It was a little boy...

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Agatha debruçou-se sobre a água e viu os peixes encararem-na, com os olhos
enfraquecidos. Por um instante, eles haviam encontrado o paraíso dentro da mala. Então lá estavam novamente, gênios roubados da segurança de sua lâmpada. Não lhes importava se a vida dela estava em jogo. Só queriam ser deixados em paz. Agatha teve pena deles.

Ela enfiou o dedo na água.
Os peixes começaram a tremer como tulipas ao vento. Agatha ouvia os desejos relutantes em sua cabeça...

Não fracassar... em casa na cama... não fracassar... Sophie segura... Não
fracassar...

Os peixes ficaram azuis, depois amarelos, depois vermelhos. Os desejos foram varridos para dentro de um ciclone.

Novos rostos... o mesmo rosto... cabelos louros... detesto cabelos louros!... mais amigos... nenhum amigo... Não deixar Carina morrer...

“Não está apenas nebulosa”, murmurou a Princesa Uma. “Está completamente
confusa!”

Os peixes, vermelhos cor de sangue, começaram a tremer, como se fossem explodir. Alarmada, Agatha tentou tirar o dedo, mas a água segurou-a como se fosse um punho fechado.

“Mas que...”

Vendo que Agatha não conseguia tirar seu dedo da água, Carina correu para a ajudar. Carina agarou o braço de Agatha e tentou puxar mais...

Os peixes ficaram pretos como a noite, e voaram até Agatha como ímãs para o
metal, aglomerando-se em sua mão e formando uma massa tremulante. As meninas fugiram da margem,
horrorizadas; Uma ficou estática, em choque. Agatha tentou freneticamente arrancar a mão dali, mas sua cabeça explodia de dor...

Segurando a mão de Agatha, os peixes sacudiam cada vez mais forte e mais depressa, até que não era mais possível distinguir uns dos outros. Seus olhos saltavam como botões, suas barbatanas batiam até se despedaçarem, suas barrigas inchavam-se em veias
e vasos, até que eles soltaram milhões de gritos torturados. Agatha sentiu sua cabeça dividir-se em duas...

Os peixes incharam formando uma massa negra como um balão, que subia por sua mão. Agatha sacudia-se para soltar o dedo, até que ouviu seu osso quebrar-se, e gritou de agonia, enquanto os peixes sugavam seu braço inteiro para dentro do casulo negro.

“Socorro! Alguém me ajude!”
O casulo elevou-se até seu rosto, sufocando seus gritos. Com um berro agudo e ruidoso, a bolha mortal engoliu-a. Agatha debatia-se para respirar, chutava tentando sair, mas a dor em sua cabeça forçava-a em uma posição fetal.

De repente Carina sentiu um dor atingir sua cabeça e vários pensamentos invadiram sua cabeça, mais eles não eram dela, eram de Agatha...

ÓdioAmorPuniçãoRecompensaCaçaCaçadorViverMorrerMatarBeijarTomar

Gritando em vingança, o casulo negro sugava-a mais, como um túmulo gelatinoso, sufocando seus últimos suspiros, sugando cada última gota de vida, até que não havia nada mais para...

Para por favor..." Carina suplicou.

Os gritos pararam. O casulo afastou-se.
Agatha caiu para trás, em choque. Carina segurou Agatha e acabou sofrendo o impacto.

Nós braços de Agatha havia uma menina. De no máximo 12 ou 13 anos, com a pele morena e os cabelos escuros cacheados. Ela remexeu-se, abriu os olhos, ela virou a cabeça para o lado e sorriu para Carina, como se ela fosse uma velha amiga.

“Cem anos e você foi a primeira a desejar me libertar.” Ela acariciou o rosto de Agatha.

“Obrigada.” Ela disse olhando para Carina.

The Queen of Your Heart - SGEWhere stories live. Discover now