entraram correndo e trancaram a porta.

Hester e Dot desceram rapidamente a escada e viram Hort, Ravan e Vex subindo.

“Vão para seus quartos!”, Dot gritou.

“Não saiam!”

Os garotos olharam para Dot, depois para Hester.

“Agora!”, Hester berrou, e eles saíram correndo.

“Suponhamos que eu seja uma capanga?”, disse Dot, fazendo bico. “Então não estaremos na mesma turma no ano que vem!”

“Se é que ainda sobrará algo da escola!”, Hester falou.

Elas passaram correndo pelo salão das escadarias, berrando para que os assustados Nunca fossem para seus quartos.

“Eu consigo pensar em uma coisa boa”, disse Dot. “Nada de dever de casa!”

Hester parou subitamente, de olhos arregalados.

“Dot, nós não estamos preparadas
para uma bruxa de verdade. Somos do primeiro ano!”

“É Sophie”, disse Dot. “A mesma garota que gosta de perfume e de cor-de-rosa. Só precisamos acalmá-la.”

Hester abriu um sorriso.

“Sabe, às vezes nós não lhe damos o crédito que você merece.”

“Venha”, Dot corou, seguindo adiante.
“Talvez Anadil a tenha encontrado.”

Depois de evacuar o restante do hall da Malícia, as duas garotas seguiram
mancando, exaustas, até o quarto 66, e encontraram sua colega de quarto recostada em lençóis amontoados.

“Estão todos trancados em seus quartos”, disse Dot, abanando a túnica para se refrescar.

Limpando o suor, Hester franziu o rosto para Anadil.

“Você pelo menos procurou por Sophie?”

“Não precisei”, Anadil bocejou. “Ela está vindo pra cá.”

“Pra cá?”, Hester fungou. “E como neste mundo você poderia saber disso?”

Anadil puxou os lençóis, revelando Grimm, preso e amordaçado.

“Porque ele me disse.”

Na Escola do Bem, Chaddick e Tedros
mantiveram guarda do lado de fora do Salão Comunitário da Coragem, com as camisas rasgadas e ensanguentadas. Dentro do refúgio cheio e mofado, as garotas cochilavam nos braços
de seus pares do Baile, enquanto Beatrix e Reena socorriam os meninos feridos com pomadas e ataduras. Quando o sol nasceu elas também estavam dormindo.

Só Carina não se atreveu a descansar.
Encolhida em uma poltrona de pele de zebra, ela pensava no menino fada que um dia havia lhe trazido suco de pepino e cookies de farinha integral quando estava doente.

Esse menino se foi.
Ela olhou pela janela, vendo a ponte pouco iluminada, com os professores petrificados, uma onda mágica congelada abaixo deles. Não houve
acidentes, nenhum grande erro. Tudo isso fazia parte do plano do Diretor da Escola. Ele queria suas duas melhores alunas em guerra. Mas de que lado ele estava? Quando o sol banhou a sala, Carina manteve os olhos abertos, à espera do próximo passo de Sophie.

The Queen of Your Heart - SGEWhere stories live. Discover now