Boys Spoil Everything

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Cada escola tinha uma entrada separada para o Teatro das Fábulas, que era dividido em duas metades. As portas do lado esquerdo davam para a seção dos alunos do Bem, decorado com bancos cor-de-rosa e azul, frisos de cristal e buquês cintilantes de flores vitrificadas. O lado direito dava para a seção dos alunos do Mal, com bancos de madeira,
entalhes de assassinatos e tortura, e estalactites mortais penduradas no teto. À medida que os alunos entravam em seus lados para as boas-vindas, as fadas e os lobos protegiam os corredores de mármore prateado entre eles.

Carina avistou Agatha e correu ao seu encontro. Quem não queria ser amiga de uma bruxa?

"Olá, eu sou Carina", ela se apresentou e estendeu a mão, mais Agatha a olhou desconfiada. Carina abaixou a cabeça. "Então tá."

"Não, não espera! Desculpa e que muitas dessas princesas são idiotas e eu só queria manter a distância. Eu sou Agatha." Disse ela.

"Agatha... Lindo nome!" Carina sorriu para ela fazendo Agatha cora.

Agatha explicou o que estava acontecendo e como iria fazer de tudo para voltar para casa com sua amiga Sophie. Sophie era uma Nunca que Afirmava ser uma Sempre e que estava na escola errada. Carina se lembrou das palavras da mãe. Cuidado com as suas escolhas.

Ela ficaram em silêncio até uma loira que usava um trapo velho. Apenas os melhores Mal pode se desfasar de Bem.
Agatha puxou-a para um abraço.

"Eu encontrei a torre do Diretor da
Escola! Fica no fosso e tem guardas, mas se nós conseguirmos chegar até lá,
podemos..."

"Oi! Que bom ver você! Dê-me suas roupas", disse Sophie, olhando o vestido rosa de Agatha.

"Ahn?"

"Rápido! Isso vai resolver tudo."

"Você não pode estar falando sério! Sophie, não podemos ficar aqui!"

"Exatamente", Sophie sorriu. "Eu preciso estar em sua escola e você precisa estar na minha. Exatamente como conversamos, lembra?"

"Mas seu pai, minha mãe, meu gato!", Agatha vociferou. "Você não sabe como eles são aqui! Eles vão nos transformar em cobras, ou esquilos, ou arbustos! Sophie, nós precisamos voltar pra casa!"

"Agora estou confusa, eu achei que as duas queriam voltar para casa?" Carina se aproximou.

Os olhos de Sophie brilharam de um jeito estranho que fez com que Carina desse um passo para trás.

"E quem seria você?" Sophie a olhou de cima a baixo. 'Ela é bonita... Não mais do que eu.'

"Sou Carina de Marmorea e espero ser a mais nova amiga de Agatha!" Ela sorriu enquanto dava pequenos pulinhos.

"Amigas? Não! Não! Não!" Exclamou Agatha.

"Oque? Eu achei qu-"

"Você não é minha amiga! E nunca vai ser!" Agatha puxou Sophie para longe.

"Otimo, eu perdi uma ótima companhia..."

Carina virou-se de costa e encontrou Kiko acenou para ela. Carina abriu um sorriu e marchou até ela. Elas se sentarem juntas e viraram confidentes uma da outra. A sua esquerda, Carina escutou barulho de aço e um marcha de botas. As portas do lado esquerdo foram escancaradas para sessenta garotos belíssimos com espadas em punho.

Todos tinham peles bronzeadas, que era possível ver por debaixo das mangas azuis-claras e dos colarinhos
engomados; botas de cano alto
combinavam com os paletós acinturados e as gravatas finas de nós bem dados, cada uma delas bordada com uma única inicial dourada.
Enquanto os meninos cruzavam as lâminas alegremente, suas camisas saíam das calças beges justas, revelando cinturas finas e lampejos de músculos.
O suor brilhava nos rostos, enquanto eles se lançavam pelo corredor, com as botas batendo no mármore, até que rapidamente a luta de espadas chegou ao seu clímax, com meninos prendendo outros meninos junto aos bancos.
Em um último coro de movimento, eles sacaram rosas de suas camisas, e com um grito de "Milady!", jogaram-nas às meninas que mais lhes chamaram a
atenção.

Carina se surpreendeu quando se encontrou com várias rosas, bonitas. Mais nenhuma uma branca.

"Que pena", ela se virou para Kiko. "nemhuma uma rosa é branca."

Carina se virou rapidamente quando as portas foram escancaradas mais uma vez. Um menino, não! Era o mesmo menino!

Seus cabelos eram como um halo cor de ouro, seus olhos azuis pareciam um céu sem nuvens, sua pele era da cor da areia quente do deserto, e ele reluzia como um nobre, como se o sangue em suas veias fosse mais puro que o dos restantes. Ele deu uma olhada para os garotos armados com espadas, puxou a sua... e sorriu.

Quarenta meninos vieram para cima dele de uma só vez, mas ele desarmou cada um deles com a velocidade de um raio. As espadas de seus colegas de classe empilharam-se aos seus pés, enquanto ele os afastava sem causar-lhes um só arranhão.

Sophie sonhava acordada, boquiaberta, enfeitiçada. Agatha torcia para que ele se espetasse acidentalmente. E pela primeira vez em um duelo, Carina não fugiu ou ingnorava as pessoas ao seu redor. Em vez disso, ela começou a arrancar as pétalas de uma das rosas e desejou que a luta acabasse logo.

Ela, porém, não teve sorte pois o garoto descartava cada novo desafio com a mesma rapidez que surgia, fazendo o T bordado em sua gravata azul reluzir a cada dança de sua espada. E quando o último dos príncipes quedou-se
abismado e sem espada, ele embainhou a sua e sacudiu os ombros, como se dissesse que aquilo não queria dizer nada. Contudo, os meninos do Bem sabiam o que aquilo significava. Os príncipes agora tinham um rei.

Enquanto isso, as meninas do Bem já sabiam que cada princesa de verdade
encontrava um príncipe, portanto não havia necessidade de brigar. Entretanto, esqueceram-se daquilo quando o garoto dourado puxou uma rosa da camisa. Todas elas pularam, acenando com seus lencinhos, agitadas como gansos na hora de comer. O menino sorriu, Ele não estava nem aí para elas. Ele olhou para Carina que ainda tinha a atenção na rosa.

Agatha viu Sophie mexer-se tarde demais. Ela correu atrás dela, mas Sophie disparou pelo corredor, pulou por cima dos bancos cor-de-rosa, saltou para alcançar a rosa e, em vez disso, alcançou um lobo.

O menino voltou a atenção para Carina, que agora estava olhando para ele. Ele sorriu feliz por ter chamado a atenção dela para si. Ele olhou para a rosa no colo dela, que caiu perfeitamente a onde ele queria que caise.

Atrás de Carina, Beatrix a olhou para ela como se fosse a atacar a qualquer momento. E ela se inritou ainda mais quando o garoto se sentou ao lado dela.

"Eu sou Tedros", Carina sentiu sua mão sendo agarada, ela olhou para a mão e viu que Tedros a segurava.

"Eu sou Carina." Ela sorriu enquanto apertava a mão livre. Ele sabia.

Carina sentiu as bochechas esquentarem quando sentiu Tedros a encarando. Agora ela sabia como que as pessoas se sentiam quando ela as encarava dessa forma. E como se ele estivesse vendo todos os meus pecados.

The Queen of Your Heart - SGEOnde histórias criam vida. Descubra agora