The Queen of Your Heart - SGE

The Courage of Sacrifice

Sophie soltou-se do abraço do Diretor da Escola, e ele recostou-se na mesa de
pedra, lançando o Storian e o livro de encontro à parede. No Storian caído, ela teve um vislumbre de seu rosto, com uma metade apodrecida, completamente dividido, da testa
ao queixo.

Sem ar, correu até a janela, mas não havia caminho para descer a torre.
Através da nevoa sinistra e verde, viu a costa ao longe. As armas, os feitiços e os dois lados tinham sumido. O lodo transbordava, com os corpos enegrecidos, os jovens socando qualquer coisa em sua vista, batendo os rostos na lama, arranhando pele e
puxando cabelo, contorcendo-se e pedindo clemência. Sophie ficou olhando a guerra que ela havia começado, vendo o Bem e o Mal lutarem por absolutamente nada.

“O que foi que eu fiz?”, ela suspirou.
Virou-se e viu o Diretor remexendo-se no chão.

“Por favor”, Sophie implorou. “Eu quero ser do Bem!”

O Diretor da Escola levantou os olhos vermelhos, a pele murchando em volta de seu sorriso fino.

“Você nunca poderá ser do Bem, Sophie. Por isso você é minha.”

Carina estava escondida observando tudo acontecer, sua cabeça está em um turbilhão de pensamento e cada um a assustava mais.

Carina assustou-se quando um mão agarou o seu ombro, virando-se ela suspirou aliviada. Era apenas Agatha. Ela mandou que Carina ficasse quieta, ela obedeceu rapidamente.

“Fique longe dela!” Agatha gritou.

“Agatha!” Sophie gritou aliviada corendo até ela.

“Eu esperava mais de uma Leitora, Agatha”, disse. “Você certamente sabe o que acontece com aqueles que contrariam o amor.”

Agatha corou, querendo brigar. “Você jamais a terá. Não enquanto eu estiver viva.”

Os olhos azuis do Diretor encheram-se de sangue.

“E assim estava escrito.”

Ele ergueu o Storian como um punhal e avançou na direção de Agatha, soltando um grito ensurdecedor.

Encurralada, Agatha fechou os olhos...
Um corpo colidiu com o seu e a levou ao chão.

Agatha abriu os olhos.

Sophie estava deitada ao seu lado, com o Storian cravado em seu coração.
O Diretor soltou um grito de choque.
A guerra em volta deles cessou.

Carina arregalou os olhos, ela levou a mão ate a boca para não gritar, ela escolheu os ombros mais ainda. Ela sabia que mesmo Sophie sendo do mal ela ainda era humana.

Enxugando uma lágrima, Carina olhou para o lado e viu Tedros com a Excalibur na mão pronto para atacar o Diretor pelas costas.

Mas antes de consegui-se, o Diretor usou sua magia e o jogou para longe. Tedros atingiu um grande parede de pedras feita pelo Diretor, ele começou a andar em direção a ele.

“Você achou mesmo que seria fácil assim? Na minha escola?” Ele debochou de Tedros. “Nas mãos de seu pai, essa espada talvez seria capaz de me deter. Mas nas mãos de seu filho imprestável e inútil dele, ela não passa de um
brinquedo na mão de uma criança...”

Carina vendo aquilo, não conseguiu prende o grito de desespero que estava preso em sua garganta fazendo o Diretor para de falar e olhar na direção dela. Ele riu enquanto sentia o medo de Carina exalar ao redor dela.

Carina gritou quando sentiu algo agarando-se ao redor de sua cintura. Com sua magia, o Diretor a puxou para perto dele e assim fazendo ela ficar de frente para Tedros.

“Olha oque temos aqui.” O Diretor segurou o queixo de Carina a forçando a olhar para ele.

“NÃO!” Tedros gritou, ele levantou-se e tentou atacar o Diretor que com a outro mão fez aparecer outra coluna de pedras e o prendeu nela.

Com a outra mão o Diretor Jogou Carina em direção a uma estante de livro. A estante estava prestes a cair com Carina embaixo dela, mas ela foi mais rápida e saiu a tempo de ver a estante desmoronar. Ela encarou horrorizada a estante se deteriorar o que poderia ter sindo ela.

O Diretor a ingnorou e começou a andar em direção a Tedros, ele iria termina o que tinha começado. Ele tirou uma adaga que era predestinada para o coração de Tedros.

Carina sentiu o coração congelar de horror enquanto testemunhava o momento em que a vida de Tedros estava prestes a ser ceifada. Seus olhos se encheram de lágrimas e no exato momento e, sem hesitar, ela se lançou à frente do Direitor, abraçando-o em um gesto de amor desesperado. A força de Rafal era avassaladora e ela sabia que pagaria um alto preço por seu ato de coragem.

Com um movimento brusco, Rafal empurrou Carina para longe, sorrateiramente esfaqueando-a duas vezes antes de enviá-la em direção a uma janela aberta. Por sorte, a janela não conduzia a uma queda iminente da torre, mas a uma saliência inferior. Carina ofegava, sentindo a dor se espalhar pelo seu corpo, enquanto admirava a sorte que a mantinha viva.

Rafal, furioso por não ter alcançado seu objetivo, lançou uma poderosa cabeçada em Carina, deixando-a tonta, mas ainda agarrada à beirada da janela. Apesar da escuridão que envolvia sua mente, ela lutou contra a adversidade, negando-se a sucumbir.

Carina se sentiu tonta quando sentiu um fio de sangue escorrer pelo seu rosto.

“Esse é o meu conto de fadas e se você acha que vai me impedir está errada!” Ele gritou fazendo um onda de dor atingir a cabeça de Carina e ele precionou a adaga uma terceira em Carina.

Carina soltou um suspiro de dor e sentiu um zumbido atingir o seu ouvido, sua visão ficou turva e ela não conseguia entender o que ela falava. Desesperada, Carina usou toda a sua força restante e se agarou mais ainda no beiço da janela.

Enquanto Carina se agarrava desesperadamente, no meio daquele caos, Agatha percebeu a oportunidade de agir. Avançou silenciosamente com a espada em suas mãos, encontrando a brecha perfeita para atacar. Com uma precisão letal, perfurou o peito de Rafal, arrancando-lhe um grito dilacerante antes de cair inerte no chão.

Carina olhou para Tedros já solto do feitiço e soltou um suspiro de tristeza e murmurou com dor.

“As rosas murcharam...” ela lhe deu um sorriso de conforto deixando um Tedros confuso e desesperado.

Carina não sabia como mas, ao longe era possível ouvir o bater de asas de uma borboleta.